Wednesday, November 16, 2011

Convite à loucura

Os últimos dias tem se revelado carregados. Uma certa energia negativa bombardeia a base do equilíbrio. Não sei se afeta a uma maioria, mas o trânsito causa em mim, imenso mal. Um mal controlado que me faz por vezes buzinar e xingar com ira os motoristas vizinhos, em pleno silêncio. Mas quem me vê dirigindo observa um ser calmo que para na faixa de pedestre e dá vez a outros carros. Só que num olhar mais amplo vejo animais cortando a frente, embrenhando-se incontrolavelmente para mudar de faixa visando chegar antes, não ao destino, mas à frente do próximo sinal, que obviamente está fechado.

Encaro essa rotina pela manhã, durante o dia e ao final da tarde. Presencio os mais impensáveis absurdos. Mas o trabalho requer essa predisposição. Meu nível de vida me coloca nessa condição. A inexistente infraestrutura de Porto Alegre colabora para que eu encare, rindo, essa doce rotina infernal.

Quando a máquina está engrenada dessa maneira consigo, sim, rir ao trânsito. Riso leve e espontâneo, não louco. Considero como degraus de uma escada que me elevará a um plano onde desfrutarei das maravilhas do meu mundo. A minha casa e a minha família. E por considerar tão nobre este desfrute me sinto tão mal quando um grupo, em nome da empresa, inventa uma "reunião de trabalho" com pernoite e pescaria.

Mais uma vez eu fui o bronco. Falei a verdade: que não gosto de pescaria e não gostaria de abrir mão de uma noite com a minha esposa para uma atividade como essa. Houve mais algumas contestações, mas ao fim prevaleceu a decabida ideia de um que foi comprada pelo grupo. Assim vamos, compulsoriamente para o extra da "reunião de trabalho" em nome da bendita integração. Assim, a rotina infernal do trânsito é quem ri de mim com suas buzinas e freadas e faz com que, da mesma maneira com que fulmino em pensamento os maus motoristas, assim observe os que implementam tais ideias.

Friday, November 04, 2011

Meus sonhos absurdos...

Estava passeando na calçada e avistei meu vizinho de cima passeando com o cachorro (que ele não tem). É um senhor de uns setenta e poucos anos com o qual tenho conversado bastante nesses dias devido a uma infiltração que apareceu na nossa área de serviço. Mas ele morava num prédio do outro lado da rua. Era um prédio muito bonito por fora, mas quando desci, para sair tinha que passar pelo pátio da zeladora. Um pátio parecido com aqueles de fundos de casas mais antigas cheio de entulhos, botijão de gás, banquinhos de madeira velhos, plantas de todos os tipos e muita umidade. Cheguei a pensar que tinha descido no andar errado, mas a senhora que estava sentada me disse que era por ali mesmo.


Depois eu estava preso. Estava próximo de ser solto quando houve uma rebelião. Um clima completamente de guerra, com tiros para todos os lados, bombas, paredes caindo e pessoas correndo e gritando. Até aí nada de tão absurdo. Mas logo depois consegui fugir. Eu e o Tite! Ele mesmo, o técnico do Corinthians. Organizamos uma fuga pela mata da encosta de um morro no Rio de Janeiro. Estávamos com medo de ser recapturados pela polícia e por estarmos ao lado de uma favela. Logo à frente avistamos duas pessoas e ele se assustou. Eu falei que não tinha problema, que era apenas um casal namorando. E quando passamos correndo as duas mulheres interromperam o beijo.

Minhas fotos no