A última semana antes das férias foi bastante cheia. Tive de deixar as tarefas em dia, preencher planilhas, fazer a tal da avaliação de performance do ano anterior e outras burocracias do sistema. E justamente quando o tempo deixa explícita sua preciosidade aparecem essas pessoas desprovidas de algo que não me arrisco a definir. Não sei se é puramente burrice, ou ignorância, ou sei lá o quê, mas não é bom! No fim, depois do assunto resolvido, ao menos serve para divertir...
A recepcionista
Há cerca de 12 anos, comecei a trabalhar na empresa A. Mais precisamente no setor AB. Um ano depois a empresa A foi vendida e transformou-se em duas: a empresa AB, na qual eu trabalhava e a empresa B. Mais uns anos depois, a empresa AB passou a se chamar empresa T e a empresa B seguiu com esse nome. Os anos foram passando e a minha empresa mudou novamente de nome, agora para empresa V, e aquela empresa B, completamente independente da nossa, sem nenhum resquício de ligação entre as duas, mudou seu nome para empresa O.
Então ontem fui ao Banrisul para acessar nossos equipamentos. Fazer uma vistoria periódica.
- Boa tarde, sou da empresa V. Preciso acessar o equipamento da empresa V no oitavo andar.
- Documento.
- Aqui...
- Qual o setor que libera a entrada?
- Telefonia? Talvez Manutenção, mas acho que é a Telefonia.
Geralmente é rápido, mas ela demorou um bom tempo no telefone até que me pediu pra falar com a pessoa no outro lado da linha.
- Boa tarde!
- Boa tarde, meu nome é Raul. Sou da empresa V, preciso acessar nossos equipamentos.
- Ah, sim. É que a recepcionista me disse que era da empresa A e eu achei estranho.
- Não, eu disse que era da empresa V.
- Ok, pode subir!
Lembrando: a empresa A não existe desde 1998.
Cortando o cabelo
- Como o senhor quer?
- Assim ó.. assim e assim.
Fiquei o tempo todinho me olhando no espelho e acompanhando os movimentos da cabeleireira. De repente notei algo estranho. Eu uso suíça, ou costeleta, ou como queiram chamar. Notei que o lado esquerdo parecia atorado. Fiquei com medo, estava me olhando só de frente, não queria virar o rosto. Mas tive que fazê-lo... e não deu outra, a mulher tinha atorado minha costeleta cultivada por anos. Não me contive:
- O que tu fez!!!???!!!
- Como assim?
- Tu cortou aqui...
- Não, só emparelhei.
- Não. Eu uso assim – mostrei o outro lado.
- É que tava fininho...
Fiz toda espécie de careta e disse que tinha me dado tristeza. Ela disse que como eu tinha falado como queria todo o cabelo, achou que podia cortar ali. Por sorte não me deixou sem as sobrancelhas...
Abastecendo
Com o frentista...
- Coloca 40 litros de álcool. Vou ali passando o cartão.
- Tá.
Com o caixa...
- 40 litros de álcool.
Ele passou o cartão na maquininha e começou a calcular, calcular, calcular... Perguntei se tava com algum problema. Ele me disse que tava calculando pra não precisar esperar. Quando voltou à máquina do cartão teve de passar de novo. Teve que calcular de novo. Perguntei se ele sabia o preço do álcool. Disse-me que sim. Só então pude observar ele digitando no teclado do PC: 40, e depois 2399. Voltou à maquininha e digitou – pasmem – 40, para os litros e... 16,67 para o valor.
- 16,67?
- Pelos meus cálculos, sim!
- Mas são 40 litros...
- Então vamos esperar – cara de brabo...
- Cara, tu não sabe o preço do litro do álcool?
- Sei, R$2,399.
- Então só multiplica... 40 vezes 2,399.
- Ah, tsc, desculpa, fiz um cálculo totalmente diferente...
Medo!
- Eu dividi em vez de multiplicar.
Mais medo!
1 comment:
cara, este cálculo aí não é fácil..
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