Voltei ao meu posto de trabalho. Já faz umas duas semanas. Pude então rever meu conceito em querer deixar a casa isolada onde trabalhamos para estar na vitrine do prédio sede. Depois de 11 anos não seria a exposição que abriria portas a uma possível promoção. O ônus da sensação de ser vigiado 8 horas por dia não compensa.
Estou um pouco alheio aos problemas da humanidade. Sei que Santa Catarina vive uma das maiores calamidades de sua história – se não a maior; que rompeu o duto que traz GNV para o RS e a normalização deve ocorrer só daqui a 21 dias; que a crise mundial ainda tem forças e tudo mais. Mas não tenho acompanhado mais nenhum detalhe de nada. Fico só nas manchetes.
Aprofundei-me um pouco mais no trabalho e vi que a roda pode girar um pouco melhor se eu mantiver este empenho, e já que ali estou, devo tratar de tornar o processo mais atrativo.
O ano vai se aproximando do final e as festividades vão tomando forma. Percebi, agora, que estou sendo alienado a um motivo para a virada do ano. Quando surge o assunto tento parecer o menos inoportuno às expectativas e acabo simplificando tudo a um: “pra mim tá bom”. Quero realmente comemorar o Ano Novo, como sempre fiz. Sempre fui contrário à idéia de querer logo que o ano acabe. Mas não é simplesmente isso. Não querer que o ano acabe e não viver a passagem como uma mudança realmente boa não tem muita diferença.
Viver como se as expectativas não existissem seria hibernar a vontade de viver.
1 comment:
Depois de certa "autura" da carreira (profissional), não é mais interessante estar na vitrine... ..as vezes o que eu mais quero é ficar escondido num cant gelado e barulhento de uma "sala de central" ...pois o barulho daquele ar-condicionado incomoda menos do que o barulho das cabeças-ocas querendo se promover... ..enfim...
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