Wednesday, May 30, 2007

Trocando as pizzas...

Dizem os noticiários que o frio de ontem foi o pior dos últimos 20 anos. Eu digo que é o pior dos meus 30 anos. Mas por mais que esteja frio, sei que vou chegar em casa me aquecer. Banho, beijo, edredom, carinho, aquecedor, beijo, vinho, beijo,... Decidimos então, numa dessas noites de fome e frio intensos, pedir uma pizza.

Mas só de pensar em levantar pra pegar o telefone o frio já aumentava. Era preciso mentalizar a ação, agir e voltar pra cama. O pior seria descer pra buscar.

Liguei e efetuei o pedido. Levaria cerca de 30 minutos. Separei o dinheiro e voltei pra cama. Ali do segundo andar dá pra ouvir o barulho da moto se aproximando. No que passou uns 20 minutos coloquei uma roupa decente – leia-se: calça jeans, chinelo e blusão sem camisa – e ficamos esperando pelo barulho da moto, que não demorou.

Peguei os tickets, as moedas, a chave e desci correndo. Cheguei lá embaixo e olhei pelo vidro, mas não vi nada de motoboy. Fiquei ali por mais um minuto, morrendo de frio e espiando pelo vidro ao lado da porta (de calça jeans e chinelo). Ciente de que havia me confundido com o barulho da moto subi. Antes de entrar no apartamento passei pelo vizinho de porta em vestes contrastantes à minha: terno e gravata.

Nos cumprimentamos, entrei no apartamento e ele desceu. Voltei pra cama gelado e fiquei esperando por novo barulho de moto, que já estava passando dos 30 minutos prometidos. Mais um tempinho e novamente a moto.

- Agora é! – afirmamos convictos.

Saí da cama, novamente, correndo, peguei o dinheiro e as chaves e desci. Já podia imaginar o cheirinho quente do queijo esticando,... Olhei pelo vidro e lá estava ele, o motoboy. Abri a porta, mas achei estranha a embalagem. Tudo bem – pensei – deve ter faltado a caixa original e colocaram nessa, da Só Pizzas.

Segurei a pizza e fui entregar o dinheiro, quando o cara puxou um refri de dentro da bolsa. Achei mais estranho ainda, nunca pedimos refri.

- É da Pizza Hut?
- É do 202?
- Não!
- Não!

Olhei pra trás e tava chegando o vizinho, ainda de terno. A pizza ainda estava nos meus braços. Entreguei como se eu fosse o entregador.

- Bah, me enganei! Já é a segunda vez que desço e não é a minha pizza.
- Pois é! Antes eu também achei que fosse o barulho e desci.

Subimos rindo e eu, mais uma vez, sem a pizza e louco de frio. No terceiro barulho de moto, que chegou antes do outro motoboy sair era, finalmente, a nossa pizza.

Ainda bem que é o segundo andar.

Thursday, May 24, 2007

A pessoa é o que é...

Houve um tempo em que combinávamos um churrasco na Garagem do pai da Karina às 11 horas da manhã de um domingo pós festa, e às 2, não parava de chegar gente. A maioria dos assuntos fluía naturalmente, pois muitos estavam na mesma festa da noite anterior, outros estavam em um aniversário não sei de quem, etc.

Nesse tempo a gente tinha o número de, pelo menos, umas três pessoas do Druída. Ligávamos pra lá avisando que estávamos chegando e queríamos ingresso mais barato. Umas duas vezes por mês éramos maioria absoluta no Druída. Era, sem dúvida, a nossa casa. Escrevo no plural porque nesse tempo não se fazia nada com menos de dez pessoas, não importava o dia da semana.

Se fosse num tempo bem mais remoto, eu diria que eu havia mudado. Mas não. O tempo mudou tudo. A pessoa é o que é. Eu sou o mesmo, meus amigos são os mesmos. Mas o tempo nos mudou. Embora as pessoas não tenham mudado, foram, de certa forma, reagrupadas. Uns se afastaram e uns se aproximaram. Eu e a Alice nos aproximamos bem, por exemplo.

Posso dizer que sinto sim, saudade daquele tempo. Mas uma saudade enquanto lembrança, não de sentir falta. Não trocaria por nada nem por nenhum outro momento da minha vida, a vida que vivemos hoje. Escrevo no plural porque a minha vida, hoje, somos nós dois. E procuro lembrar sempre de ser a pessoa por quem ela se apaixonou; e olho pra ela como a olhei enquanto se aproximava até que déssemos o primeiro, longo e maravilhoso beijo.

Por isso acredito que cada um, não importa onde esteja ou com quem esteja, ainda é o que é, quem sempre foi. Fiquei um pouco surpreso com quantidade de pessoas que apareceram no meu aniversário. Fazia horas que a gente não se reunia em grande número. E disso sim, sinto falta. Claro que vale muito mais a energia do encontro do que o número de pessoas presentes. Fico feliz por saber que preservamos o nó desse laço.

Monday, May 21, 2007

Voltamos...

Em primeiro lugar quero agradecer a presença e a colaboração dos amigos e familiares para que tivéssemos uma celebração maravilhosa. Essa data será sempre lembrada como um dia muito especial, e que nenhum contratempo tiraria o brilho daquela noite.

Passamos meses, mas em especial as últimas semanas, sob uma pressão para que ficássemos nervosos. Existem algumas convenções – das quais, a maioria sou contra – em que nosso estado de espírito e opinião devem ser pautados pelo público em geral. Dois exemplos são: achar o nenê “a cara do pai, ou da mãe” e ficar nervoso antes de uma data como o casamento.

Eu costumo ser bastante otimista, então, para ficar nervoso só se alguma coisa realmente não está dando certo. Como a falta de luz no salão, por exemplo. Posso ter ficado ansioso, isso sim. Com a presença dos convidados, as nossas músicas, a minha roupa, a chegada da minha noiva linda, se ela ia olhar pra mim, o vestido, como ficariam as nossas fotos, o momento do “sim”, enfim, uma série de coisas que passariam de certa forma rapidamente e que eu queria eternizá-las nos instantes em que acontecessem. Não queria perder nada, não queria que nada desse errado, mas principalmente, queria muito sentir aquele sorriso e ver aqueles olhos lindos brilharem bem ali ao meu lado. Seriam bons minutos de silêncio, e eu queria ouvir sua voz..

Foi uma celebração linda, como esperávamos. Depois tivemos uma festa linda, com convidados que fizeram valer a grandiosidade do momento desde o abraço apertado até a hora em que dançaram e cantaram mesmo sem luz e sem som. Uma noite realmente inesquecível.

Paris...

Cada vez que paro para pensar em tudo o que acontece sempre surge a palavra sonho para melhor descrever o que vivemos. E se fazemos tudo pensando no melhor para nós dois, não há porque pensar no sentido de ilusão, mas num sonho real que vivemos acordados.

Nossa lua-de-mel foi a realização de mais um sonho, não apenas pelo lugar e toda a sua magia, mas a magia de cada momento, cada beijo, cada sorriso, cada olhar.. Um sonho vivo realizado e, sem dúvida, maravilhoso!

Friday, May 04, 2007

Sim!

Escrevi versos inspirados numa beleza real de uma forma sem par. Lapidei palavras e as imprimi em papel embebido para que fossem deliciadas, uma a uma, e dessem ao seu corpo tensão de desejo. Dos sonhos deste homem quedou a carne aos braços, e as palavras voltaram em sussurro envolvendo nossas almas. Teu amor é o meu desejo de todos os dias. E para tudo de tão maravilhoso que nos envolve, o meu Sim!

A todos meus amigos, muitíssimo obrigado pelo carinho e felicitações recebidos nestes dias. Voltamos daqui a duas semanas, cheios de fotos, de histórias e – sempre – com muito amor.

Au revoir!

Wednesday, May 02, 2007

Empatia...

O passar dos dias e a proximidade do evento trouxeram-me algumas constatações que me ajudaram a compreender um pouco mais de mim e do funcionamento do mundo; algumas que me serviram de ensinamento e outras que repassaria como sugestão.

Nunca mais tinha entrado tantas vezes na Igreja em tão pouco tempo. E o pior é que não tem mais a hora do beijo. Vou ter que falar – mais uma vez – com o padre para pedir que ele indique o momento. Se não indicar vai ter assim mesmo. Vai ser uma celebração linda!

Constatei que uma despedida de solteiro depende de uma série de elementos favoráveis para sua imposição. E com certeza os impositores farão todo o possível para reuní-los: o grupo para omitir a covardia, a história da civilização para embasar o machismo, uma alfinetada nos brios para desafiar a virilidade, e uma boa dose de hipocrisia.
Se a empatia é uma forte aliada nas relações de trabalho, diria que é fundamental em todas as relações. Colocar-se no lugar do outro: exercício tão simples e tão pouco usado. Ah se fizéssemos isso mais seguidamente, que diferente que seria. Deve ser muito estranho querer respeitar alguém.

A propósitos

Por que querer fidelidade para si, se não pode oferecê-la?
Nunca gostei de puteiro, nem de filme pornô e muito menos de puta.
Nunca gostei de brincar de casinha; meu amor é de verdade, e a minha casa é o lar do meu amor!

Dez, vinte, trinta!

Os 30 chegam com uma sobriedade que eu não imaginava. As atribulações todas me fazem sentir como à frente de um gol, prestes a bater um pênalti decisivo no Beira-Rio lotado. E se o ano passado foi de uma explosão, até então, inacreditável, trago dele a confiança para um momento maravilhosamente especial. Minha data, agora é a nossa, e nossa celebração será viva e vista sempre.

Ao novo casal mais feliz do mundo, amor e saúde!

Parabéns!


Minhas fotos no