Gosto de pensar nos sonhos como algo que se pode realizar. Já tive, em outros tempos, desejos mais ambiciosos do que os astros poderiam conspirar, e os alimentei a ponto de quase viver uma outra realidade; me alienava das limitações e deixava de aproveitar o momento da forma como era oferecido.
Depois que eu e a Alice casamos passei a valorizar as coisas de forma aparentemente mais sensata, me divertir de forma mais econômica e a ter sonhos mais palpáveis. O mais engraçado é que esses novos sonhos, ao menos financeiramente, seriam muito mais difíceis de se concretizar do que os que tivera.
Assim vieram as viagens, realmente maravilhosas, inspirando outras futuras e alimentando mais e mais sonhos desses concretos. (Eu sonhava em marcar um gol pelo Inter numa final de campeonato.. sonhava que o Fernando Carvalho e o Tite - na época, técnico - iam até a minha casa para me contratar às vésperas de um jogo decisivo.. essas coisas)
Junto com as viagens, sonhávamos com uma casa nova. E esse desejo, por mais concreto que paracesse, foi o mais difícil de realizar. Foram mais de dois anos procurando, investigando, especulando, visitando... Fizemos propostas, economizamos, chegamos a projetar modificações, decorações, caminhos para ir ao trabalho... E vimos, um após outro, declinando no conceito daquele que seria nosso novo lar. O ninho, como chamamos, onde vamos agora, ajeitando cada galhinho no seu lugar.
É difícil descrever a sensação de felicidade, e nem sei se quero. Talvez o momento agora seja de apenas sentir, e rir por este motivo.
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