Num repente, o enigmático gerenciador de todos os relógios do mundo os fazia parar. Assim foi desde a tarde de quarta-feira. Parecia que aquela noite não chegaria nunca. Fiquei num estado que cheguei a temer pela saúde.
Até que, enfim, segurei aquela mão suave e dela não mais soltei. A frieza que me congelava os nervos se acabava com o calor daquele abraço, ligado por aquelas mãozinhas. E esse calor fez com que os relógios de todo o mundo voltassem a funcionar normalmente.
A tão temida tempestade chegou. Inevitavelmente chegou com ondas gigantes. Mas gigante também era a nossa bravura. A certeza do meu porto no espelho daqueles olhos e no calor daquelas mãos me seguraram em pé. E as onze velas inflaram como se 50 mil soprassem juntos, e o velho casco de carvalho foi como escudo durante todo o tempo.
Ao final, molhados e exaustos, sorrimos entre lágrimas. Vibramos, choramos, sorrimos. A tempestade passara. Tomamos o oceano, agora calmo. Naquele abraço adormeci. O tão sonhado amanhecer estava tão perto. O olhos no horizonte e o rumo do sol nascente. Sempre junto do meu porto seguro, com os dedos entrelaçados naquela mão suave, o calor daquele abraço e o brilho provocante dos olhos onde me perdi.
1 comment:
Esse blog tá num mel só... até na hora de revelar a sensação da grande vitória, o mel sobressai ao grande título! rsrs!
Que assim permaneça!!!
Beijos com muita saudade! Pi
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