A incursão pelo interior da frança, desta vez, foi em busca dos vinhos da Borgonha e dos espumantes da Champagne (eu sei que é incoerência, mas prefiro não traduzir essa palavra). À primeira vista parece uma viagem puramente etílica, mas com certeza não foi, e nem era esse o intuito. Mas achamos por bem, além da proximidade geográfica, reunir essas duas regiões.
O primeiro objetivo era apresentar aos pais da Alice, Paris. Chegaríamos juntos, embora em voos separados, e ficaríamos dois dias com eles antes de rumar ao Interior. Dona Rejane cruzava pela primeira vez o Atlântico e o Sr. João - agora sim - era um turista.
Nesses dois dias nos hospedamos no Hotel Cujas. Não pretendo aqui descrever ou dar dicas de hospedagem, mas devo dizer que os 120 euros da diária (sem café) compensam muito mais a localização do que o espaço do quarto.
Foi bom conhecer o Quartier Latin, um pedaço diferente, mais megalopólico pelo lado da avenida; mais histórico pelo lado da Sorbonne. Por ali caminhamos várias vezes até o Sena e observamos as caras de espanto e contentamento dos sogros ante à beleza das ruas, da Catedral de Notre Dame, da Madeleine, do Sena e de suas pontes, do pouco de Paris que se apresentava a eles.
Logo no segundo dia era o meu aniversário, e tínhamos uma reserva no La Bouteille D'Or. Passeamos e fizemos compras na Lafayette durante o dia, conhecemos os magníficos vitrais da Sainte Chapelle e, à noite, fomos para o restaurante.
Se aqui em Porto, minha festa não teve a adesão que eu esperava, lá eu tive o brilho nos olhos de três convidados muito especiais numa data, que para mim, é muito especial.
Os pratos foram carré de cordeiro para mim e pro Seu João e filé de Saint Peter pra as damas. Mas isso não dá a menor ideia do banquete que nos foi servido. Posso dizer que cada um dos pratos (inclusive o peixe que eu belisquei) era sem explicaçãi de sabor. Por fim, as sobremesas e o Parabéns a você em francês cantado pelo gerente e pelos garçons. Emocionante!