Wednesday, July 30, 2008

Tem horas em que todos somos iguais...

Sempre que parabenizo alguém pelo seu aniversário, desejo o mesmo: saúde e sorte. Esses dois esses são tão simples e geralmente nos acompanham por toda a vida sem serem percebidos. Todavia, tem uma hora que sentiremos a falta de um ou de outro. E nessa hora, a tendência é de que todos se igualem. Digo no sentido das desigualdades sociais. Sempre haverá um ricaço preso no mesmo engarrafamento onde se encontra um – ou vários – pobretão. Tudo bem, ele vai estar no ar condicionado, se não tiver a falta de sorte de estragar. Doença também não escolhe conta bancária. Por isso desejo sempre saúde.

Voltei a pensar nisso ontem, quando vim pra Campinas. Logo que saí de Porto Alegre, por volta das cinco da tarde, passei pela pior turbulência que podia imaginar. Semana passada estive em São Palo, e não tem como passar em Congonhas sem lembrar do acidente do ano passado. Mas correu tudo bem. Agora era Campinas, mas com uma escala em Curitiba. Acho normal ocorrer turbulência, ainda mais em dia chuvoso. Só que teve uma, depois outra mais forte, e não parou mais. Até que o avião teve uma súbita perda de altitude que fez com que todos tivessem um violento “frio na barriga”. Ali eu senti que era mais sério do que o usual. O comandante nos garantiu que era uma “pequena” turbulência, mas pediu que permanecêssemos com os cintos afivelados.

Tive muito medo. Muito mesmo. Até tentei manter o pensamento no bem, que ia passar em seguida, mas a cada balançada e com as asas do avião subindo e descendo visivelmente, não teve como. Tive vontade de ligar o celular ali, e com algum resquício de sinal que porventura houvesse, telefonar pra Alice e dizer que a amo. Só isso. São palavras simples, que as repito algumas vezes ao dia. Mas pra mim têm um valor inestimável e que nunca é exagero repetir. Só queria que aquilo passasse, que o avião estabilizasse e que eu chegasse bem. Depois passou. Quando descemos em Curitiba mandei uma mensagem. O tempo já estava bom, mas vai que..

Estou bem, muito bem. E tive a sorte de não ser aquele um vôo daqueles que não nos deixam esquecer.

Friday, July 11, 2008

Síndrome de abstinência...

Houve um tempo em que vendiam Polar e Brahma no Beira-Rio.

Depois a maldita Coca-Cola ofereceu, e o Inter, pensando muito mais no contrato do que na satisfação do cliente torcedor, aceitou a exclusividade para oferecer as porcarias que aquela empresa chama de cerveja.

Tava ruim, mas tava bom. Tava muito ruim, aliás, mas tava bom. Podíamos fazer um aquece com Polar no Tele-X, beber as saideiras no Tele-X ou qualquer outro bareco. Aí a Sol engasga-gato descia.

Então pribiram a venda de bebidas dentro dos estádios.

Aí ficou ruim mesmo. E dali a mais bem pouquinho ia ficar bem pior.

Por enquanto se pode beber nos bares. Mesmo assim a venda de bebidas reduziu drasticamente.

Aí começaram a aparecer as Vans, uma ótima idéia. E a máfia dos taxistas já indicou o serviço como ilegal, acatados pela EPTC de tapa-olho.

"O presidente da EPTC, Luiz Afonso Sena, afirma que o sistema de transporte de Porto Alegre já é bem constituído, com ônibus, lotações e táxis. Não está prevista qualquer discussão para a regulamentação específica do serviço de transporte de clientes dos bares e restaurantes. (Zero Hora, 10/06/2008)"

Manda a mãe dele pegar um ônibus da Cidade Baixa até o Jardim Botânico às duas da manhã, eu quero ver.

Não vou estranhar se limitarem o consumo de bebidas ao lar, com as autoridades ameaçando blitzes com bafômetros em pedestres e com projetos de lei para proibir a venda nos supermercados.

Hoje é sexta. Queria fazer um aquece antes de irmos pro Terça Insana. Dar boas risadas embriagadas. Sair do show e ir pra um bar. Dirigindo, no nosso carro, ouvindo nossos cds. Fazer todas essas coisas que não mais se pode.

Minhas fotos no