Friday, March 07, 2008

Direto do Egito...

Hoje o Sala de Redação teve um convidado especial, como ocorre em muitas de suas edições. Marcos Reis é um brasileiro que mora na cidade do Cairo, Egito, há alguns anos, e garante que ouve diariamente a Rádio Gaúcha. Sabendo que Marcos estava visitando Porto Alegre, e que tratava-se de um gremista ouvinte cativo do Sala, Cacalo tratou de convidá-lo a participar do programa.

Achei que ia ser uma chatice, por ser um gremista e tendo ido ao programa justamente por essa característica. Marcos foi humilde e descontraído, participando de uma forma muito divertida. O Lauro lançou a primeira piada dizendo que o Marcos veio diretamente do Egito para conhecer as múmias do Sala.

Assim Marcos foi contando de sua experiência no continente africano, sobre as atividades profissionais, sobre o povo egípcio e, por fim, sobre a segurança pública, o que rendeu mais assunto. Marcos garantiu que é absolutamente seguro andar pelas ruas do Cairo, e que poderia tranqüilamente ir até um caixa eletrônico às duas da madrugada que nada lhe aconteceria.

Os integrantes do programa foram à loucura. Mas como isso? – era a pergunta de todos. Marcos disse que mais, se o fato ocorrido na noite passada aqui em Porto Alegre, de um cidadão impedir o assalto ao lotação e matar os dois bandidos, seria – lá no Egito – reconhecido como herói nacional e recebido uma medalha. No Egito, quando as autoridades não podem garantir a segurança, os cidadãos é que são responsáveis pela mesma.

Esse dado gerou manifestações discordantes, ainda mais quando o convidado disse que no Egito existe a pena de morte, e no caso de infrações menores a punição é a SURRA! O Keny ficou louco e pediu que Marcos o levasse para o Egito junto. Mas o que impressiona não é simplesmente a surra, mas a forma como ela ocorre. O infrator, quando pego em flagrante, ainda que por cidadãos comuns, recebe a surra enquanto a polícia é chamada. Assim que chega a Polícia, recebe mais uma surra da polícia e é levado para a delegacia e apanha de novo, enquanto a família é chamada. A família, quando chega, tem de bater no gaiato para demonstrar que não é conivente com a atitude. E a última surra é dada novamente pela família, já em casa, para que a vizinhança também veja que a ação é reprovada.

Obviamente uma barbárie, se é mesmo assim que ocorre. Porém, levanta um tema muito delicado ao qual todos estamos submetidos e muitas vezes preferimos não pensar para que possamos sair às ruas mais tranqüilamente. No espaço de tempo de um dia, de ontem para hoje, tivemos esse caso do assalto ao lotação; dois assaltos à linha de ônibus T-6, resultando em 19 ataques em 6 dias e, conseqüentemente, à paralisação dos funcionários da Carris que trabalham nesta linha; e a família do gerente da Caixa Federal de Butiá que foi seqüestrada na noite de ontem. O gerente e os filhos foram soltos, mas a esposa continua em poder dos seqüestradores, assim como o carro da família e uma quantia estimada em R$130 mil levada do banco.

Tá difícil!

2 comments:

Anonymous said...

Pois é, a violência tá foda...
Pode chamar de barbárie, mas eu já pensaria muitas vezes antes de cometer qualquer delito no Egito. A polícia de Dubai é assim também. Ficou sabendo dó que aconteceu com um cara que atropelou um guri e que deu nos jornais daqui quando o Inter tava por lá?
Se não, me avisa que eu te conto num outro comentário, é meio longa, só dá pra garantir que os caras são reprimentes.

Anonymous said...

Muito legal esse Post. Tri-afudê !!!! Parabéns! Grande abraço meu velho!

Minhas fotos no