Wednesday, January 28, 2009

Por onde andamos...

Sou daquelas pessoas que precisam registrar as coisas para que a roda ande. E como vejo um 2009 cheio de possibilidades, não quero deixar em branco este espaço onde coloco algumas coisas importantes que acontecem.

No dia 23 teve duas formaturas, a da De e a da Raquel, irmã da Alice. Essa última, Nutrição/IPA, teve uma colação com detalhes que a diferenciaram. Ninguém, absolutamente, bateu palmas depois dos hinos Nacional e Riograndense. Como era uma turma com suprema predominância feminina, os discursos eram "a todos e todas presentes", "queridas e querido formandas e formando". E o mais legal de tudo: a homenagem aos pais, que nunca foge da Adriana Calcanhoto cantando bochecha sem cladinho. Som de Phil Colins para uma montagem com cenas de desenhos animados com imagens de família.. Rei Leão, Tarzan, Nemo, vários, vários. Muito emocionante!

Shows

Começamos a temporada 2009 com o James Blunt ontem, no Pepsi On Stage. Não recomendo o lugar: ruim de estacionar e vista prejudicada da pista. O show foi muito.. vibrante, digamos. O cara entrou no palco com uma energia que não deixou cair nem um minuto. Todas as músicas, mesmo as de letra triste, foram pra cima, desenvolvidas com empolgação. Muito bom show!

E em plena era digital, onde as mãos todas levantadas empunhavam uma câmera ou celular, aproveitamos o calor do show abraçados, apenas. Em vez de cliques, guardávamos os melhores momentos do show com beijos..

Friday, January 16, 2009

DWL7713 - Parati Track & Field prata - SP - São Paulo

Dessa vez não foi traumático. Pelo menos acho que não foi. Fui assaltado e roubaram o carro. Passado o susto inicial foi tranquilo. O carro era da empresa, por isso não gerou tanta indignação. Meus, foram levados o relógio, dinheiro (60 pila), a bateria do celular e uma barraca.

O maior valor é a vida, sem dúvida. Depois a integridade física. Mas não vejo como não ficar indignado diante da situação e não contabilizar os bens.

Segunda-feira saí pra almoçar. Eram quase 2h da tarde. Parei num cruzamento na Atanásio Belmonte, paralela à Plínio. Arranquei e parei em seguida para anotar um telefone de um prédio em construção. Ouvi um toc toc toc no vidro. Achei que fosse algum conhecido. Como o vidro estava fechado e o som e o ar ligados, prestei atenção no que dizia: “Abre! Abre!” Um pouco mais abaixo, o que fazia o toc toc toc era o cano do revólver. Levantei as mãos e calmamente abri a porta. A primeira coisa que pediu foi o dinheiro, o que me fez pensar que seria só isso. Entreguei a carteira, mas ele pediu novamente só o dinheiro, que eu podia ficar com os documentos. Na hora devo ter feito uma expressão de “Pô, bacana!” Abri a carteira colocando a palma da mão para cima, escondendo a aliança, que era – depois da vida – o que mais temia. Eu disse que podia levar tudo, mas que virasse aquele negócio pra lá.

Puxei uma nota de dez pila, ao que imediatamente ele comentou: “Bah, tá mais pelado que eu!” Eu sabia que tinha uma de 50, e entreguei em seguida. Depois pediu o telefone, e mais um comentário tragicômico: “Bah, teu celular tá mal.. deixa eu pegar só a bateria pra tu não ligar.” Novamente fiquei contente por não perder meu telefone, e sabia que tinha uma bateria reserva no escritório.

Perguntou se o carro tinha corta-corrente e se eu estava armado. Disse que não tinha nada e podia levar. Quando desci do carro pediu ainda meu relógio vagabundo – um Technos Skydiver lindo que ganhara de Natal da Alice – que um parceiro dele tava precisando daquele relógio. Finalmente desci do carro e ele arrncou. O pesadelo tinha acabado e, passado o susto, eu estava inteiro, ileso, com meus documentos, cartão do banco, celular, aliança e a convicção de que meu Santo que é forte se encarregue de aprontar alguma pra aquele filho da puta.

Tuesday, January 06, 2009

Presentes infelizes para um Natal monótono...

Recebi do Jurânio uma tentativa de votos natalinos fora do lugar-comum – não sei se o hífen está correto. Desejava aos constantes na lista do email dificuldades elevadas à n-potência num texto cujo tom me lembrou muito o Sunscreen, aquele video que teve uma versão em português com narração do Bial. Apenas em tom, pois o Sunscreen tem um texto “do bem”, é otimista. Para finalizar, nos desejou de forma muito pessimista que, um dia, tenhamos um feliz Natal.

Considero-me um tradicionalista e otimista. Por outro lado gosto de ver o empenho para mudanças; gosto de quando algumas pessoas – amigos ou não – te dão a real sem maldade. Sem querer usar o que dizem como um investimento pessimista para futura promoção pessoal. Não creio que tenha sido esse o motivador, entendi como dificuldades que provoquem desafios, superações pessoais e, sobretudo, profissionais. O sucesso, enfim. Só que nos desejou a parte suja.

E nessa época de festividades, em que o aniversário do JC consta como um ilustre coadjuvante, acho que as pessoas querem o bom e velho otimismo. Eu sou assim, pelo menos. Olho sorrindo para o ano que passou, agradeço o que tive de bom e torço que o ano seguinte seja melhor. Tudo muito generalizado, superficial, mas que me deixa leve, imune a eventuais contratempos (sem hífen?) e, por que não, monótono.

A Alice já me cobrou algumas vezes por aquele Raul impulsivo, surpreendente, imprevisível. Fazer isso com responsabilidade é uma meta. No Natal, porém, eu assisti a tudo sem responsabilidade e sem mais nada, apenas estampando um sorriso que não era meu. Vi minha sobrinha obesa aos 8 anos, que passara a tarde tomando refrigerante comer até todos perceberem que era de mais. Vi a teimosia da minha irmã caçula promover um Papai Noel que ninguém viu para a mesma sobrinha. Assisti ao silêncio da mesa só ser quebrado pelo barulho da tv. Vi os presentes que ficaram acumulados no canto da sala serem atirados pelo ar aos seus donos pela mesma sobrinha que buscava mais um com o seu nome. Assim a Alice recebeu o presente que passei dias pensando e horas escolhendo:

- Ó, Alice.

Assim recebi a linda camisa que ela me deu. Assim, também, recebemos os infelizes: a bermuda xadrez, um bermudão até a canela, um vestido tomara-que-caia e uma blusinha frente única. Coisas que nunca usamos nada parecido que inspirasse um presente assim. Depois de tudo conseguimos rir. Mas era preciso um desabafo. Restou o desafio de uma receita com o melhor do tradicional e impulsos surpreendentes. Não apenas para um feliz Natal.

Minhas fotos no