Thursday, July 12, 2007

Paris, te amo...


Ontem fomos assistir a Paris, te amo.

São 21 curtas, de aproximadamente cinco minutos que contam histórias de amor ocorridas na Cidade Luz. Gostei, principalmente, por não ser em forma de documentário. Entre os diretores estão Walter Salles e Gerard Depardieu, mas foi Alexander Payne que finalizou com esta obra:

14e arrondissement
Alexander Payne

Narração da atriz Margo martindale

- Próximo?
- Eu!

Essa história é sobre um dia muito especial da minha recente viagem a Paris.

Durante toda minha vida sonhei em conhecer essa cidade, por isso estudei francês por dois anos. Guardei meu dinheiro e fui para Paris passar 6 dias.
Depois de cinco dias, ainda não havia conseguido me acertar com a diferença de fuso, e sempre ficava um pouco cansada.

Era minha primeira viagem à Europa. Gostaria de ter ficado pelo menos duas semanas, mas não podia: havia deixado meus cachorrinhos, Lady e Bumper, sozinhos.

Amei os museus e as ruas de Paris. Só a comida não era boa como eu imaginava. Pensei em fazer a viagem com uma excursão, mas sou uma pessoa muito independente. Desde que comecei a trabalhar como carteira em Denver, passei a caminhar muito todos os dias. E mais: eu queria uma autêntica aventura estrangeira, e praticar meu francês.

- Com licença!
- Pois não?
- Onde encontro um bom restaurante por aqui?
- Depende... Que tipo de comida você gosta?
- Qualquer uma.
- Chinesa?
- Pode ser.

Dizem muitas coisas a respeito de Paris. Que é lá que os artistas encontram inspiração; que é lá que as pessoas vão encontrar algo novo em suas vidas; dizem que lá você pode encontrar o amor!

Claro, na minha idade não tenho essas expectativas. No entanto, durante esses dias pensei em muitas coisas da minha vida. Pensei se tivesse nascido em Paris, ou sempre tivesse muito dinheiro, a ponto de poder viver lá.

Imaginei entregando cartas todos os dias, numa ruazinha como esta. E conhecendo as pessoas que moram aqui. Tenho certeza que elas são muito simpáticas.

Eu visitei um cemitério famoso, onde muitas celebridades foram enterradas. Vi a sepultura de Jean Paul Sartre e Simon Bolivar. No meu guia dizia que eram dois escritores franceses famosos, que se amavam muito, e por isso foram enterrados juntos.

Vi também a tumba de um homem chamado Porfirio Diaz, que, segundo meu guia, foi um ditador no México durante 35 anos. Era interessante estar tão próxima de um homem tão poderoso, mas que não podia mais andar nem falar nada, como eu podia.

Pensei na minha irmã Patty, que morreu tão jovem, e na minha mãe, que morreu de câncer no ano passado.

Um dia eu também serei enterrada, e provavelmente ninguém irá me visitar. Mas não vou me importar, estarei morta.
Mas não sou uma pessoa triste. Ao contrário: sou uma mulher feliz com muitos amigos e dois cãezinhos maravilhosos.

Só que às vezes eu gostaria de ter alguém pra dividir coisas como essas. Por exemplo: quando vi Paris do terraço de um arranha-céu, quis dizer para alguém: Não é linda?

Mas não havia ninguém comigo. Pensei no meu ex-namorado Dave, como ele teria gostado dessa viagem. Ao mesmo tempo me senti uma estúpida, pois faz onze anos que não falo com ele. Agora ele está casado e tem três filhos.

Então encontrei um amável parquinho. Sentei em um banco e comi um sanduíche que havia comprado. Estava muito bom!

E então alguma coisa aconteceu. Algo difícil de descrever. Sentada ali, sozinha, num país estrangeiro, longe do meu trabalho e de todos que eu conheço, um sentimento pairou sobre mim.

Foi como lembrar de coisas que nunca conheci antes ou que sempre esperei conhecer, mas que eu não sabia o que era.

Talvez algo que eu tenha esquecido, ou perdido durante toda minha vida. Tudo o que posso dizer é que senti, ao mesmo tempo, alegria e tristeza. Mas não tanta tristeza quanto alegria, porque me senti viva!

Sim, viva!

Foi nesse momento que senti que estava apaixonada por Paris.
E que Paris estava apaixonada por mim.

Enfim...

Depois de penar um pouco para passar nas nove cadeiras, estou prestes a ingressar no último semestre. Agora serão 21 créditos a me separar do tão esperado canudo.

Pode parecer nada mais que a obrigação, uma vez que a duração normal do curso é de 4 anos, e este é o quinto. Talvez não seja nada de mais, mas sempre vi a conclusão de um curso superior como algo muito distante. Hoje é palpável, e realmente, nada de tão emocionante.

O que importa é que, no final do ano, a escolha que fiz como realização pessoal, estará, enfim, concluída!

Desde já, agradeço o apoio recebido todos os dias, em forma de carinho, incentivo, espera e sorriso.

Te amo, Alice!

Esta semana foi minha irmã...

Terça foi a apresentação do Trabalho de conclusão da minha irmã para a banca. Acho que ela se saiu bem. Nunca imaginava ver minha irmazinha falando tudo direitinho, evitando os vícios de linguagem “e coisa”..

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