Wednesday, November 30, 2005

Busca...

Se o risco é o que apimenta os momentos meio sem gosto e alimenta os atos mais loucos e impensáveis, a busca é o que move o homem e o leva mais longe. A idéia do inatingível nutre sonhos, pode fazer de um acontecimento uma epopéia. E quanto mais se luta pra alcançar um objetivo, mais parece crescer o tesão pela conquista, dando uma vontade de eternizar aqueles instantes que precedem o ato final.

O ínterim entre o querer e o conseguir é, geralmente, minado de elementos que enfeitam a conquista, ainda que essa conquista venha a ocorrer sem enfeite algum. É o momento antes que dá o arrepio da incerteza e, por que não, do risco de não conseguir o objetivo.

Não há quem não tenha passado por querer desesperadamente alguém e depois de ter conseguido, ver o encanto perder o brilho. É um dos maiores males da humanidade que assombra os cupidos mais audazes. Serve de desculpa para fracos indecisos que sempre dizem estar em busca de alguém especial, assim como este que vos escreve.

Idealizamos um sonho que talvez nunca aconteça. As pessoas são como nós, com defeitos e problemas. Mas geralmente não as idealizamos assim. Criamos personagens, heroínas... vivemos o período da conquista como verdadeiros amantes eternos, galanteadores, loucos de amor e muita vontade de viver intensamente as coisas boas da vida, quem dera que fosse essa a pessoa.

Fazemos a pessoa sentir-se uma felizarda por estar ali... por que não preservar essa busca? Por que não guardar os momentos mais críticos antes da conquista e tentar revivê-los de maneira semelhante. E não falo só de mulheres.. fazemos descaso com um emprego que foi tão batalhado, com uma amizade refeita, com um ente que morava longe.

Isso que não falei em ambição, são coisas distintas. Ambição é querer mais.. essa busca que eu falo é uma preservação e valorização por aquilo que conquistamos. E quando se toma consciência dessa busca, mesmo depois da conquista, atinge-se o ponto máximo, que o fará fazer por merecer e, aí sim, entrar em algo que chamamos de relação. Querida, cativada, conquistada.. a cada dia.

Monday, November 28, 2005

Dizer o quê?

Fantástico!? – pouco..
Magnífico!? – pouco..
Perfeito!? – quase nada é perfeito..
Maravilhoso!? – ...

Foi uma reunião de inúmeras sensações misturado com a vontade de ser muitos e de ter olhos para todos os lados.

Cronologicamente eu deveria começar pelo sábado.. pela sexta, na verdade. Mas foi o domingo que fez o mundo vir a baixo. Uma cortina estendeu-se ao redor, e tudo o que ali aconteceu foi como a cena de um filme que ficará guardado na vida de cada um que pode presenciar.

Deixo aqui minhas desculpas por não ter convidado todos que gostaria. E também por não ter curtido mais a presença dos que lá estavam.
Tá tudo doendo! Tudo!
O aniversário dos guris...

Começou no sábado, no Opinião, acabei de lembrar. Era uma da tarde quando fomos pra casa do Miojo ver o jogo do grêmio. Que loucura aquilo. Eu que sou colorado, tentei amenizar os guris dizendo que o gol só é válido depois que a bola entra. O goleiro ainda podia pegar. E pegou! Com sete homens, dois pênaltis contra, na casa do adversário lotado, o gremio protagonizou um milagre. Sete homens contra onze! Dois pênaltis contra! Parabéns pro Galato e pro guri Anderson, que tomou o choque, entrou na área com a intimidade de quem entra no quarto e tocou a bola pra dentro.

Os guris enlouqueceram. A cidade enlouqueceu. O Fulano colocou a bunda na janela do prédio! O Amigo urrava! Eu ria.

Fomos pra Goethe. Mais de dois mil gremistas enlouquecidos, e eu e o Miojo perdidos ali no meio. Segundo o Fulano, devia ter só mais umas seis pessoas coloradas além de nós.
A minha idéia era de passar no Amsterdam antes de ir pro Opinião no aniversário da Skika, mas não deu certo. Mal deu tempo de passar em casa trocar de roupa. Tava muito boa a festa. Me perdi dançando.

Cheguei em casa só pra trocar de roupa, de novo, e ir pro Iguatemi, de onde sairia o ônibus pra Guaíba. Eu tava todo errado, me debatendo em tudo.. e o Pica ainda queria que eu soldasse o óculos dele que tava quebrado. Meu pai só olhando de canto. Paguei as coisas, joguei na mochila e fui. Pra variar esqueci da carteira, mas a Karina levou.

Ali no Iguatemi já tinha um pessoal esperando. Esperamos todo mundo chegar e partimos. No bus já começou a função. Ceva e gritaria. Mas também teve um bom momento de papo com a minha irmã. A Lu presenteou o Fulano e o Miojo com uma calcinha pra cada um. Fizemos eles colocarem, ficou uma graça! Hahahahahahahha dizia assim: VIVO pensando em você, com o logo da Vivo, muito engraçado!
Chegamos na Celupa e fomos calorosamente recebidos pela família e amigos do Fulano.

Primeiro ato: os cumprimentos...

Abracei e beijei, um a um, todos os que estavam lá.

Segundo ato: a compra da cerveja...

Fui no mercado do Pulinho com o Zeca, irmão do Fulano, comprar a minha cota de ceva: 1 engradado! 24 ampolas de 600mL devidamente geladas e dois sacos de 10kg de gelo.

A partir daí, os atos foram se sucedendo de uma maneira que seria impossível contabilizar. Tão logo cheguei do mercado me pegaram pra fazer as caipiras. Dessa vez o copo era um pote de sorvete Kibon daqueles amarelos ainda. Lembram?

Entrei numa sinuca: queria fazer a caipira, adoro quando as gurias pedem pra eu fazer. Mas também queria estar lá fora, no campo. Os guris já tavam jogando bola com as crianças,e o restante da galera nas cadeiras de praia assistindo.

Muito boa aquela cena.. aquele gramadão, aquela galera toda.. aquela criançada.

Ah sim, a criançada...

- Oi, Raul! (a Larissa tem 8 aninhos)
- Ooooi, linda!
- O que tu tá fazendo?
- Eu!? Toooooo... ahhh.. fazendo uma limonada!

Ela ficou ali me olhando com uma carinha de quem não acredita muito. Pegou a garrafa de vodka com as duas mãos, virou o rótulo pro lado dela e disparou:

- Limonada com vodka?

Essas crianças..

E toda a vez que eu ia fazer a caipira, lá ia a pequena Larissa me acompanhar. Ela e seu olharzinho desconfiado.

Ainda tinha o jogo do Inter. E que jogo! Juntamos umas cadeiras e conseguimos uma Tv. O gol da Ponte Preta foi comemorado tal qual os do Inter. Um pouquinho antes do pênalti deu um tumulto. Os guris quiseram colocar um cartaz do grêmio atrás da Tv. A gente não deixou. O Scooby arrancou o cartaz e rasgou. Achei que iam se pegar... Mas o dia do Grêmio era o sábado, ontem a tarde era do Colorado! Como pode um grupo de pessoas explodir por um gol? Todos se abraçavam, choravam, gritavam, pulavam e corriam. O Inter ganhou e manteve a sobrevida até domingo! Só por milagre, agora! E eu não duvido!

Concomitantemente ao jogo a banda começou a tocar. E não tinha como não ir lá pra frente. Superfantástico, Unidunite.. só as confirmadas! Eu fazia o possível, corria pra ver um pouco do jogo e voltava ali. Todos dançando muito, mais um baita show dos guris!

Não sei que horas eram quando fomos embora. Pior que eu nem voltei no bus. Voltei de carona com a Skika e fomos direto pro Ponto Lanches. Eu sem celular, sem carteira e sem nada.

Acordei às 5h da manhã, atravessado na cama, de camiseta, calção, meia e tênis! Acabô o omi!

É difícil colocar em palavras o sentimento por um dia tão especial, vivido intensamente do primeiro ao último segundo, repleto de alegria por todos os lados. Um dia de amigos, de família, de crianças, de riso e de choro, de abraços e de beijos. Um dia de saudade e emoção. Um dia que não acabou.

Wednesday, November 23, 2005

Uma agenda, uma lata e uma camiseta verde...

Foi-se o tempo em que minha agenda era mantida aberta ao meu lado na respectiva página da semana, fosse aqui no escritório ou durante a aula. Me acompanhava onde eu fosse, igual aqueles vira-latas de carroceiros que não o abondanam nunca. Nem pra correr atrás de uma cadela de madame emperiquitada e no cio. Nem aí, eles abandonam o dono. E olha que um cachorro enlouquece quando há uma cadela no cio nas redondezas. Os cachorros desses carroceiros são sempre fiéis e presentes aos donos, podem observar. Pois assim era a minha agenda. Até poucos dias isso.

Mas quem a abandonou fui eu. Deixei-a trancada nas trevas da minha mochila sem água nem comida por duas semanas. Todas as minhas anotações lá, em vão. Quem sabe até algum aniversário de um amigo! Todas aquelas páginas, ávidas por algum compromisso, em branco. Até as notinhas de rodapé, nem elas eram mais úteis nessas duas semanas. E senti na carne. Tive que fazer três provas esta semana. Duas delas fiquei sabendo quando entrei na sala – atrasado – com minha latinha de coca.

Fui lamentar minhas angústias por não ter me preparado melhor, e desdenhar da utilidade da minha agenda olhando pro nada do saguão da Famecos. Aliás, onde era pra ser um nada havia, lá, uma latinha de refri. Não era a minha. Aquela já habitava o cesto da 314. Essa outra, já vazia, tinha a liberdade que a minha agenda não tivera. Inversão total de valores. Certo que a lata, politicamente correta, gostaria de estar descansando dentro do tonel azul de lixo seco. Ali, ela se divertiria com outros amigos, como a carteira de cigarros e a embalagem de Ruffles.

E ela bem que tentou. Se insinuava para todo e qualquer transeunte passante. O que ela recebia? Um chute, no máximo! E ia habitar outra lajota vermelha. Destoante em meio à imensidão lisa e vermelha do saguão chorava as últimas gotas de refri. Até que tomou um chute mais forte, e mais outro. Seria ela improvisada como bola para uma partida entre os famequianos? Não. Era, finalmente, alguém com um mínimo de tino e boa dose de bom humor. Chutou a latinha perdida até a frente do tonel azul de lixo seco, juntou-a e ali a depositou.

Era motivo pra comemorar. E não seria no saguão, onde eu havia me lamentado. Sentei-me à mesa de um bom boteco, pedi a minha Polar e vibrei pela lembrança da agenda e pela moça que jogara a latinha no lixo. Vagava eu, agora, em uma camiseta verde lisa que acabara de ver. Camisetas verdes, sem estampa, me fazem lembrar do Cebolinha. Uma vez vi numa festa à fantasia um cara que foi de Cebolinha. Aí, sempre que me deparo com uma camiseta verde faço alusão ao desenho do Maurício.

E eu já vi várias pessoas usando camiseta verde. Já vi gordo, alto, senhora, baixinho... de tudo! Mas essa camiseta verde era bem mais delicadamente modelada. Era justinha até, nada a ver com a do Cebolinha, mas como era lisa e de um verde vivo, com mangas e ribana, me fez lembrar assim mesmo. Era, sem dúvida, a melhor camiseta do Cebolinha que já vi. Como pode...? Uma mulher tornar sensual até as roupas dos nossos personagens infantis!

Monday, November 21, 2005

Tudo começou na Rivolândia...

Eram duas festas. Eu, obviamente, iria nas duas. Um churras na casa do Miojo, ou melhor, na Rivolândia e, depois, a Festa à Fantasia de um amigo, no Cord. Enquanto eu tomava banho fiquei tentando imaginar uma fantasia. Tinha que ser algo prático, rápido e que fosse legal. Difícil! Já cansei de ir de Bandido de Faroeste, que é bem simples. Bombeiro seria ruim pelo calor que dá aquela capa de chuva amarela. E pra ir de Rolo eu não sabia onde estava a minha regata verde, e os rolos de cabelo teriam que passar por uma pequena revisão. Estavam bastante desajeitados.

Saí do banho sem idéia, mas observando tudo como uma possível fantasia: toalha, lençol, tubo de desodorante, taco de golf, caixa de câmera fotográfica... tá aí! Puxei lá de cima do roupeiro a caixa da minha primeira câmera reflex, uma Yashica 109. Muito boa câmera, me rendeu fotos incríveis!

A caixa da câmera seria transformada numa Cabeça de Dado. Quê???? Isso! Cabeça de Dado. A caixa é quase um cubo perfeito. Eu a revestiria com papel branco, e em cada face colaria umas rodelas pretas. Na face da frente, onde ficaria o meu rosto, seriam o quatro, e as duas bolinhas de baixo seriam o buraco para os olhos.
Como não tinha muito tempo, arrecadei o material necessário (caixa, folhas, tesoura e cola) coloquei na mochila e parti pra Rivolândia. Enquanto a galera agilizava o churras eu ia preparando o dado. Ficou muito legal, porém, não foi usado! O lugar onde seria a festa, Cord, não era nada animador. Me convenceram a ficar no churras. Foi bom, tava bem tri! Lá pelas tantas tivemos que diminuir o barulho. Os vizinhos começaram a reclamar...

Ficamos quase até de manhã tocando violão e cantando baixinho. A finaleira foi das mais clássicas. Tive que ir embora com o Maluco do Regador que tava numa água sem tamanho, Não sabia nem dizer o nome, mais.. hahahahhaha...

Quem iria dirigindo era o Padre, mas na primeira manobra tive que dizer que ele também não estava bem. Fui eu, então, dirigindo, enquanto seguravam a cabeça do Maluco do Regador pra ele não chamar o hugo dentro do carro.

Isso era apenas o primeiro dia do final de semana, sem contar aquilo que foi a quinta... no sábado tinham mais duas festas. Dessa vez fui nas duas. A primeira era a Expofeira, em Guaíba, com show dos guris. Quem diria.. a Dose Dupla tocando pra duas mil pessoas. Uma pena que o lugar era muito aberto e não ficou muita gente na frente do palco. Mas valeu pela gravação do dvd.

Saímos da Expofeira e viemos pra Porto, pro aniversário da Rossa no Druída. Bota lugarzinho ruim aquele... só fui mesmo porque era o aniversário dessa minha amigona e pela comemoração de...

1 ano que conheci esse figura... (o coReto seria "essa figura", mas convencionemos assim)

Foi há um ano.. também no aniversário da Rossa e também no Druída (no antigo, o que era bom). Depois de algumas tentativas frustradas, finalmente, naquele 20 de novembro encontrei o cara que viria a ser um dos meus melhores amigos que tenho hoje. Parabéns pra nós, Pitoko!

Dessa vez quem saiu da casa foi o Fulano. Tava muito engraçado caminhando cambaleando. Fomos no Habibs e eles, ele e o Miojo, já sentaram na mesa com umas gurias. Passei as chaves dele pra uma das gurias e tentei ir embora de fininho, mas o Miojo viu... hahahaha mas ficaram lá.

O domingo começou cedo.. meio-dia. Era dia de decisão e fizemos outro churras na Rivolândia, só pra colorados. O jogo ficou no empate, mas nós fizemos A bagunça! Credo... Tava todo mundo enlouquecido quando decidimos ir pra Lima e Silva encontrar a galera que não tava no churras. Saímos do carro gritando e correndo. Ouvi o magrão de um casal falando pra guria: "Imagina se tivessem ganhado o jogo!" Tive que intervir.. "Estaria todo mundo morto!!! Hahahahahahaha"

Ficamos alguns minutos no Mediterrâneo e, em seguida, migramos pro pingüim, onde tinha mais uma galera. Que loucura.. eu não conseguia parar. Ora ficava em pé, ora sentava.. dava voltas na mesa. Uma hora fui até o meio da rua, quando a sinaleira fechou e fiquei dançando (balançando) na frente dos carros com os braços pra cima..

Não sei a que horas fomos embora, só sei que acordei às 5:30h da manhã no meu quarto com a boca muito seca. Tive que pedir ajuda aos universitários pra saber como tinha terminado a função.. hehehe um baita domingo!

Friday, November 18, 2005

O tesão do risco...

Se disséssemos que tudo o que acontece conosco é obra do acaso seríamos escravos da ingenuidade. Muitas coisas acontecem por casualidade mesmo, mas uma boa parte, o grosso das páginas que escrevemos na nossa estada por essas bandas é, nada mais que, um aprendizado, ou melhor, um ensinamento em busca de um aprendizado. O fato de existir um ensinamento não implica que haja um aprendizado.

Trocamos de emprego, de curso, de faculdade, de cidade, de país, de mulher, de homem, de sexo até! Tudo em busca de viver o novo de uma maneira melhor do que o já foi passado. Deixar de fazer aquela manifestação infeliz diante da nova sogra, ter mais iniciativa no novo emprego, ser mais atencioso com a nova namorada, e essas coisas todas que, com jeitinho e vontade, podemos ir moldando afim de melhoras na nossa vida e de quem convive conosco.

Mas o autor desse do nosso roteiro parece estar nos testando sempre. Volta e meia tu te deparas com uma determinada situação e logo pensa: “bah, já vi esse filme!” E acaba, seja por esquecimento ou por duvidar que as coisas aconteçam numa certa lógica, criando um mesmo fim. Ou, pelo menos, disponibilizando matéria-prima para uma obra que já não deu certo.

Mas existem aquelas coisas que nunca deram errado, mas insistimos em fazer, como se estivéssemos pedindo pra que acontecesse alguma coisa diferente. É a adrenalina do perigo, é o tesão do risco. Tenho um amigo que sempre diz a mesma coisa quando falamos sobre paraquedismo: “É muita vontade de morrer!”

Num raciocínio mais frio até pode ser. Porém, os mais audazes precisam de adrenalina, precisam de tesão pra dar tempero a quase tudo o que fazem. Não há graça no óbvio, no certinho. O risco de a corda não fazer abrir o pára-quedas, de parar o carro num lugar não muito seguro pra dar um beijo mais demorado, de a porta abrir..., de o pai acordar, de a pílula falhar... incontáveis riscos que apimentam os mais insanos atos, arrepiam os mais inertes pêlos e afloram um desejo que explode, mas que jamais sacia...

Wednesday, November 16, 2005

Retratação...

Tudo bem.. já vi que não adianta eu tentar amenizar os acontecimentos que sempre tem um(a) pra me derrubar. Mas só tenho a agradecer, porque não tenho como lembrar de tudo mesmo. Essa gente louca faz tudo parecer um filme de comédia escrito por alguém muito mais louco.
Algumas coisas são tão engraçadas e loucas que chego a ficar intrigado se aquilo foi pensado antes. Apesar de saber que as melhores intervenções são de improviso.

Dona Iracema...

A tarde do sábado foi marcada por um momento muito mágico. Ventava muito, e acabamos nos protegendo num bar que tinha um paredão. Ali ficamos bebendo e cantando. Quando cantávamos... "quanto riso, oh quanta alegria.. mais de mil palhaços no salão..." uma senhora que passava parou e conosco cantou. Alguém percebeu que ela tinha parado ali e a chamou. Ela não titubeou. Sentou-se conosco na roda e relembrou conosco diversas marchinhas. 81 anos. Dona Iracema. Encantou-nos com a jovialidade e energia. Um momento pra ficar guardado pra sempre!

Ainda na noite do sábado fui com o Nequinho e a Araguaia fazer as compras pro churras da noite. Já estávamos quase indo pra casa quando o Nequinho sugeriu fazermos aquela caipira dentro do abacaxi. "Bah, baita idéia", pensei. Compramos o abacaxi, o leite condensado e fomos embora.

Enquanto o churras não ficava pronto preparei a caipira no abacaxi, com leite condensado, e a bomba do chimarrão pra tomar. Modéstia à parte.. um espetáculo! As gurias apelidaram de ABAXAQUI.. hehehehe
Nem sei que horas da madruga era aquilo.. recebi uma ligação do Fulano, até então em Porto, perguntando como tava lá.. antes de eu dizer que tava muito bom os desgraçados bateram à porta. O Fulano, o Pica, a Ká (minha maninha) e o Maluco do Regador. Bah, sem explicação a nossa alegria!

Sobre o David...

Teve uma hora que o agito tinha dado uma acalmada e lembrei de uma crônica do David em que o personagem principal era Décio. Peguei o livro e solicitei que alguém lesse. A Pi se prontificou na hora. Leu o texto com uma entonação que jamais imaginaria. Gesticulava, fazia as devidas pausas, olhava para o Décio e para nós enfatizando uma que outra passagem.. uma entrega!

No domingo, na praia.. eu juro que achava que tinha ficado mais tempo à sombra, mas tudo bem.. acredito na minha amiguinha Pi. Brincar com aquele cachorro foi muito bom.. parecia ensinado o bicho!
Ali eu percebi que tava saindo da casa.. e até adverti que estava me sentindo bem "tontinho". A confirmação veio na noite, quando a Skika foi embora. Eu mesmo tinha ido buscá-la na rodoviária, e queria ir embora no carro com ela pra fazer companhia. Só que ela não estava com o carro, estava de carona! Passa, passa...
Acabei vindo pra Porto na segunda de manhã, direto pro trampo. Não resisti ao convite do Léo de voltar pra praia.. saí daqui, ajeitei minhas coisas e simbora..

Na noite da segunda mais um monte de peripécias que vou demorar a lembrar, se é que vou.. e a Pi não tava lá pra gravar tudo. Mas uma que foi tri foi o ensaio da capa da NOVA. A Mai preparou as gurias como se fosse pra um desfile.. cabelos e maquiagem. E eu fui o fotógrafo, que problema... hehehehe

Tentamos ir pra noite, mas a sinuca que nos foi sugerida era muito fulera e o público não era compatível com a produção das gurias. A opção que teríamos era o Cozumel, mas quase ninguém tava na pilha de pagar 25 pila morto. Continuamos o festerê em casa mesmo. Ceva, caipa, muita viola e todos os ingredientes pra que nos divertíssemos até começar a raiar o sol, que contrariou a previsão e nos propiciou um belíssimo dia de feriado.

Me senti como se estivesse passado umas duas semanas na praia, talvez por ter voltado pra lá na segunda, talvez por ter passado boa parte do tempo na beira da praia.. por ter vivido aquele momento com a Dona Iracema e saber que cada minuto foi uma eternidade. Mas, principalmente, por me sentir tão bem ao lado dos meus amigos. Cada um com sua particularidade que completa cada pedacinho do dia.

Monday, November 14, 2005

Família Buscapé...

- Raul
- Oi
- Bateram no carro do pai. Mas não te preocupa que ninguém se machucou.
- PQP!!!! Tá todo mundo bem mesmo?
- Tá sim, não te preocupa... só o carro, que não anda mais, e já estamos aqui em Capivari com todas as bagagens! O cara da frente parou pra dar carona pra uma pessoa, o pai conseguiu parar, mas o que vinha atrás não conseguiu e bateu. Bem forte!
- Bah!
- E agora, o que a gente faz?
- Bah, vai saber...
- A gente queria que tu pegasse o carro da Jaque e viesse nos socorrer.
- Bah, Márcia.. eu não posso faltar a aula. Não tenho como ir..
- Puuutz.. fala com a Jaque então, pensa em alguma coisa e depois nos liga.
- Tá..

A função foi aumentando.. seguro, guincho, oficina.. e eles lá, esperando o resgate. A minha outra irmã, a Jaque, até ofereceu o carro, mas não poderia ir também. Senti que ia sobrar pra mim, tava só pensando em como fazer pra não perder a aula. Não posso mais faltar a essa cadeira de sexta.
Pensaram até em pagar um táxi, mas sairia muito caro. E depois de uma hora de negociações, resolveram que o guincho os levaria até a praia. E foram! Minha irmã e minha mãe dentro do carro, em cima do quincho, e meu pai com o motorista, na cabine.

E nessas horas eu não to lá pra bater uma foto... E mais: eles estavam indo pra Quintão! Ô chinelagem!!! hahahaha

Saí da aula e fui pra casa colocar o Amor Gaúcho. Quando eu tava indo pra aula recebi a informação de que iríamos pra praia direto da festa. As motoras garantiram que não beberiam na festa. Fiquei meio assim, mas tudo bem.. Esperei a Ká se aprontar e fomos pra pastelaria do Beiçola fazer o aquece pra festa. Já tinha uma galerinha ali se gelando.

A gente tava numa mesinha na rua, o tempo tava bom. Notei que o orelhão que tem ali na frente chamava. Fui até ele, liguei pro meu celular e peguei o número. Voltei pra mesa. Quando o Hahn tava saindo pra ir pro Amsterdam liguei pro orelhão e disse que era ligação pra ele, mas acho que ele não ouviu e passou reto. O flanelinha veio correndo do outro lado da rua e atendeu...

- Alô!
- Alô! Eu queria falar com o Hahn..
- Ãhn??
- Hahn!
- Ãhn?

Ficamos nessa conversa de louco até ele olhar pra trás e ver que era eu que tava ligando.. hahahahhaha deve ter ficado puto!

Rumamos pro Amsterdam. O que eu posso dizer... foi simplesmente espetacular o troço. Não sei quantas pessoas tinham, mas uns 90% eram da galera. Cumprimentava as pessoas, mas sempre aparecia mais alguém. Preparei a câmera e eles começaram a tocar. O pessoal do Amsterdam tava bem atento à banda. Perguntei o que eles estavam achando e eles disseram que estavam gostando muito. Bati foto de tudo que era jeito.. tomara que tenham ficado boas.

Ponto alto no intervalo.. o Pitoko pediu pro Capra, o DJ, colocar Modern Love. Corremos lá do fundo do bar pra frente do palco. Eu, ele e o Maluco do Regador. Dançamos (nos sacudimos) totalmente despreocupados. Sem palavras!

Depois o show seguiu e a galera curtindo. Do show, o ponto alto foi Amigo Punk, que todos cantaram abraçados. Realmente, é o hino!

Eram quase três horas quando o Miojo disse que era pra irmos embora, que já estávamos indo pra praia. "Mas de jeeeeito nenhum", falei pra ele. Disse que eles fossem, que eu iria de ônibus pela manhã. Também não aceitaram, disseram então que iríamos tão logo o show acabasse. Feito, tudo acertado.
O pessoal do Amsterdam gostou tanto que convidaram os guris pra tocarem hoje de novo lá! Muito tri isso!
Pegamos os carros e fomos pra praia. Chegamos com o dia amanhecendo já. E o Miojo, pra variar, muito bebum! Hahahahahahahhaha valeu o ingresso.

Não tem muito como explicar o estado do figura, só vendo. Falava sem parar, quase superou a Marinete, uma amiga da Sandi, que parecia aquela atriz que faz a Diarista. Ele não sabia se estávamos em Porto ou na praia. Se a gente dizia que estávamos em Porto, ele se lamentava que tínhamos que ir logo pra praia. Olha, muito engraçado! Chegou a me dar inveja o tontinho dele. "Tontinho" eu to sendo muuuuuuito modesto...

Não fosse o vento do sábado, estaria mais que perfeito. Solzão.. ah, falando nisso o pobre aqui, pra variar tomou um torrão! Não passei protetor, e tava de óculos de sol e boné. Fiquei com a marca da camiseta, e o pescoço roxo! Mas não dá nada..

Passamos o domingo inteirinho na beira da praia, muito bom! Dessa vez passei o protetor e fiquei quase o tempo todo debaixo do guarda-sol. Só saía quando ia fazer alguma traquinagem.. hehehehe, como abrir o quiosque e dar uma de dono de boteco... invadir o jogo de futebol sem conhecer ninguém e ainda pedir pra passarem a bola... sair correndo com a Sandi e deitar ao lado de uma mulher desconhecida, um de cada lado e falar com ela... e brincar e correr com um cocker de um magrão, fazendo tudo o que o cachorro fazia, deitava e tals.. muito divertido!

Foram dois dias muito bem aproveitados.. amigos, ceva e viola.. o que mais pode se querer? Sem contar que a viola era tocada ou pelo Miojo, que toca muito bem, ou oelo Décio! Baaaaahhhhh sem palavras!

Friday, November 11, 2005

Tem dia que a noite é foda...

E ontem foi um deles. Me convidaram pra um churras lá na Associação, com telão pra ver o jogo e tals. Ah.. era de uma galera desconhecida, ou seja, acréscimo de uma folha no cardápio.
A bagunça já começou ao meio-dia, num almoço muito divertido na Cia das Pizzas. Muitas gargalhadas, trocas de mesa, tentativa de arrastar a mesa que tava aparafusada no chão.. foi hilário. Ali combinamos do churras.
Mais uma blomiga...

Tava quase saindo daqui ontem quando uma amiga, até então virtual, me chamou no msn. A Jak, do Florão. Ficou naquelas.. perguntando se eu tinha aula, o que eu ia fazer.. Aí eu disse. Disse que tinha um churras, mas era só à noite, até lá ia ficar de bangu. Na verdade eu ia dormir.. hehehehe

Combinamos de nos encontrar em um xis. "A Mônica de moto e o Eduardo de camelo.." hahahahaha Acabei indo a pé mesmo. Cheguei lá, e lá estava a moça. Tomamos umas Brahma Extra e batemos um bom papo.
O legal de tu conhecer uma pessoa com quem tu já mantém um contato, embora virtual, é que tu já sabe um monte de coisas. Não precisa ficar perguntando.. onde tu trabalha, onde tu mora.. faz o que..? Essas coisas. Rola um papo mais fluente, muito bom. Divertido!

Eu tinha combinado de ir pro churras com o Pitoko. Porém, a idéia era de eu sair do trampo, ir pra casa e ele me pegar lá. Quando ele me ligou eu tava ali no xis, aí passou ali pra me buscar. Eu precisava muito ir em casa. Tinha trampado o dia todo na rua e precisava tomar um banho e colocar um Amor Gaúcho antes de ir pro churras.

Ele chegou ali dando aquela buzinadinha de fuca... "bibiiiii" e eu saí todo estabanado. Dei tchaiu pra moça e entrei no carro. Andamos umas três quadras, me lembrei da lente que eu não tinha colocado, que tava no bolso da mochila e...

- Pára! Volta lá! Deixei a minha mochila embaixo da mesa!

Voltamos lá e o Alemão já tava todo se rindo com a mochila na mão.

- O Raul é assim! – disse o Pitoko pro Severino, o irmão cearense dele.

Chegamos em casa e, como desgraça pouca é bobagem, não tinha luz. Pior.. só na minha casa não tinha luz! Bah, muito azar! Diz o pai que o nosso fio tava com mau contato lá no poste e que a CEEE já tava indo consertar. O pai e a mãe colocaram uma vela ali na sala pros guris ficarem me esperando enquanto eu tentava tomar banho. Frio! Minha mãe ainda providenciou pão feito em casa pra eles.

Ainda bem que a minha bagunça é organizada. Eu já sabia onde estava calça, cueca, meia, sapato... Ia me guiando pela lanterninha que tem no celular, nunca foi tão útil aquilo. Me aprontei e... adivinhem... sim, voltou a luz! PQP! Parece mandinga!

Passamos no super e compramos os mantimentos.. ceva e carne e, finalmente, chegamos no churras. A essa hora tinham trocentas mensagens no celular querendo saber onde eu estava.
Bah, muito estranho ver um lugar que estamos acostumados com os churras da galera lotado de pessoas estranhas. Mas muito legal.. bastante gente mesmo. As gurias já me esperavam com os ingredientes da caipirinha na mão. E lá fui eu.. abri uma latinha e dei início à mais várias caipirinhas do amor.. show de bola a festinha!

E hoje tem mais!

Quem puder, não perca: Festa no Amsterdam Café hoje, com a super banda do Décio, a Dose Dupla. O Amsterdam fica ali na João Pessoa esquina Lobo da Costa. A banda toca só rock gaúcho. Vai ser uma festa daquelas!

Abraço a todos e um ótimo findi!

Wednesday, November 09, 2005

BLÃÃÃÃÃUMM!!! (Barulho de porta batendo)

- Com licença, professora. Desculpa o atraso.

Do findi, nada de mais espetaculoso.. uma festinha na sexta, com direito a amanhecer no Cavanhas, graças à maravilhosa Pi, que fez com que a galera me esperasse, pois queriam ter ido embora.
Uma baita festa sábado, no Opinião, depois de ter os planos da Boys Don’t Cry frustrados por uma fila homérica, e ter pensado em 20 lugares diferentes pra arrastar uma trupe de umas 9 cabeças..
Ontem é que foi tri!

Eu já tava de saco cheio dessa rede pipocando aqui. Um monte de coisas pra fazer do trampo, mais trabalho da facul e a rede nada.. Isso sem contar o msn. Por mais que eu esteja atarefado, deixo o msn online. Quando entra alguém, ou eu respondo ou não. Deixo pra falar depois, dependendo do nível de coisas que tenho a fazer. Mas acho engraçado como algumas pessoas têm a manha de achar que tu não tá respondendo de propósito, ou sei lá o que pensam.. pior é que o chefe aparece, tu mal fecha a janela e já começa a piscar de novo. Ontem foi foda.. quaaaaaaase usei o artifício mágico de bloquear. Tá.. falei.

Apareceram uns 4 técnicos diferentes pra tentar consertar a rede. O magazine do roteador e do modem fica bem aqui na minha frente. Uma hora o técnico foi abrir a boca..
Eu acho que vou ter que..

CHAMAR UM TÉCNICO! – interrompi. – ISSO, CHAMA UM TÉCNICO!!!

Ainda bem que ele levou na boa.. hahahhahaha

Mas voltando.. numa dessas pipocadas achei um email da Pi convidando pra uma "Ceva na Panela" do Bacon e da esposa, uma espécie de chá de panela diferente, num bar. Sem presentes, só arrecadação das contribuições em dinheiro mesmo. E ainda me disse que a Vi estaria.. Bah, pra quê! Confirmei na hora.. quero dizer.. tentei confirmar, porque a rede já tinha caído de novo.

Fui pra aula já pensando na hora de sair e ir pro boteco. Tomei o rumo do bar e entrei. Charla, ali pertinho da República. Muito astral o barzinho. E lá estavam a Pi e a Vi, que beleza! Mas nem falei muito com a Vi, ela tava num cantinho lá, rodeada de uns amigos que eu não conhecia, aí ficou meio distante. Falei mais com a Pati-ati e já tratei de fazer propaganda da festa de sexta no Amsterdam com a Banda do Décio.

Quando já estávamos indo embora, tocou o telefone.. a Sandi! Estavam ela e a Mônica querendo festa.

- Bah, gurias, que horas são?
- Ah, Raul, não é nem uma hora...
- Bah, cinco pra uma, não rola!
- Ah ô Raul.. tu sempre é parceiro, nunca nega um convite de festa, vamos mo News!
- Só me diz uma coisa.. que horas tu trabalha amanhã?
- A mesma hora que tu.. às 8h.
- Putz, me ganhou! Tá, vamos..
- Eeeeeeeeee....

Pedi pra Pi me largar ali no News e segui a função com as gurias. Tomamos umas e batemos uns bons papos..

Numa dessas prosas, ouvi pela primeira vez qual é o objetivo deste blog. Me deixou de queixo caído, mas me reergui a tempo. Por um momento cheguei a pensar em mudar tudo isso aqui e evidenciar. Mas não. O que me motiva é sempre o implícito. Deixar que as entrelinhas gritem meu sentimento só para aqueles com a percepção mais apurada. Não preciso de manchetes nem de megafones. Deixo que as palavras insinuem alegria e sofrimento, desejo, vontade e saudade...

Friday, November 04, 2005

Tudo começou numa ligação...

- E aí, moço.. o que se faz hoje?
- Bah Gre, nem sei. Tem umas várias que me convidaram, mas eu tô por uma ligação, aí não sei mesmo o que vou fazer.
- Olha só... estão vindo duas amigas minhas de Novo Hamburgo. Combinamos de tomar uma ceva ali no Ossip. Tem mais outra amiga que vai nos encontrar ali também. O que tu acha de tomarmos uma ali enquanto tu espera essa tua tal ligação?
- Bah, beleza! Saio da aula e encontro vocês lá.
- Feito.

Pois foi que tudo começou ali no Ossip, tomando umas em pé, na calçada. Eu e as quatro moças. Até tinha mais um casal, mas não deram seqüência conosco. Aproveitei a ocasião pra convidá-las pro churras. Gostaram da idéia. Entramos no Pé Palito, um daqueles barzinho da João Alfredo, bem tri! Decoração de tralhas penduradas. Som muito bom e gente bonita. As gurias muito divertidas. Fizeram até um brinde pela "espera por uma ligação", hahaha achei que elas tinham até esquecido. Estava muito bom ali, mas o povo tava espalhado pela noite, e eu que não gosto muito de migrações festivas.. hehehehe...
Saí dali e fui pro Nega Frida encontrar outra amiga. Antes me despedi das gurias e disse que as esperaria no churras. Ainda estava na fila quando recebi uma ligação. Não era a que eu estava esperando, mas de uma amiga muito querida.

- Oooooi!
- Oi guria!
- Onde tu anda?
- To aqui no Nega Frida..
- Hum.. e tá bom aí?
- Tá tri bom! (eu tava na fila ainda.. hahahhaa)
- Ah, então acho que vamos pra aí, aqui no Bongô tá ruim. Tu tá com quem aí?
- To com uma amiga.. e amigas dela..
- Ah, tu e essas tuas amigas.. quero saber se tem amigo!
- Tá, espera um pouquinho que eu já te ligo.

Entrei e constatei que a minha amiga estava sozinha. Porém, a festa tava legal e tinha até mais homem que mulher. Liguei de volta e disse pra elas entrarem que tava bom. E elas entraram, mais quatro! Bah, que momento.. saí da companhia de quatro moças e agora estava com cinco! Que beleeeeeza! Depois até chegou o Miojo pra não me deixar sozinho no meio da mulherada. E a ligação que eu esperava até veio, mas só pra um boa noite...

Um churras em homenagem aos que não podem mais comer.. nem beber...
Essa foi a introdução pro churras, que prometia. Um amigo que tá de aniversário hoje quis pagar 100L de chopp pra comemorar. Que problemão... O joguinho que rolou antes da brasa foi meio desastroso, por conta das nossas condições. Mas tava divertido.
No quiosque já tinha uma galera, que foi aumentando.. aumentando.. aumentando.. quando vi já tinham umas sessenta pessoas. Novamente fui encarregado de fazer a caipirinha pra Pi e cia., com o cuidado de, em nenhum momento, deixar faltar o suco de limão. Acho que vou trabalhar disso, dá um ibope que vou te contar...

Quando o povo já tava meio embalado chegou o Décio com a banda. Alegria geral! Montaram as tralhas e deram início a mais um show. Como fizemos o churras no quiosque, tinha um outro pessoal na churrasqueira de trás. Filaram um showzinho de lambuja. Alertei os guris pro quadro de calouros que tinha na mesa do lado: uma tiazinha de vermelho com um chapéu também vermelho e um óculos esquisito. Tomava a cerveja numa caneca! Era a nossa Aracy de Almeida.. hahahahahaha
Quando eu menos esperava lá estava uma das gurias me apresentando o pote da caipira vazio. E lá ia eu fazer, com muito gosto.

Foi mais um churras memorável! Mais gente do que no último. A banda dos guris – a Dose Dupla – só toca rock gaúcho. Porém, tem duas músicas que eles não podem ficar sem tocar, senão a galera não os deixa desmontarem a banda: Superfantástico, da Turma do Balão Mágico, e Uni Duni Tê, do Trem da Alegria. Eles já tinham anunciado a saideira, antes de tocar essas duas. Não tive dúvida: passei em um por um do pessoal e falei pra pedirmos Superfantástico. Não deu outra.. todos em coro gritando: "SUPERFANTÁSTICO! SUPERFANTÁSTICO!!!" E eles tocaram, pra delírio geral! Fera demais!

Por que eu sumi??? Alguém deu falta?

Na hora de ir embora fui largar o rádio dentro do carro. O pessoal ainda tava guardando as coisas e resolvi dar uma descansada no banco de trás. Deixei até a chave na ignição, mas em seguida, temendo alguma sacanagem, tirei e guardei-a no bolso. Íamos todos pra pastelaria do Pica, agora pra fazer um acústico. Imaginei que logo logo alguém entraria no carro e poderíamos ir pra pastelaria. Eram antes das 20h isso.
Acordei com o telefone tocando. Era o Décio. Olhei pro quiosque... tudo escuro, tudo vazio. Olhei a hora: quinze pras dez da noite! Bah! PQP, dormi mais de uma hora, e todos foram embora. Novamente o Décio ligou, e dessa vez eu atendi. Perguntou onde eu estava. Disse que estava indo...


Que churras! Precisamos de um desses por mês, pelo menos!

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