É sabido que sou um atrapalhado por natureza. Quase tudo o que faço – ou tento fazer – tem seu momento de desastre. Por conta disso digo que às vezes entro em colapso. Estou até pensando em um livro: Desventuras do Lar. Este seria apenas com as trapalhadas de dentro de casa, como a saga do chuveiro em plena véspera de Natal, que contarei mais tarde. Mas a distração me acompanha em todos os lugares, principalmente aqui no trabalho, onde passo boa parte do dia.
Tocou o celular ( um velho companheiro de trapalhadas). Era da Associação.
- Oi Raul!
- Oi!
- É a Leca, da Astti. Tu reservou o salão da associação né? Tu vai confirmar?
- Vou sim. Eu já paguei. Só esqueci de enviar o comprovante do depósito. Deixa eu ver se eu acho.
- Tá.
- Achei, tá aqui!
Abri a bandeja do fax e posicionei a folha. Deixei o dedo pronto sobre o botão enviar.
- Pode me mandar o sinal de fax?
- Posso sim. Agora?
- Sim, pode mandar.
- Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii....
Liguei de volta.
- Astti, bom dia!
- Leca?
- Sim.
- É o Raul.
- O que houve? Não conseguiu?
- Não, eu tava no celular. Não funciona o fax pelo celular. Agora estou ligando do fax, pode mandar o sinal de novo..?
São situações como essa que recheiam o meu dia e me fazem rir sozinho quando lembradas.
Protetor solar...
Acho que ando meio ranzinza mesmo. Depois de declarar que não gosto de Amigo Secreto descubro que não gosto de passar protetor solar. Na verdade eu já sabia disso, mas fica cada vez mais evidenciado quando vou à praia. Reluto em ir pro mar temendo ter de passar o protetor. Mas vou. Sempre acho que vou ficar de camiseta, que vou ficar abrigado à sombra de um guarda-sol e que o sol não vai me pegar. Só tem uma coisa que é certa: o sol não perdoa. Pode-se passar um turno inteirinho debaixo do guarda sol de camiseta, mas basta uma ida ao quiosque para buscar uma cerveja que o torrão tá garantido. É que a gente esquece que a caminhada da casa até a praia e a volta também queimam. Infelizmente o sol não age só quando a pessoa coloca o pé na areia.
Um pouco menos pior do que ficar um pimentão sem achar posição para dormir que não se fique ardendo por umas duas ou três noites é se submeter ao melecado processo do protetor, sozinho. Em vez de a pele assumir o vermelho uniforme, ela dá espaço a marcas de dedos aleatórias pelo corpo, principalmente nas costas. É mais comum nos homens, que não pedem ou não deixam que ninguém passe o protetor nas suas costas.
Em tempo: não agüento as pessoas chamando protetor solar de bronzeador.
A ironia (ou seria incoerência) é que eu sou um dos maiores defensores do uso do protetor solar. Nunca compro de fator menor que 25 e sei que a cada ano são menos “melecantes”.
Usemos o protetor!
1 comment:
Saudade de ti moço!
Bjos
Post a Comment