Friday, February 13, 2009

Uma visita à casa da minha infância...

Os cães latiam como sempre. O Duque mais forte, mesmo cego, o Sultão um pouco menos, mas por mais tempo. Acho que não era fome, os potes ainda tinham bastante ração.
Como pode ter sido essa a casa em que vivi? Como posso ter me acostumado a um ambiente tão cheio, tão carregado? Uma coisa eu sempre soube: que guardávamos mais do que o útil e que o inútil. Assim não me espantei ao ver que deixaram bananas maduras na cesta de frutas sobre a mesa. O cheiro da casa toda é como uma mistura da minha infância com um cheiro de vó que não conheci. Um cheiro velho.

Uma das minhas atribuições no trabalho é vistoriar prédios e instalações e listar todas as pendências e melhorias possíveis. No meu cotidiano consigo não levar esse olhar à procura de defeitos para a minha casa e para os lugares que não o meu expediente. Mas ali na casa dos meus pais não pude fugir à pergunta de como faria se tivesse que deixá-la limpa, apreciável.

Dei mais uma volta pela casa, completei os potes com ração, me despedi dos cães e saí.

Agora a tarefa era o presente do meu pai. O que poderia esperar um homem aos 81 anos. Confesso que há uma tendência inicial em tratá-lo como uma criança. Muitas coisas dificultam: ele não lê livros, não assiste a filmes, não ouve cds, nada cultural. Não usa perfumes.. Queria algo diferente da cadeira de praia do Natal. Se os 80 anos foram uma marca forte, cada ano a mais é como mais um brinde. À vida. Mais uma saideira daquelas noites em que se fecha o bar com os amigos, sempre espiando o garçom e esperando que não comece a levantar as cadeiras e recolher as mesas. Aquela saideira que se sabe – não é a última.

Friday, February 06, 2009

Que palhaçada é essa de Canoas em vez de Ulbra?

Em fevereiro do ano passado o Leo Prestes, do Linha Burra, já havia previsto, mas eu achei que não chegariam a efetivar essa palhaçada. A equipe da RBS TV está tratando a ULBRA simplesmente por CANOAS.

Ainda ontem houve uma discussão no Sala de Redação a respeito de como, afinal, se chamava o time da universidade. Lembraram de outros exemplos, inclusive do Gremio, que deveria se chamar PORTOALEGRENSE. Há vários outros casos em que o time é chamado não pelo nome principal, mas por aquele que “pegou”. Então o professor Ruy deu a real: “o nome do time é o nome consolidado ao longo dos anos e assumido pela sua torcida”.

Tomara que assim seja, porque além de todo o mal estar político, fica ridículo e nada natural. Sorte da Internazionale que não é nome de empresa, senão seria chamada de Milão.

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