Uma vez li uma frase que guardo comigo. É simples e diz muito: Viver é a arte de desenhar sem borracha. E vai dizer que não é..? Numa análise simplista como fiz a primeira vez, imaginei uma folha em branco e um lápis. Hoje sei que o papel é um formulário contínuo e não dispomos apenas de lápis, mas de canetas de todos os tipos, giz de cêra, cola colorida, canetinha hidrocor, lápis de cor,...
Assim comecei a desenhar minha vida, 5 anos, num Criança na Avenida, ali na Cristóvão Colombo. A rua era fechada e liberavam pra criançada folhas, tinta têmpera, lápis de cor e afins. Fiz uma bandeira do Brasil. Minha dúvida sempre era a cor do Ordem e Progresso, se verde ou preto. Como nunca dizem preto nas cores da bandeira, fazia em verde.
Hoje vejo meus amigos como fontes inesgotáveis de tintas coloridas a pintar os dias da minha vida. Se revelo um sonho, logo se estende a mão com um pincel e vejo-o se colorir, se anseio diversão aparecem todos de uma vez pois é o desejo geral. Todos eles são inspiração para os desenhos que vivemos. Uns inspiram uma praia com muito sol e água limpa, com sombras de grandes árvores e cantos de pássaros o dia inteiro.
Um outro faz uma pintura de arteiro, outro mais gaudério, um churrasco e um churrasqueiro. Há também quem pinte brindes e presentes, alegrando até os doentes, pinta até mesmo uma banda que toca nossas músicas de criança. Ao que um outro dança e o outro ri. Mas tenho certeza de que ninguém cansa de ver sua vida colorir.
E o melhor de tudo é saber que os pintores somos nós. Somos os mais criativos, os mais audazes, os mais insaciáveis amantes de suas obras, pois sabem que a beleza simples de cada toque pode estar oculta atrás de uma porta, estampada nas estrelas brilhantes da noite ou mesmo na lágrima triste que escorre no rosto de um de seus pintores.
4 comments:
autodeterminismo na veia, isso aí.
em tempo
inCHados hihihi.
Beijo
Sinceramente, ainda estou pensando se deveríamos desenhar ou não sem borracha... mas mesmo quando insistimos em apagar algo com uma borracha, ficam as marcas no papel... o traçado anterior sempre subsistirá! Mas é interessante essa colocação "desenhar sem borracha", embora eu tenha escrito no meu blog "Se tivéssemos uma borracha para apagar certos momentos, alguns sentimentos.... algumas pessoas, uma maravilhosa e bela amnésia...", acordei hoje pela manhã com uma predisposição de jogar todas as borrachas no lixo e escrever minha vida apenas em cores vivas e fortes... e se isso traços forem incertos, que o sejam, eles devem permanecer lá incólumes, de repente teu post ressurgiu como algo bastante questionador... ! Voilá...
Beijo !!!
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