Friday, December 30, 2005

Os velhos cartões

Lembro dos antigos cartões de final de ano. Feliz Natal e Próspero Ano Novo! São os votos de fulano e família. Lá em casa a gente comprava mais ou menos uns 30 cartões e endereçava a todos os tios e amigos mais próximos da família. Era engraçado.. passávamos o ano inteiro sem falar com tal tio, mas nunca deixávamos de mandar o cartão. Comprávamos muito aqueles confeccionados pelo próprio Correio, que já era cartão, envelope e selo, tudo junto. Eu ajudava a mãe a escrever todos os endereços.

Hoje, com o advento da internet, somos bombardeados com os mais diversos, enfeitados e musicados emails. Minha parcela saudosista – que é bem grande – lamenta a perda daquela prática. Era muito bom abrir a caixa de correspondência e ver ali um envelopinho com o nosso nome. Banalizamos, com o spam, a exclusividade.

Não vou lamentar. Afinal, quem não quer fazer o spam pode muito transcrever palavras próprias e endereçá-las a um único destinatário.

Mas que dá uma saudade de abrir a caixinha do correio, isso dá!

E assim me despeço desse ano maravilhoso que foi 2005, apesar das ausências de uns, a intensa convivência com essa galera louca preencheu cada minuto e cada momento da vida de cada um de nós.

Alegra-me saber que completamo-nos um ao outro muitas vezes sem saber. Por vezes estivemos nos mesmos eventos, mas quase não trocamos palavras. O simples fato de estar no mesmo ambiente era confortante.

Foi tanta coisa que aconteceu que seriam necessárias páginas e páginas pra escrever tudo. Fica na lembrança então cada momento desses, que guardamos como um filme.

Ora com música, ora sem
Um rápido movimento ou uma imagem congelada
A cena contracenada que não foi ensaiada
O sorriso do riso que virou gargalhada
Da falta de gasolina
Por sentar ao lado da menina
Ou por perder o trem

Deixamos nossa marca em tantos lugares.. Ano novo e enterro dos ossos em Atlântida Sul, Roxufest em Osório, pré Roxu em Salinas, churras e formaturas em Guaíba, Carnaval em Imbituba e Laguna, surf no Rosa, acampamento em Riozinho e Festa do Pijama no Portal do Eden. E também a Páscoa no Farol, Festival do Chopp de Feliz, Festa no Abbey Road de Novo Hamburgo e aniver do Marjo em São Chico. Sítio da Mel em Glorinha, minhas férias sozinho em Bombinhas, festa country-rock em Teutônia, e feriadão na Guarda do Embaú. Festiqueijo em Carlos Barbosa, a clássica Oktober de Igrejinha, o findi esticado na casa da Déia em Capão... nossa!

Lugares onde espalhamos intensa alegria e que certamente anseiam nosso retorno. Lugares que nos acolheram com toda sua hospitalidade e estarão sempre de portas abertas.

Um ano sem igual em que a única tempestade foi a forte e incessante chuva de amigos. Amigos estes que inundaram a minha e as suas vidas de alegrias, de paixões, de amores, de folias.

Que em 2006 esses laços se renovem e se reforcem. E se foi adorável o pouco que conhecemos, faço idéia do depois...

Finalizo com uma frase e uma mensagem que recebi de duas pessoas especialíssimas...

“Seu saldo é de 365 dias. Aproveite essa fortuna!”


“Pegue o estoque de PAZ que você ainda tem em casa
e use no trânsito
use na fila do banco
use no elevador
use no futebol!
A PAZ é um produto interessante!
Porque quanto mais você usa,
Mais você tem.
E se todo mundo usar
Quem sabe chegue o dia
Em que ninguém mais
Precise fazer um comercial
Pra vender a PAZ” (W. Olivetto)

Quando ouvirem o estampido da champagne façam um brinde comigo. Já disse a uma pessoa que verei seu sorriso, na hora dos fogos, a refletir numa estrelinha lá em cima.

Beijo! Feliz 2006!!!

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