Eu achava que gastávamos todas as energias quando procurávamos uma nova casa. Como eu me enganei. Aquela energia se dissipava, pois a gente procurava, percorria ruas, códigos de imobiliárias, corretores de todos os tipos e muitas páginas de jornal. Todas essas informações eram abstratas. Essas pessoas, por piores que fossem, deixavam de existir após um encontro ou telefonema. Nenhuma daquelas era nossa casa mesmo.
Agora a energia é realmente concreta, e dá prazer em gastá-la pendurando um quadro, montando uma adega, prendendo uma cortina, etc. O problema é quando as pessoas com as quais interagimos, agora, deixam sua marca. E não há quem se salve: a faxineira, o pintor, o pedreiro, o cara da pedra, o cara do piso, o cara do gesso. E essa energia, quando envolve essas pessoas, não é nada boa!
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