Sempre que parabenizo alguém pelo seu aniversário, desejo o mesmo: saúde e sorte. Esses dois esses são tão simples e geralmente nos acompanham por toda a vida sem serem percebidos. Todavia, tem uma hora que sentiremos a falta de um ou de outro. E nessa hora, a tendência é de que todos se igualem. Digo no sentido das desigualdades sociais. Sempre haverá um ricaço preso no mesmo engarrafamento onde se encontra um – ou vários – pobretão. Tudo bem, ele vai estar no ar condicionado, se não tiver a falta de sorte de estragar. Doença também não escolhe conta bancária. Por isso desejo sempre saúde.
Voltei a pensar nisso ontem, quando vim pra Campinas. Logo que saí de Porto Alegre, por volta das cinco da tarde, passei pela pior turbulência que podia imaginar. Semana passada estive em São Palo, e não tem como passar em Congonhas sem lembrar do acidente do ano passado. Mas correu tudo bem. Agora era Campinas, mas com uma escala em Curitiba. Acho normal ocorrer turbulência, ainda mais em dia chuvoso. Só que teve uma, depois outra mais forte, e não parou mais. Até que o avião teve uma súbita perda de altitude que fez com que todos tivessem um violento “frio na barriga”. Ali eu senti que era mais sério do que o usual. O comandante nos garantiu que era uma “pequena” turbulência, mas pediu que permanecêssemos com os cintos afivelados.
Tive muito medo. Muito mesmo. Até tentei manter o pensamento no bem, que ia passar em seguida, mas a cada balançada e com as asas do avião subindo e descendo visivelmente, não teve como. Tive vontade de ligar o celular ali, e com algum resquício de sinal que porventura houvesse, telefonar pra Alice e dizer que a amo. Só isso. São palavras simples, que as repito algumas vezes ao dia. Mas pra mim têm um valor inestimável e que nunca é exagero repetir. Só queria que aquilo passasse, que o avião estabilizasse e que eu chegasse bem. Depois passou. Quando descemos em Curitiba mandei uma mensagem. O tempo já estava bom, mas vai que..
Estou bem, muito bem. E tive a sorte de não ser aquele um vôo daqueles que não nos deixam esquecer.
1 comment:
E quando chegava em Cuba - e depois se repetiu no Panamá - estava olhando distraidamente para a janela e via uns brilhos de vez em quando. Achei que era a luz da ponta da asa, mas quando observei eram raios. Caindo de um nível próximo ao do avião. Muitos! Putz! A turbulência não era de assustar, mas a quantidade de relâmpagos sim. Medo. Mas deu tudo certo no final...
abraço
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