Wednesday, April 13, 2011

Uma comida perecível, por favor!

Eu nunca fui muito de McDonald's. Não pelo gosto, que até pode ser bom. Mas por todo o contexto em que se enquadra: a questão multinacional (e uma nacional) de tentar fazer com com acreditemos que só eles são, não apenas melhores, mas os únicos aceitáveis, como a Coca Cola e a Rede Globo.

Depois a coisa engessada que eu sempre faço questão de repetir:

- Um Big Mac.
- O número 1?
- Um Big Mac.
- O número 1, com fritas e refri?
- Um Big Mac.
- Só o sanduíche, senhor?
- Um Big Mac.

Também por não venderem cerveja!

E agora, mais do que nunca, por simplesmente não se decompor. A nutricionista americana Karen Hanrahan fez o teste e desenvolve estudos de orientação alimentar para os pais que querem educar seus filhos a comerem bem. Ela guardou um hamburger do MacDonald's por 12 anos numa embalagem simples. O troço mantém a aparência, não cria bolor, nada! Está publicado aqui

De assustar!

Thursday, April 07, 2011

Medo...

Não lembro se o que eu passei no colégio podia se chamar de bullying, mas eu tinha muito medo de apanhar dos maiores. Sabia que não ia tomar uma surra, mas não gostava da hipótese de sequer levar um encontrão. E sempre tinha aquela turminha dos que ficavam inticando e faziam brincadeiras truculentas.

Depois cresci e percebi que meus embates seriam mais favoráveis em palavras, olhares, atitudes, escolhas não físicas. Desenvolvi um comportamento natural que (por mais provocativo que parecesse) evita o confronto físico. E depois de sofrer alguns assaltos, sempre negociando calmamente de forma a transmiti-la e pedindo apenas pela preservação da vida, passei a temer justamente pelo pior: a abreviação do bem maior.

Posso dizer que inconscientemente eu passo boa parte do tempo analisando situações de risco. Não apenas a mim, mas ao contexto em que vivo e as pessoas nele inseridas. Também não apenas o risco físico, mas o fator de algo dar ou não certo. Como a nossa cidade, por exemplo. Para mim, Porto Alegre está saturada. Não é mais capaz de atender às expectativas de um lugar que eu considero razoável para se viver. O trânsito, a mobilidade urbana, os restaurantes a la carte, as peças de teatro e shows importantes, as rotas aéreas internacionais, a segurança, nada disso existe aqui.

Claro que dá pra explorar Porto Alegre e se apaixonar por ela. Mas quanto mais se observa o todo, e hoje o todo é cada vez mais acessível, vemos que nos falta muito. Os poucos restaurantes a la carte só abrem à noite. Pouquíssimas peças do centro do país se aventuram a vir pra cá. Mas o que é ruim se desenvolve mais do que rapidamente, como o consumo e o tráfico de drogas e todo o tipo de violência que acompanha. A corrupção se alastra e entranha em instituições inimagináveis. A corrupção política é pré-história. Eu via e vejo o colapso cada vez mais próximo. O pouco de luz seria isso, fugir para algum reduto de paz aqui na Terra, enquanto ainda existem.

E eu que gosto tanto da metrópole!

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