Wednesday, March 08, 2006

A minha alegria atravessou o mar...

Quarta-feira da semana que precedia o Carnaval. Eram quase duas da tarde quando eu iniciava mais uma entre tantas aprontadas. Sim, daquelas que só acontecem comigo e que me rendeu, pela amada Pi, o apelido de Corpo Fechado, vulgo Papaéu.

Meu vôo estava marcado para as 14:15h de quinta. Almocei com um brother na rodoviária de SP (estação Tietê do Metrô) e estava prestes a voltar pro Rio. Comprei a passagem de ônibus SP/RJ para as 14:20h. Poderia curtir o restante do dia e a manhã do dia seguinte na cidade maravilhosa. Mas não seria tão simples assim.

Cinco pras duas, uma amiga ligou. Ainda não tínhamos nos visto, e ela ficou indignada quando soube que eu estava indo embora. Queria que eu tomasse pelo menos um chopp com ela e as amigas. Lá fui eu.. cancelei a passagem e deixei o horário em aberto. No final da tarde me encontrei com elas na casa de uma amiga, a qual tinha me passado o endereço.

Conversamos um pouco ali e fomos tomar um chopp. Eu e mais umas 5 mulheres. Foi muito divertido, embora minha participação tenha se resumido a rir das besteiras que elas falavam, e que não eram poucas.

Eram quase dez da noite quando elas me largaram na estação do metrô pra eu ir pro Rio. Tava tudo certinho, era só eu ver o próximo horário de ônibus e ir.. ao que eu tive o seguinte raciocínio:

Eu ia passar a noite viajando, ia chegar no Rio com uma mala e uma mochila e não ia poder nem pegar uma praia, já que não teria onde deixar as bagagens até o início da tarde, quando sairia o vôo. Na hora me veio a idéia de curtir uma noite em SP mesmo. Deixaria as bagagens num guarda volumes e sairia pro Rio na manhã seguinte. Viajaria dormindo e chegaria quase na hora do vôo. Perfeito! Ou não...

Sem pestanejar deixei as tralhas no guarda volumes da estação e peguei um táxi até a Vila Olímpia, onde tinham uns barzinhos. Acabei ficando no Favela, que era o mais movimentado. Fiquei ali, degustando um chopp e saboreando um caldinho de feijão. Coisa mais boa! Às cinco da manhã fui embora. Teria que pegar um táxi até a estação mais próxima e dali, o metrô até a estação Tietê.

O garçom disse que eu poderia pegar um ônibus, em vez de táxi, já que passava um ali na frente e o ponto final era justamente na estação. Esperei um pouco e veio o tal ônibus. Entrei, paguei a passagem e... apaguei.

- Ô magrão, acorda! Final da linha! – me cutucou o cobrador.

Acordei apavorado, entrei na estação, comprei o bilhete do metrô, esperei.. embarquei. Quando abri os olhos eu estava quase no fim da linha do metrô. Tinha passado e muito a estação Tietê, que era a da rodoviária. Desci as escadas rolantes, subi do outro lado, peguei o metrô de volta e... dormi de novo! PQP!

Dessa vez acordei umas cinco estações depois. Lá fui eu.. tudo de novo. Desce escada rolante, sobe do outro lado.. embarca e... dorme! PQP!

Resumindo: eu dormi 6 (seis) vezes na porá do metrô. Acho que conheci São Paulo inteira dormindo. Até que na última, como eu tinha passado só duas estações, resolvi ir em pé. Se eu dormisse ia cair no chão. Finalmente consegui descer. Só que aí me deparei com outro problema. Fiquei quase duas horas naquela função vai-volta dormindo. Eram 7h da manhã, e um ônibus pro Rio demora umas 6h de viagem.

Consegui passagem pras 7:40h e comecei a fazer os cálculos.. mais seis horas dariam 13:40h na rodoviária. O vôo era às 14:15 do Galeão, certo que não daria tempo. Azar, fui assim mesmo. Como o esperado, o ônibus chegou na rodoviária do Rio exatamente às 13:40. Pulei pra dentro de um táxi e perguntei se o motora conseguia estar até às 14:15 no Galeão.

- Já estamos lá! – afirmou ele, convicto.

Às 14:13h cheguei no aeroporto e corri até o guichê da Tam. As pernas estavam bambas. Não sabia o que faria se perdesse o avião. A minha passagem era promocional e não aceitava trocas. A moça emitiu oi bilhete.. uuuuuuuufa!

14:40! O Vôo tinha atrasado. Bah, muita sorte mesmo!

E assim pude viajar, finalmente, tranqüilo.

O Carnaval...

Nessa mesma quinta, subimos de Porto Alegre pra Laguna, pro Carnaval. Chegamos lá na madruga e já demos início aos trabalhos. De leve.. só pra dar embalo pros próximos dias, que prometiam.

A rotina não mudava muito.. abastecíamos um ou dois isopores de ceva e gelo e íamos pra algum lugar. O cenário sim, mudava. No primeiro dia fomos até uma prainha que tem ali do lado.. Itapirubá. Muito astral, com mar dos dois lados. Fizemos campeonato de A Última Chance, acho que é um quadro do programa do Huck. Amarramos uma camiseta no cantinho da goleira e ali tentávamos acertara bola. O Rodrigo comandava o espetáculo fazendo uma narração muito engraçada.

Na casa também aconteciam coisas muito engraçadas, o que era de se esperar já que ali se instalavam 21 pessoas. Fizemos uma lista das atrocidades que a gente falava, depois eu trago pra cá. Na porta da geladeira colamos uma consumação de bar, que nós mesmos confeccionamos. Ali a gente marcava um x pra cada ceva que tomasse. Isso quando lembrasse. E era muito x. Lá pelas tantas alguém se indignou e escreveu: “Bibi demais”, e assim foi. Tudo era graça, tudo era motivo de riso.

Na avenida escolhíamos um lugar pra estacionar os isopores e curtíamos a bagunça geral da galera. O legal de Laguna é que todo mundo fala com todo mundo. Parece que as pessoas se desprendem de seus escudos e todos têm um só propósito que é a folia e a diversão.

O domingo, como sempre, foi marcado pelo fato de os homens se vestirem de mulher. A bagunça começa na casa, onde as gurias nos ajudam a escolher as roupas e a fazer a nossa maquiagem. A galera se liberta.. hahahahha.

Não me lembro se foi na sexta ou no sábado.. sei que um magrão inventou de estragar o jipe bem na frente da nossa casa. E o jipe era virado em som. Pra que... Fizemos a festa ali na frente da casa mesmo. O magrão, que na verdade era gordão, pulava como criança em cima do capô do jipe. O capô afundava e ele nem aí.

Os dias e as noites seguintes seguiram nesse embalo. Festa de dia e de noite.. muita, muita e muita ceva. Uma pena que acaba. Uma festa única de diversão sem igual. Uma casa ocupada só por amigos que faziam festa em qualquer lugar e a qualquer hora. Sem preço!

Que venha 2007!

2 comments:

Anonymous said...

Nossa, deve ter sido muito bom toda essa loucura mesmo...
E você aqui em Sampa tanto tempo e nem se deu o trabalho de me avisar?
:)
Bjitos!

Anonymous said...

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