Quando a gente tava indo embora do churras de quinta, o pessoal da segunda banda, que tocou Beatles, nos convidou pra assistir ao show deles no Vermelho 23, na sexta. Nem pensei duas vezes, falei que ia.. e fomos, eu, o Miojo e o Dudi.
Depois de um percalço fui pra casa do Dudi fazer um aquece. O Miojo já tava lá..
- Óh.. barulho de garrafa subindo! - disse ele ao Dudi. Era eu, com três garrafas de Bohemia escura.
Entrei e ficamos bebendo e curtindo “coisas” de Beatles que é o que não falta na casa do Dudi.. demos muita risada com uns sites e ouvimos ótimo som.
Eram as preliminares de uma noite que fez eu dizer que foi um dos melhores dias da minha vida. Explico.
Saímos da casa do Dudi bem embalados. Entramos no Vermelho 23 como se estivéssemos entrando na casa de um amigo. A banda tava se preparando pra começar a tocar. Como não tinha mesa livre perto do palco ficamos em pé mesmo. O Dudi tava bem locão e começou a baixar a ceva de duas em duas.
Não demorou muito e a banda begins to play...
Meu pai.. (como diria o Miojo..)
Eles tocaram Help e Rubber Soul na íntegra!! Faixa por faixa!! Executaram muito bem todas as músicas, num clima descontraído e um carisma ímpar. Cantamos, os três, a maioria das músicas numa empolgação sem tamanho. Não me contive, mandei uma mensagem pros dois na hora.. “Obrigado por me proporcionarem um dos melhores dias da minha vida. In my life, I love you more”
Esse é o finalzinho de In my life, que eles também tocaram. Pra finalizar convidaram o Miojo e ele deu uma palhinha do seu talento. Muito bom mesmo!
Como nóis não é fraco.. saímos dali e adentramos no Azimute. Só eu e o Miojo, uma vez que o Dudi fugiu de táxi pra casa alegando elevado grau alcóolico. Ainda bem que o Miojo não é assim.. fez eu dar muita risada no xis depois.
O garçom trouxe o xis num prato, com o garfo e a faca cravados em cima. Ele me olhou com aquela cara de olhos caídos, pegou o prato com as duas mãos e levou-o a boca, comendo como um cachorro. O garfo e a faca ali, cravados! Que cena!
Um frio na espinha faz valer...
Aquela camiseta verde do Cebolinha não saía da minha cabeça. Lembrei que uma vez ganhei do meu melhor amigo um almanaque do Cebolinha. Tinha a capa branca e era bem grosso. Umas 100 páginas de pura diversão. Eu devia ter uns 12 anos, na época.. e me deliciava com aqueles quadrinhos do Maurício. Ficava pensando como podiam fazer tantos desenhos e tão bem, e ainda por cima com hitorinhas muito bem escritas que me faziam viajar... E eis que agora estava eu diante de uma camiseta do Cebolinha. Verde! Modelando traços que a tiazinha que a costurou jamais imaginara. Ou sim... Acho que quando a gente faz alguma coisa, projeta o seu uso. Quando uma casa é feita, as pessoas que nela trabalharam imaginaram ali, uma família feliz morando. Imagino que aqueles vestidos lindíssimos que enfeitam as vitrines do Iguatemi são desenhados e cosidos, inspirados em beldades, ainda que fictícias.
Mas aquela camiseta.. Não sei.. inspirada ou não, ali estava ela, depois de uma espera que durou o tempo certo, a cobrir os traços de uma encantadora silhueta. Silhueta essa que vestia, agora, uma blusa que chamei de noite estrelada. Era negra e cheia de brilhozinhos.. como pequeninas estrelas cheias de brilho naquele céu tão escuro.
E pensar que tudo isso foi motivado pelo frio na espinha da vez da camiseta verde, e que agora me contemplara com aquele céu...
3 comments:
Bah...essa camisa verde tá dando oq falar hein Guri !?!
kkkkkkk
Bitoks
AH, Florão tá FINALMENTE atualizado...
hehehe
Bjo
Aee, valeu!
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