Um dia eu queria aprender a lidar com as oportunidades diárias. Vejo cada fato como uma oportunidade, não apenas aquilo que se apresenta como favorável. Muitas vezes temos a grande chance de fazer o que se considera como nada mais que o dever, e que se não feito, é capaz de arruinar um bem estar. Vivemos cercados dessas oportunidades ocultas, e o cumprimento de boa parte delas – ainda que seja um ato automático – nos diferencia do sujeito comum.
A justiça se dá por tornar possível o “nada mais que o dever” em sucesso, mas este cabe ao detentor da arte do tratamento. Uma pessoa visivelmente com sede pode ser tratada com indiferença. Talvez peça água. Pode-se, também, oferecer-lhe algo para beber. Ou ainda, sem perguntar, trazer-lhe a água gelada num copo bonito. A arte está em saber lidar com as variáveis em questão. Uma pessoa com muita sede não quer saber de copo bonito, apenas que se traga a água o mais breve possível. O simples e objetivo costuma ser mais eficaz do que a demora do ornamento.
A sentença de cada ato é categórica e, às vezes, um tanto quanto dura, por mais que não seja proferida. E o somatório dessas sentenças constitui a forma com que lidamos com as oportunidades, ocultas ou não, e que promove e mantém o bem estar. Temos uma tendência de não olhar pelo ponto de vista alheio e esquecemos que – dependendo da importância que tem para nós, não só o olhar, mas todos os sentidos – o bem estar é o bem maior, e pode sim, ser sempre maravilhoso.
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