Wednesday, April 16, 2008

Larguei de mão...

Acho que a concorrência, seja ela profissional, comercial ou política, é salutar quando promove um aumento na média de qualidade dos serviços, preços, produtos e representantes.

Gosto muito da RBS e da maioria de seus veículos. Já fui muito contra, numa época em que meus princípios tendiam ao radical. Em idéias. Nunca pintei a cara nem protestei contra políticos. Mas fiz questão de assinar o Correio do Povo para que meu pai deixasse de comprar o Diário Gaúcho, o que considero uma desinformação.

Apesar de eu gostar do Correio do Povo, em comparação à Zero Hora, ele é uma Rádio AM: informa a seco. Enquanto o impresso da RBS parece ter uma cortina agradável ao fundo, em estéreo. Até mesmo nas rádios AM a Gaúcha tem outro padrão. Tanto técnico como de qualificação profissional. No Sala de Redação assistimos a debates de nível, respeitosos, e realmente bons. Os programas equivalentes das emissoras concorrentes apostam na discussão necessariamente acalorada, muitas vezes defendendo idéias opostas apenas para que haja o embate. Mesmo assim ouço, de vez em quando o Na Geral, da Ban (que tem o ótimo Eron Dalmolin) e o da Guaíba, acho que é o Terceiro Tempo, que tem o ótimo Juremir Machado.

Duas coisas que sempre me chamaram atenção nas outras emissoras é a alfinetada na RBS e a necessidade de estampar quando dão o furo de reportagem. É aí que eu acho que se perde o salutar da concorrência. Eu tava ouvindo o Hoje nos Esportes (Gaúcha AM) quando o Nando estava passando uma entrevista com o então Vice de Futebol Pelaipe (Gremio) e interroumpeu: “olha, o Pelaipe acabou de me ligar e dizer que não é mais o vice...” No dia seguinte a Band perdeu uns bons 5 minutos parabenizando o Ribeiro Neto por ter dado o furo. Na Guaíba o Hiltor Mombach escreveu no Correio que eles é que tinham anunciado primeiro. Por que essa necessidade?

E hoje de manhã, passando pelas rádios, ouvi o Mendelski (passei por ali para ver se o Reche falava alguma coisa sobre futebol. Odeeeeio o Mendelski) se desculpar com o Reche por cortar 3 minutos do seu tempo, pois estava lendo opiniões de ouvintes, e estes tinham preferência, ao que ele devolveu:

- Não tem problema. Ao contrário da pretensão de alguns, aqui o ouvinte é a fonte da informação.

Referiu-se ao slogan: “Gaúcha, a fonte da informação.” Perdeu boa chance de falar algo útil e a audiência deste que vos escreve.

4 comments:

Anonymous said...

Cara, a Ipanema é igualzinha...
Tá sempre alfinetando alguma concorrente, inclusive, satirizando-as com vinhetas pra lá de descoladas.
Mas nem por isso eu deixo de te entender, pq às vezes, até a Ipanema me irrita...hehehehe

Anonymous said...

Eu to viciado no programa "Na Geral"... mas só por causa do Eron... o cara é muito bom.

Já as discussões são sempre as mesmas, nunca concordam entre si...

Mas quando o Eron interrompe imitando o Alex (do Inter) ai o programa vale a pena...

Eduardo Grando de Andrade said...

Querido Raul. Nao sou a pessoa mais apropriada para lhe dizer isso, ate por que nao e' minha area, mais ai vai:

''Bem vindo ao imundo e desleal universo da imprensa.''

Aquele abraco.

Edu

Eliane! said...

é que as emissoras precisam deixar bem claro para seus ouvintes que são elas que SEMPRE vão dar a informação em primeira mão e outros blábláblá

''Bem vindo ao imundo e desleal universo da imprensa.''

é, andei pensando nisso ultimamente e, como estudante, é desanimante.

Raul, companheiro de Sopa, tri bom os teus textos. Só não comentei nos outros sobre bares/botecos/ para não ficar alcoolizada heheh

abraços

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