Thursday, November 19, 2009

Sem sorte nos velórios...

Depois que dei os parabéns, em vez de pêsames, à minha professora da quarta série primária no velório do seu marido acabei criando um bloqueio com esses cerimoniais de morte. Tudo bem, eu tinha apenas dez anos, mas até hoje acho que não superei isso. Sempre acho que vou cometer outra gafe, não sei o que falar para os amigos e familiares que ficam. Desde então tenho resistido a ir a velórios e enterros.

Muito tempo depois, talvez 15 anos, faleceu uma amiga do Zé Gota. Não cheguei a conhecê-la, mas sabia que ele a tinha como irmã. Pensei que devia superar aquela resistência a cemitérios e velórios e oferecer meu abraço ao amigo; sabia que era um momento muito difícil pra ele. Se não me engano o velório estava marcado para as 17h30min. Saí do trabalho às 17h e fui o mais rápido que pude até o Cemitário Parque Jardim da Paz, lá... na Lomba do Pinheiro.

Vi que por mais rápido que fosse chegaria um pouco atrasado. Estacionei o carro ali na frente, por volta das seis da tarde, talvez um pouquinho mais. Tinha idéia daqueles jardins gramados, com todos de freto frente a um padre e ao caixão. Não era bem assim... O funcionário do cemitério me conduziu a um corredor com umas capelas e voltou à portaria. Me senti num filme, num corredor vazio com luz fraca, puxando para o verde e as portas das capelas, todas vazias. Até que numa das capelas encontrei um caixão. Não havia ninguém acompanhando. Procurei por algum nome, mas como o Zé tratava sua amiga por Nina, ou algo parecido, não imaginava qual seria seu nome.

Fiquei ali e depositei todos meus sentimentos àquela pessoa que partira. Estava um pouco intrigado por não haver mais ninguém, nem o próprio Zé. Tínhamos combinado entre pelo menos umas seis pessoas de estar ali. Não quis telefonar pois o silêncio era absoluto, e não queria ser eu, justamente, a quebrá-lo. Passados uns 20 minutos resolvi sair e ligar pra alguém. No outro lado muitas vozes e risos. “Onde vocês estão?”, perguntei baixinho. Estavam todos no bar no qual tínhamos combinado de ir após o velório. Velório que começara pontualmente e cujo corpo já fora enterrado.

Monday, November 09, 2009

Tava bem boa a festinha...

Festa na Associação geralmente é diversão garantida. Como era a comemoração de quatro aniversariantes, entre eles a Alice, mais a Rossa e o Gus, era uma boa oportunidade para reunir os amigos. A Rossa bolou um convitinho bacana, estilo Feira do Livro, cada um levava seus comes e bebes e a festa se conduziria por si.


Logo que chegamos nos assustamos um pouco. Todas as luzes acesas, todo mundo muito sóbrio. Muitas crianças. Parecia festa evangélica. A minha irmã disse que parecia aqueles reencontros da turma de sessenta e poucos do colégio tal. Nem música tinha, pra se ter uma ideia. Tinha um cara que devia ser o dj, mas ele tomou um laço de pelo menos meia hora até conseguir apertar o play pela primeira vez.

Aos poucos as coisas começaram a funcionar. A música foi embalando, a cerveja foi servida, depois chegou o Gus com o gelo e pude fazer umas caipirinhas, e, enfim, a luz se apagou. Já era uma festa normal, com diversão e amigos bebendo juntos.

Houve alguns contratempos, mas havia ainda a promessa da banda do Décio...
...que garantiu a animação até o final. Vimos novamente aquelas cenas de todo mundo cantando abraçado, fotos e fotos da banda, com a banda,... E isso era apenas o final de uma noite de sexta-feira!


Minhas fotos no