Levantamos acampamento na manhã de terça e rumamos pra Punta del Este. Digamos que Punta é algo assim como uma grande vitrine. Não se pode negar, a cidade é lindíssima para o que se propõe: o urbano, com seus arranha-céus, quase que invadindo o natural, o mar e o rio. Digo isso porque Punta não tem morros, como santa Catarina, que enfeitam naturalmente as praias.
A gastronomia é requintada. Da rua podemos apreciar as mesas postas com taças, talheres e pratos sobre toalhas e sobre-toalhas e guardanapos em tecido. Dá até medo de olhar o cardápio. Os garçons todos de colete preto e gravata borboleta.
Café expresso mais barato: 45 pesos! No último dia achamos um a 35 pesos.
Como chegamos por volta da uma da tarde, fomos observar as ofertas. Vimos uma pizzaria grandona, Il Mondo della Pizza, tipo a Hut que tinha na Nilo, mas numa esquina, em área de circulação. Achamos que ali a comida seria em conta. E até era, pro padrão de Punta. A cerveja de litro custava 119 pesos (onze reais e noventa), e assustou um pouco.
O Chivito do Marcos também é uma ótima opção. Fica mais pro lado do porto. O chivito impressiona pelo sabor e pelo tamanho. O método é um pouco diferenciado. O chapista vai gritando os ingredientes e tu diz se quer ou não. O meu, que eu quis quase tudo, menos a cebola, ficou enorme. E muito bom!
O passeio pelo porto é maravilhoso. Aquela infinidade de iates e veleiros mais o rio ao entardecer fazem um fundo perfeito para as fotos. Ali os pescadores vendem seus peixes frescos diretamente ao consumidor. À noite uma série de bares, como os da Fernando Gomes, enfeitam ainda mais o lugar.
Não gosto de ficar reclamando das coisas pelo preço, mas Punta é dinheiro, e muito, o tempo todo. A beleza do lugar não se sustenta por si, parece que é preciso cheirar a dinheiro para se desfrutar das coisas.
- Amigo, como funciona o lance do guarda-sol e a cadeira de praia?
- Essa cadeira com o guarda-sol, 600 pesos por todo o dia. Aquela cadeira e aquele guarda-sol, 400 pesos.
- Obrigado.
Ficamos no sol mesmo, com protetor e sentados na canga, apreciando a praia que mais parecia uma piscina. Lindo mesmo! E então fui conferir os preços do bar:
Água: 50 pesos
Long neck: 90 pesos
Salada de frutas: 120 pesos
Caipirinha: 190 pesos
E assim por diante.
Dizem que a noite de Punta começa pelas 2.. 3 da manhã. Talvez o pessoal mais jovem estivesse por lá a essa hora. Mas os que vimos nas ruas e nas praias durante o diam eram, em sua maioria, velhos.
Libros Libros
Os livros, em geral, não são caros. A maioria das publicações fica entre 200 e 400 pesos. A Libros Libros, uma das livrarias de maior expressão por lá, tem um acervo imenso, com muitas obras sobre música, arte e cinema, além dos clássicos. Uma bela livraria. Nós trouxemos a nossa lembrança em espanhol. O meu, Cien Años de Soledad, do García Marques, numa edição especial em capa dura. Até tem nas livrarias daqui, mas o de lá tem um gosto especial. Assim como o da Alice: Don Quijote de la Mancha, do Cervantes e com ilustrações de – simplesmente – Salvador Dalí. Magnífico! Espetacular! Apreciamos nossa aquisição daquela noite na cama do hotel, folheando sem uma ordem e lendo trechos, nos deliciando com os livros e com um Trapiche Cabernet Sauvignon maravilhoso. Até mais, Punta del Este!

1 comment:
Raulzito! Quanto tempo!
Seu blog agora está um diário de bordo? Que chique!
Deixei seu link entre os meus, ok? Refiz meu antigo blog. Legal que continua escrevendo...
Bjos.
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