Tuesday, October 17, 2006

A vida de um atrapalhado é triste, mas pelo menos tem emoção!

O dia começava meio apreensivo: uma audiência me aguardava no início da tarde, e como nunca participei de uma audiência, isso era aceitável, ainda mais nas circunstâncias em que se apresentava.

Há umas três semanas chegou uma intimação. Já fiquei todo assustado. As poucas informações eram de que eu seria testemunha de acusação de um processo aberto pelo MP contra um figura sobre um delito de trânsito. Aí sim que fiquei mais perdido. Nunca processei ninguém, e não me lembro de ter sido testemunha de nenhum acidente.

Mas intimação é intimação. Fui até o Foro Central e retirei o mandado de notificação para a audiência – crime (medo!), a realizar-se dia 16/10. Como não tinha detalhes, perguntei ao oficial de justiça do que se tratava. Ele me encaminhou à vara de delitos de trânsito e lá pude ver o processo: era sobre o fatídico roubo das baterias do Seu Vivo. Só que com um detalhe importante: no processo consta como se eu fosse testemunha de um roubo ocorrido lá em Santa Maria.

No ano passado presenciei uma tentativa de furto numa das estações do Seu Vivo. Houve uma febre de furtos desse tipo no Estado. Na ocasião tive de registrar ocorrência e, um tempo depois, ir a Santa Maria reconhecer umas fotos de uns vagabundos que pegaram por lá. Até aí tudo bem. Reconheci a gurizada pelas fotos e prestei novo depoimento, ainda sobre o fato ocorrido aqui em porto.

Essas três semanas se passaram assim, meio intrigado. Não queria testemunhar algo que não vi. Acredito que como tenham pego esses vagabundos lá em Santa Maria, querem que eu testemunhe esse fato para que possam prendê-los. Também não quero que minha imagem seja exposta a eles. Fiquei pensando em tudo isso.

Na manhã do dia 16 conversei com um advogado da empresa e expliquei o caso. Ele pediu que eu encaminhasse a notificação por fax. Aproveitei e escrevi tudo, e que me respondesse o quanto antes, pois a audiência seria naquela tarde, às 14h. Menos de cinco minutos depois ele me ligou: disse pra que na próxima audiência eu fique calmo, e só fale sobre aquilo que eu realmente vi, e que foi aqui em Porto, mas que eu cuidasse muito da data e da hora, pois aquela já tinha acontecido às 9:05h da manhã, como estava escrito bem grande na notificação!

1 comment:

Anne said...

eae como te sentisse depois da tua primeira audiência?

Anne

Minhas fotos no