Não gosto de fazer propaganda do que é ruim, mas acho que nesses casos vale a pena. Alguém pode querer dispensar seu tempo com produções melhores e mais sérias. E, também por isso, não me preocuparei em contar trechos importantes sobre os filmes.
O Segredo de Kovak
David Norton é um escritor de ficção, de certa forma famoso. Logo no início já temos um indício do que virá: na viagem de avião para Mallorca o protagonista vê num dos pasageiros uma espécie de monstro em formato de solitária quase nada nojento. Mas não passa de um sonho. Ou uma visão, como queiram.
Já na ilha, depois de uma conferência, sua mulher recebe um telefonema e se atira da sacada do hotel. Nenhum sentimento de dor, culpa, saudade, ... Nada. No hospital vê uma outra mulher que sobreviveu a um suicídio. Os dois se conhecem, e a coincidência que serviria para um bom desfecho é atropelada por uma seqüência de suicídios no mesmo formato. A pessoa recebe um telefonema, ouve uma música e se joga de algum lugar.
Só que a investigação não transmite nenhum suspense. Até que David descobre que todos os casos estão realmente ligados, e são obra de um velho em estado terminal de câncer e quer que David dê seqüência à sua primeira obra: A caixa de Kovak, e depois mate o velho, tornando-o um ícone por ter desvendado o segredo da caixa. Todos os passageiros (menos David) tiveram, na viagem, um chip aplicado no pescoço. Caso descubram e tentem tirá-lo, o circuito é acionado fazendo a pessoa se matar na hora. A tal música que as pessoas ouvem também aciona o circuito. Muito forçado.
Aí no final, como todos os passageiros são turistas, estão reunidos numa gruta onde ouvirão a música pelo sistema de som e cometerão suicídio coletivo. Essa cena é legal: todo mundo de vermelho se atirando das pedras e depois boiando. David e a nova amiga conseguem evitar que muitos se matem. E é isso. Ah, ele mata o velho!
A Última Legião
A proposta era contar a história que precede a Lenda do Rei Arthur. Até aí tudo bem. Como protagonista, Aurelius – Colin Firth, que fez Bridget Jones. Ele é o guardião responsável pelo novo imperador, Romulus Aurelius, que tem apenas 12 anos.
O figurino é o único ponto forte do filme, mas nem por isso vale a pena assisti-lo.
Numa cena de batalha das piores que já vi, o guri é levado. Mas a cena é triste mesmo. Aquelas em que cinco “do mal” cercam um “do bem” e fazem o famoso rodízio onde um apanha de cada vez e os outros ficam assistindo.
No caminho para o resgate de Romulus Aurelius vão: um velho com poderes (lança umas bolas de fogo.. muito forçado!), um negão que apanha, apanha e tá sempre inteiro e o Aurelius. No caminho encontram uma guerreira e rola um clima entre ela e Aurelius. Chegam no forte onde está o guri e conseguem resgatá-lo em outra cena de batalha daquelas. Nesse forte o guri encontra a espada Excalibur e já a usa contra os malfeitores do triplo do seu tamanho. Até aí tudo bem, ele é o Cesar e está com a Excalibur. Mas os demais confrontos são tristes. Aurelius chega a fazer uma expressão de “Tsc, Tsc..” que tira toda a credibilidade do filme. A mulher saca uma adaga automática! É dado um close na adaga e dela saem duas pontas, uma de cada lado. Cômico!
Uma pena pelo investimento e por desperdiçarem uma proposta para o que poderia ser um ótimo filme.
1 comment:
Bah meu, depois destes teus comentários a última coisa que vou fazer é assistir um filme desses... Noooosa !
Post a Comment