Thursday, March 30, 2006

Minha mãe bebe e perde os critérios...

Faz horas que não falo sobre minha mãe. É uma pena, principalmente pra ela, que o que tenho a contar não lhe seja muito favorável.

Meu pai é um figura muito conservador e nada festivo. Não tolera palavrões, mau comportamento das crianças, música alta, conversas esticadas no telefone, bebedeiras e nem chegar tarde em casa. Tirando o “chegar tarde em casa” e “música alta”, nada do resto eu pratico em casa. É certo que meus tragos deixam vestígios por horas depois que eu acordo, mas lá em casa não bebo um gole sequer. Deixo meus eventuais palavrões pra rua e, se possível, mantenho o bom comportamento.. hehehehe

Quem acaba sofrendo o pênalti é minha mãezinha. Dona de um vasto vocabulário chulo, uma queda significativa por umas geladas a qualquer hora do dia e que, se pudesse, vivia fazendo palhaçadas pra alegrar quem está por perto, tem que “se comportar” em casa. Mas ela é feliz, o que importa pra Dona Anair é ver a casa sempre em harmonia. Seu Antônio, por mais que tudo ande na boa, tá sempre reinando com alguma coisa. É só não ligar que ele logo se aquieta.

Já disse aqui que ele vai pra praia só depois que todos já foram e começa a bater a saudade. Pois é.. por conta disso minha mãe deita e rola lá na praia. Todos os dias do verão me ligava pra contar das suas peripécias. Das quais, uma delas me deixou consideravelmente chocado.

O sapo..

Nossa casa da praia fica a cinco quadras do mar. Há poucas casas construídas por perto. Alguns cômoros de areia e um que outro banhado de água da chuva, o que atrai bastante os sapos, que vivem invadindo a casa em busca de insetos.

Ainda era de manhã quando minha mãe e minha irmã foram no mercadinho buscar umas cervejas pra tomar durante o dia, coisa que não acontece aqui em Poa. Aqui, duas garrafas durante o almoço bastam, não importa quantas pessoas estejam à mesa. Assim passaram o dia. As crianças brincando nos cômoros de areia e elas se gelando e rindo. Almoço preparado regado a cerveja e, logo depois, uma soneca.

No final da tarde elas voltavam a dar início aos trabalhos, mais umas geladas, as crianças correndo e gritando nos cômoros.. todos felizes.

Minha mãe tem um sério problema de incontinência, tanto urinária quanto... deixa pra lá. Ainda era de tardezinha quando ela, já bem embalada pelas cervejas que tomavam, sentiu que pre-ci-as-va ir ao banheiro. Como os sinais eram adversos, resolveu que ia no dos fundos. Como além de adversos, os sinais eram de extrema urgência, resolveu dar a volta por fora da casa. Levantou-se de fininho e deu início à empreitada de chegar ilesa ao banheiro e, enfim, aliviar-se. Sentiu que uma forte pressão a forçava a não mais prender uma nádega junto à outra. Mas recém havia passado pela primeira janela. Ainda restavam duas.

Enquanto isso as crianças continuavam brincando e minhas irmãs bebendo e rindo, lá na frente. Na última curvinha que antecedia o banheiro, o inevitável... Minha pobre mãezinha não se conteve e.. como vou dizer? Isso mesmo que vocês estão pensando! Antes mesmo de entrar no banheiro, como todos estavam lá na frente, tirou as calças premiadas e largou no tanque. Terminou o serviço no vaso e tomou um banho. Ainda tonta, colocou uma roupa limpa e voltou lá pra frente com as gurias, que não desconfiaram de nada.

À noite minha sobrinha se preparava pra ir com as amigas pra boate, enquanto minha mãe, agora limpinha, e minhas irmãs lá.. se gelando e dando uma olhada na gurizada. Prepararam a janta, assistiram TV e foram dormir.

Já de manhã, minha sobrinha voltou pra casa, lavou o rosto e foi dormir, enquanto todos acordavam. Levantou-se um pouco antes do almoço, já reclamando:

- Que droga esses sapos! Tão por toda parte! – resmungava com voz sonolenta.
- O que foi, minha filha.. te incomodaram? – Consolou minha irmã.
- Ahhh.. cheguei e fui lavar o rosto ali no tanque. Tinham umas roupas da vó. Eu tirei pro lado e tinha um baita dum sapo! Eu joguei água nele, mas ele não quis sair.

Todos entreolharam-se. A essa hora o tanque já havia sido limpo, e o então sapo, retirado.

- TALIIIITHAAAAAA!!!! – gritou minha outra irmã.
- É.. eu jogava água nele e dizia: “Sai, sapo!” mas ele não saía. Aí lavei o rosto e fui dormir.

Acho que já estava na hora de o meu pai aparecer...

1 comment:

Anonymous said...

NÃ-O A-CRE-DI-TO?!?!?!?!?!?!!?
:O

Minhas fotos no