Thursday, January 28, 2010

Huang Chuncai

Domingo assisti no National Geographic ao documentário sobre o Huang Chuncai, o Homem Elefante. Como eu não vi o filme de mesmo nome, achei que era o mesmo caso. Mas não, o filme trata de uma história de mil oitocentos e poucos, e o Huang, pelo que entendi, vive no sul da China até hoje. Olhando a forma como a família vive, em condições extremamente precárias, não se entende como conseguem administrar uma situação tão delicada. Para ajudá-lo, o irmão mais novo deixou a mulher; e a irmã, também mais nova, deixou o trabalho. Antes de realizar a primeira cirurgia, os tumores na cabeça de Huang somavam cerca de 20kg. Para falar precisava segurar o excesso de pele do rosto. A visão do olho esquerdo fora perdida, e a respiração era um exercício a cada dia mais difícil. Quando estava indo para o hospital, saindo pela segunda vez do pequeno vilarejo onde morava durante 30 anos, Huang disse que não imaginava que o mundo ali fora fosse tão bonito, e que se pudesse viajaria o mundo todo dentro de um carro com vidros escuros.

Tuesday, January 19, 2010

A piada mais sem graça que já ouvi

Não consegui rir nem pra não perder o amigo. E estava num lugar dos mais apropriados para rir de qualquer coisa que se fale, sobretudo das piadas sem graça: um boteco. Eu, a Alice e uns amigos, entre eles o Hahn, bebíamos o calor do Ano Novo a goles gelados de chopp Brahma cremoso ali na Choperia Maryland.

Então o Hahn anuncia que ocorrera consigo uma situação real e inusitada das mais engraçadas. Passava por um advogado, num dos corredores da empresa na qual trabalha, também numa tarde de calor. O tal advogado tinha as mangas da camisa arremangadas e na dobra que vinha até o antebraço direito uma carta de baralho.

Ao observar, comentou:

- Tá com a carta na manga então!
- Pior, estou com o controle da situação... – continuou o advogado.

E sacou do bolso um controle remoto.

Thursday, January 14, 2010

Terremoto no Haiti...

Será que eu sou o único que não sabia quem era a tal da Zilda Arns??? Com todo respeito ao seu trabalho, que agora sei, era muito bonito e que ainda ajudará muita gente, mas nuuuuuuunca ouvi falar!

Tuesday, January 12, 2010

Pôr-do-sol em Oía

Um dos pontos-chave na ilha de Santorini era assistir ao seu magnífico pôr-do-sol na praia de Oía. Leia “ia”. Obrigado! É a ponta superior da ilha, então o sol se põe com os paredões rochosos e o mar azul ao fundo.

Seria nossa primeira longa viagem com o quadriciclo. Cerca de 8km para ir e mais 8 para voltar. Não sabíamos ao certo a que horas o sol daria seu espetáculo, mas sabíamos que uma certa multidão iria se aglomerar nas vielas, telhados e qualquer ponto estratégico para assistir. Então saímos do hotel por volta das 5 da tarde e iniciamos nossa viagem. Aquela motoneta não devia passar de uns 40km/h, mas com o barulho e a instabilidade dava impressão de estarmos a uns 80, pelo menos. Só que éramos ultrapassados por todos que não estavam de quadriciclo.

Depois de passar por alguns vilarejos, a estrada cortava uma paisagem de deserto. Apenas vinhedos de meio metro de altura e muita terra seca. Me senti no Easy Rider.

Quando estávamos quase chegando, depois de alguns sustos, a vista para a continuação de um penhasco mostrava um cemitério improvisado com cruzes, caveiras e sucatas de quadriciclos e motos. Tinha também alguma mensaem em grego que, por sorte, não conseguimos entender. Por um momento fiquei pensando que depois do sol se pôr seria noite e não havia um poste com lâmpada ao longo da estrada. Se minha cautela era máxima, tive certeza de que uma atmosfera repleta de deuses nos levaria de volta ao hotel ilesos.

Chegamos a Oía e começamos a identificar a trajetória do sol e procurar um bom lugar para ficar. Depois de muitas voltas numa espécie de labirinto de concreto branco, entre rampas escadas, um pouco de fome, pátios e telhados, achamos uma escadaria. Ali esperamos o sol se espreguiçar e iniciar sua descida diante de milhares de olhos e lentes rumo ao escuro azul do mar Egeu. Já ouvi algumas pessoas falarem que o pôr-do-sol do Guaíba é o mais lindo do mundo, e eu acreditava nisso. Depois de ver aquele pôr-do-sol não posso dizer que é o mais bonito do mundo, mas certamente é um dos melhores presentes que a natureza podia oferecer a estes olhos. E a partir de então prefiro deixar que em cada cantinho do mundo o sol monte seu espetáculo de acordo com a moldura oferecida.



Monday, January 04, 2010

Ano Novo!

O ano começou maravilhosamente bom! É o terceiro ano que passamos na badalada Imara com a família da Alice. Poucas pessoas num clima agradável e divertido, brindando e sorrindo. Eu pensava que era bom estar ali, entre a Alice e os seus, que cada brinde era carregado de boas lembranças do ano que terminava e bons desejos para o que iria começar.

Esses dias falei com os guris sobre comportamento nas estradas e vi que minha porralouquice deu uma acalmada. Disse que dificilmente passava dos 110km/h e quase fui apedrejado. Ninguém andava a menos de 140. Talvez seja o medo de sentir novamente no bolso o peso da multa, dos pontos na carteira, da perda do desconto no IPVA e toda aquela atmosfera que ronda o multado.

E agora, indo pra praia, descobri que aquele espaço à minha frente é a casa da mãe Joana. Sempre ouvi dizer que se deve manter uma distância segura do carro à frente. Mas parece que é um sinal: “entre aqui!”. E não adianta: ou eu ando colado, o que além de perigoso é chato para quem está na frente, ou deixo o espaço e um bonito se enfia ali. Depois do terceiro deixei um pouco de lado a defensiva e tentei me manter o mais perto/seguro possível do carro à frente, sobretudo quando sentia que havia um costurão por perto.


O Natal começou na casa dos meus pais


E o meu pai teve o talento de tirar minha mãe no amigo secreto e não dar presente!!!

Minhas fotos no