Semana passada, numa convocação para reunião via email, meu chefe salientou que seria um encontro informal, ainda que trate sobre assuntos do trabalho, e que deveríamos analisar e escolher entre 9 tipos dispostos num eneagrama o que mais se assemelhasse conosco.
Antes mesmo de ler o conteúdo confesso que fui preconceituoso. Em quase onze anos aqui na Tabafônica já vi muitas e muitas dinâmicas motivacionais. Até gosto, em geral são realmente boas, mas no fim das contas (no fim do mês) o salário é o mesmo e os critérios para uma remota promoção são obscuros. Isso faz com que eu seja – talvez uma parcela dos colegas também – reservados quanto a essas dinâmicas.
Mas, como acredito que meu simples descontentamento não mudará os pontos negativos, e se eu quisesse realmente uma mudança lutaria por isso ou procuraria outro lugar onde me sentisse melhor, resolvi ao menos ler sobre o que se tratava. Aconteceu que eu me surpreendi com o material. Nada assustador de bom, até porque discordo de alguns pontos de vista ali colocados. Mas acho que dá uma boa orientação para identificarmos nossas características comportamentais, desenvolver as que contribuem para o trabalho e controlar as que podem prejudicar não só a atividade, mas a relação interpessoal.
O Eneagrama, que para mim é novo, mas já deve ter sido bastante usado nas empresas, é composto de nove modelos que ajudam a identificar o comportamento e desenvolver e controlar as características de cada um.
É estranho falar de um negócio assim sem exemplificar. Não posso colocar todo o material aqui pois é muito extenso. Coloco então alguns pontos que considerei relevantes no modelo que acredito ser o meu.
Normalmente, prefiro observar o que está acontecendo a estar envolvido.
Me aproximo mais dos meus sentimentos quando estou só do que quando estou com outras pessoas. Freqüentemente, aprecio melhor as experiências que tive recordando e repassando cada detalhe delas do que quando as vivenciei.
“É importante para mim, proteger meu tempo, energia e espaço privado e, em conseqüência, viver uma vida simples e descomplicada e ser tão auto-suficiente quanto possível.”
Uma característica de um outro tipo que, certamente, não se encaixa ao meu perfil é “identifico-me fortemente com o que faço, porque penso que, em larga escala, o valor de uma pessoa é baseado no que ela realiza e no reconhecimento que ela obtém”.
Agora tenho que definir o meu tipo entre os nove e sugerir um tipo para o meu chefe. A reunião é amanhã. Depois conto como foi.
Parabéns, Delcon!!!
Como leitor assíduo, deixo aqui meus parabéns juntamente com votos de muita saúde e sucesso a esse cara que tenho tanto apreço. Esse cara que tocou o Hino do Inter e do Rio Grande antes do Colorado entrar em campo contra o Pumas pela Libertadores 2006. Como ele mesmo me disse hoje de manhã, como é engraçado esse negócio, o cara passa um tempão sem se falar, mas de repente se liga e é como se não tivesse passado tempo algum. Uma intimidade natural.
Feliz aniversário!
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