Quanto mais me surpreendo com algumas pessoas e suas atitudes, mais elas aparecem e acontecem. Teve um tempo que eu já me espantei mais com quem tentasse insistir em algo que era sabido sem chance. E o tempo fez eu olhar pra mim e ver o quanto eu tinha atitudes teimosas, que resultavam em nada; insistentes, que demoravam muito pra alcançar um objetivo de relevância duvidosa; e persistentes, que com muita luta me levavam a um bom prêmio.
Sempre tive uma linha de comportamento assim, cabeça dura, fosse manifestada por teimosia, insistência ou persistência. O problema é quando o objetivo é muito mais fruto de uma vaidade do que real interesse em receber e se entregar, ainda mais quando se trata de sentimentos. Por isso tenho relevado esses comportamentos de objetivos infundados ou duvidosos.
Agora o que eu ainda não consegui assimilar é a distorção dos fatos em detrimento da vaidade. Se eu perco – e nossa vida vive recheada de derrotas – procuro não tratar desse fato como o mais importante, o mais decisivo. Tento dar mais valor às lembranças de uma vitória gostosa. Não me engano nem tento fazer imagem pra ninguém, de que saí de uma situação por cima, que fulano ou fulana se deram mal, que fizeram isso ou aquilo de errado.. E mais: se perguntam como resolvi determinado problema, digo se tive sucesso ou não.
Distorcer um fato ou uma fala pode trazer transtornos inimagináveis. A mente humana, inspirada em fatos isolados, cria situações, personagens, falas, atitudes e mistura tudo isso numa trama que é repassada como algo real podendo envolver pessoas que só virão a saber muito tempo depois. E provavelmente vão ser pegas de surpresa sem saber o que dizer, uma vez que nunca participaram de nada do que foi dito. E se participaram, a maioria dos dados não fecha.
Um dia te vergarás e verás teus sentimentos expostos. Poderão ser acolhidos ou dispensados. Conseqüentemente feridos. Se assim forem, marcados ficarão, e um peito não mais se voltará àquela direção. E ainda que se curve e volte tal inspiração, a lembrança de um desdém não dará mais esperança a este alguém.
Aos ventos soará, no entanto, entre flores e cândidas palavras, que a antiga inspiração fora tentada novamente. E isso será dito com argumentos de querer bem, de querer proteger. Pura vaidade de uma imagem que fora colocada alto demais para se alcançar. Caiu e se quebrou: não mais foi inspiração. Foi sim, já sem brilho, buscar oferta.. e não achou.
2 comments:
Tenho pena da inspiradora ou da inspiração...
PQP Batmam!!!
"Foi sim, já sem brilho..."
E segue o baile!
Beijos! Pi
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