Monday, November 28, 2005

Dizer o quê?

Fantástico!? – pouco..
Magnífico!? – pouco..
Perfeito!? – quase nada é perfeito..
Maravilhoso!? – ...

Foi uma reunião de inúmeras sensações misturado com a vontade de ser muitos e de ter olhos para todos os lados.

Cronologicamente eu deveria começar pelo sábado.. pela sexta, na verdade. Mas foi o domingo que fez o mundo vir a baixo. Uma cortina estendeu-se ao redor, e tudo o que ali aconteceu foi como a cena de um filme que ficará guardado na vida de cada um que pode presenciar.

Deixo aqui minhas desculpas por não ter convidado todos que gostaria. E também por não ter curtido mais a presença dos que lá estavam.
Tá tudo doendo! Tudo!
O aniversário dos guris...

Começou no sábado, no Opinião, acabei de lembrar. Era uma da tarde quando fomos pra casa do Miojo ver o jogo do grêmio. Que loucura aquilo. Eu que sou colorado, tentei amenizar os guris dizendo que o gol só é válido depois que a bola entra. O goleiro ainda podia pegar. E pegou! Com sete homens, dois pênaltis contra, na casa do adversário lotado, o gremio protagonizou um milagre. Sete homens contra onze! Dois pênaltis contra! Parabéns pro Galato e pro guri Anderson, que tomou o choque, entrou na área com a intimidade de quem entra no quarto e tocou a bola pra dentro.

Os guris enlouqueceram. A cidade enlouqueceu. O Fulano colocou a bunda na janela do prédio! O Amigo urrava! Eu ria.

Fomos pra Goethe. Mais de dois mil gremistas enlouquecidos, e eu e o Miojo perdidos ali no meio. Segundo o Fulano, devia ter só mais umas seis pessoas coloradas além de nós.
A minha idéia era de passar no Amsterdam antes de ir pro Opinião no aniversário da Skika, mas não deu certo. Mal deu tempo de passar em casa trocar de roupa. Tava muito boa a festa. Me perdi dançando.

Cheguei em casa só pra trocar de roupa, de novo, e ir pro Iguatemi, de onde sairia o ônibus pra Guaíba. Eu tava todo errado, me debatendo em tudo.. e o Pica ainda queria que eu soldasse o óculos dele que tava quebrado. Meu pai só olhando de canto. Paguei as coisas, joguei na mochila e fui. Pra variar esqueci da carteira, mas a Karina levou.

Ali no Iguatemi já tinha um pessoal esperando. Esperamos todo mundo chegar e partimos. No bus já começou a função. Ceva e gritaria. Mas também teve um bom momento de papo com a minha irmã. A Lu presenteou o Fulano e o Miojo com uma calcinha pra cada um. Fizemos eles colocarem, ficou uma graça! Hahahahahahahha dizia assim: VIVO pensando em você, com o logo da Vivo, muito engraçado!
Chegamos na Celupa e fomos calorosamente recebidos pela família e amigos do Fulano.

Primeiro ato: os cumprimentos...

Abracei e beijei, um a um, todos os que estavam lá.

Segundo ato: a compra da cerveja...

Fui no mercado do Pulinho com o Zeca, irmão do Fulano, comprar a minha cota de ceva: 1 engradado! 24 ampolas de 600mL devidamente geladas e dois sacos de 10kg de gelo.

A partir daí, os atos foram se sucedendo de uma maneira que seria impossível contabilizar. Tão logo cheguei do mercado me pegaram pra fazer as caipiras. Dessa vez o copo era um pote de sorvete Kibon daqueles amarelos ainda. Lembram?

Entrei numa sinuca: queria fazer a caipira, adoro quando as gurias pedem pra eu fazer. Mas também queria estar lá fora, no campo. Os guris já tavam jogando bola com as crianças,e o restante da galera nas cadeiras de praia assistindo.

Muito boa aquela cena.. aquele gramadão, aquela galera toda.. aquela criançada.

Ah sim, a criançada...

- Oi, Raul! (a Larissa tem 8 aninhos)
- Ooooi, linda!
- O que tu tá fazendo?
- Eu!? Toooooo... ahhh.. fazendo uma limonada!

Ela ficou ali me olhando com uma carinha de quem não acredita muito. Pegou a garrafa de vodka com as duas mãos, virou o rótulo pro lado dela e disparou:

- Limonada com vodka?

Essas crianças..

E toda a vez que eu ia fazer a caipira, lá ia a pequena Larissa me acompanhar. Ela e seu olharzinho desconfiado.

Ainda tinha o jogo do Inter. E que jogo! Juntamos umas cadeiras e conseguimos uma Tv. O gol da Ponte Preta foi comemorado tal qual os do Inter. Um pouquinho antes do pênalti deu um tumulto. Os guris quiseram colocar um cartaz do grêmio atrás da Tv. A gente não deixou. O Scooby arrancou o cartaz e rasgou. Achei que iam se pegar... Mas o dia do Grêmio era o sábado, ontem a tarde era do Colorado! Como pode um grupo de pessoas explodir por um gol? Todos se abraçavam, choravam, gritavam, pulavam e corriam. O Inter ganhou e manteve a sobrevida até domingo! Só por milagre, agora! E eu não duvido!

Concomitantemente ao jogo a banda começou a tocar. E não tinha como não ir lá pra frente. Superfantástico, Unidunite.. só as confirmadas! Eu fazia o possível, corria pra ver um pouco do jogo e voltava ali. Todos dançando muito, mais um baita show dos guris!

Não sei que horas eram quando fomos embora. Pior que eu nem voltei no bus. Voltei de carona com a Skika e fomos direto pro Ponto Lanches. Eu sem celular, sem carteira e sem nada.

Acordei às 5h da manhã, atravessado na cama, de camiseta, calção, meia e tênis! Acabô o omi!

É difícil colocar em palavras o sentimento por um dia tão especial, vivido intensamente do primeiro ao último segundo, repleto de alegria por todos os lados. Um dia de amigos, de família, de crianças, de riso e de choro, de abraços e de beijos. Um dia de saudade e emoção. Um dia que não acabou.

2 comments:

Virgínia Rhodenbusch said...

certamente um dos melhores domingos do ano. pena que minha cabeça dói, dói, dói. mas a dor tá valendo. ai.

Virgínia Rhodenbusch said...

até hj me pego rindo do nada quando lembro disso. entrou pra história.

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