Wednesday, August 02, 2006

Real encanto...

Tudo começou com um email. Um simples email, de poucas e simples palavras. Porém, de uma simplicidade pura e objetiva que naquele final de tarde despertavam algumas lembranças merecedoras de serem revividas. Não que outras lembranças boas sejam menos merecedoras, mas aquelas lembranças tinham um quê de promessa de que se revividas teriam muito mais a oferecer.

Mas depois de tanto tempo.. Poderia soar estranho. Se bem que todas as vezes, por mais que demorasse, tinham sido como um dia após o outro, apenas com um toque a mais de inspiração cativante. Talvez aquela coisa do sabor residual.

Assim, aquela saudação a quem a criatividade cativava, devolvida com um elogio, saudade, um beijo e reticências duplas, criativou a catividade em um nó que os passos seguintes foram empurrados em êxtase por instinto, lembrança e desejo. Uma certa serenidade ao telefone não ocultava que aquela mesma voz suave e doce tinha, pessoalmente, um gosto bem melhor.

O suficiente para que as pálpebras se fizessem cortinas de veludo às retinas num sonho acordado. Aos ouvidos uma resistência inicial destoava, e só serviu para alimentar a criatividade persistente. Ouvia por trás daquele não um sim. Um sorrateiro sim subliminar no leve tchau fazendo-me recorrer a um último apelo. Não podia deixar escorrer todo aquele enlevo solitário por entre os dedos. E antes que pendesse em frustração, uma rápida resposta de vontades ansiosas era trazida pelos ares e fazia rebrotar nos cantos dos lábios um sorriso. Alguém mais no mundo achava que aqueles sonhos eram merecedores de serem revividos.

E só mais uma pessoa no mundo era suficiente para que tais lembranças viessem à tona mutuamente, e era justamente dela que provinha a tal resposta radiante. Foi então selado, sem que percebessem, algo tão bom e sem carência de explicação que seria preservado em zelo mútuo pelo tão almejado tempo sem medida.

As horas seguintes foram de intensa expectativa. Minuto a minuto. Até que, enfim, chegou o momento da aproximação. Apesar da proximidade natural do abraço, apesar do calor e da certeza de um toque tenro e macio, os lábios hesitaram em tocar-se. Aguardaram até o primeiro brinde. Depois de alguns goles, risadas soltas e olhares que insistiam em se alinhar por mais movimentos que o corpo fizesse.. um beijo. O residual do sabor já dava sinais de que não se podia mais adiar.

Quando o desejo do corpo e a saudade dos olhos e do sorriso são cúmplices, não há força que seja contrária. Depois de alguns dias de assimilação, a comprovação de havia sim, muito mais a ser oferecido por reviver aquelas lembranças. Um exemplo, talvez um dos melhores, é a certeza de, a cada dia, acordar e ver que não se trata de um sonho. Ou melhor.. um real momento de tamanho encanto que se faz parecer sonho. A cada dia, a cada noite, a cada beijo..

2 comments:

Anonymous said...

Ai meu Deus!!!
Raul Quintana....era só o que nos faltava!
Estudando, hein C.D.F???
Saudade do amigo!

Anonymous said...

Lindo..
Um ímpeto com resultados inesperados e.. MA-RA-VI-LHO-SOS!
De desejo, transformou-se em sonho.
De sonho, transformou-se em uma realidade mágica.. repleta de muito mais desejos e sonhos!
Beijos daqueles só nossos..

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