Friday, December 28, 2007

Retrô...

Seriam 365 dias vezes algumas linhas, se fosse falar de tudo o que aconteceu este ano. Mais uma vez, enquanto o “Acaba logo 20XX!” é o que mais se ouve, não por ter sido um ano ruim para quem fala, mas simplesmente porque não se tem nada a falar, continuo vivendo 2007 com a mesma intensidade com que começou. Sempre peço um ano seguinte melhor, e melhor até o fim, até o último dia.

No Ano Novo, estávamos em Imbé, na casa que o Marcelo alugou, e mais uma parte dos amigos. Eu e Alice ainda noivos. O Inter acabara de ser Campeão do Mundo, e ainda estávamos embriagados dessa euforia.

Dividimos os preparativos do Carnaval com o Casamento e a Lua-de-Mel. Olho para a minha agenda, ainda em janeiro e vejo vários e vários nomes e endereços de hotéis, preços de passagens, comparativos entre agências, etc. Um pouco mais adiante já aparecem alguns rascunhos de Imbituba, onde passamos o Carnaval com a Rossa e o Gus, a Karina e o Pica, o Tiago e a Eneida e o Eric. Lá onde fizemos a íncrível viagem a Zum Zum Ba Ba com a Rossa e o Gus, no Tetânico. Em Saygon, 1968.

Depois do Carnaval e toda chuva que o acompanhou, passamos alguns dias maravilhosamente ensolarados em Bombinhas. O tempo vai passando e a praia vai se modernizando. O Régis sempre diz que se dependesse dele, nunca pavimentariam a via de acesso, afim de preservar o lugar, de frear o desenvolvimento, a construção de novos prédios. Mesmo com tudo isso, Bombinhas se apresentou linda como sempre, cada uma de suas prainhas, numa pousada que simplesmente surgiu na nossa frente quando, debaixo de chuva (no primeiro dia ainda choveu) não agüentávamos mais caminhar.

Terminado o Carnaval, tudo era o Casamento. Volto a olhar na agenda e as atividades nos primeiros dias de março são todas afins: deixar as alianças para polimento, falar com Dj, orçar os convites, confirmar o salão, o estacionamento do salão, a roupa, a lista dos convidados,... E tudo isso com o penúltimo semestre da Puc, o trabalho, curso de noivos, que loucura! Na medida em que os dias vão passando, mais definições para o grande dia: lembrancinhas e lista dos padrinhos.

Até que, enfim, chegou. Dia 3 de maio, uma quinta-feira, saí do trabalho, fui pra casa e tomei o último banho de solteiro. Me vesti e esperei minha linda noiva. Fomos para o cartório, encontramos nossos pais e assinamos nossa comunhão. Um ano e seis meses depois de termos nos conhecido, estávamos casados. Fomos todos pra casa e brindamos com muita champagne. Faltavam dois dias para a cerimônia na Igreja.

Eu sabia que assim que acordasse, naquele sábado, 5 de maio, ia ser tudo muito rápido. Teria, caso quisesse eternizar algum momento, que marcar pontos, guardar na retina pequenos flashes que, mais tarde, recordados, me fariam reviver aqueles instantes. Assim o fiz. Tomamos nosso café na cama e nos despedimos. Só nos viríamos de novo à noite, já na Igreja. E a noite chegou. No altar, uma sensação jamais experimentada, foco de todos antes de ela chegar. Minutos intermináveis. Suor frio. Quando Alce chegou, um suspiro de alívio ao som da bela Ave Maria. Uma celebração maravilhosa que se estendeu à festa e que curtimos intensamente cada um de nossos dias.

Quando acordamos já era hora de arrumar as coisas e ir para o aeroporto. Uma longa viagem para um país tão distante, tão diferente de tudo que há por aqui e com um idioma totalmente estranho. Mas tínhamos preparado tudo muito bem, com muita dedicação e carinho. Aproveitamos Paris do primeiro ao último dia nos divertindo muito com as improvisações, os trajetos de metrô e os telefones públicos. Dias e noites maravilhosos e inesquecíveis..

Ainda tinha o meu aniversário! Foi logo na primeira sexta depois que voltamos. Mais um festão. Teve também a Festiqueijo, a viagem para Livramento com o Luiz e a Aline, em setembro, shows do Toquinho, Roupa Nova e Ana Carolina, e o Circo Nacional da China.

o aniversário do meu amor, em outubro e a oktober de Igrejinha. Em novembro o Décio e a Nanda noivaram. O ano do amor, poderia dizer. Teve o casório do Rivo e da Fabi, em abril.

Tivemos tempo e disposição para ir até o Rio. Estávamos a um mês da minha formatura. Mais uma data, mais um ciclo encerrado. Mais uma grande festa.

Assim vai terminando 2007. Um ano realmente maravilhoso ao lado da minha linda Alice. O nenê da aline e do Dênis nasceu. A minha maninha Karina ficou grávida. Muitas festas, muitas viagens, muitas realizações. Tudo isso junto com nossas famílias e nossos amigos. Fica a esperança de um 2008 ainda melhor, sempre com muita alegria e muita saúde para todos.

Sem CPMF. Esperança de um pouco menos corrupção. Inter Campeão!

Aproveitemos o pouco de 2007 que ainda nos resta. Brindemos porque hoje é sexta-feira.

Feliz 2008 a todos!!!!

Monday, December 24, 2007

Ainda sobre a Puc...

Quando começaram os preparativos para a formatura, uma das atividades foi organizar a ordem de chamada dos formandos por afinidade. Como não sabia ao certo quem estava no final do curso, e a maioria dos meus colegas mais próximos ia se formar no semestre que vem, acabei deixando que me colocassem onde ficasse melhor. Depois vi que teria umas três ou quatro pessoas que poderiam compor esse grupo de afinidades comigo. Preferi deixar assim, e fiquei lá pelos últimos lugares. Por outro lado, se não havia ninguém com esse perfil de afinidade, também não teria nenhum desafeto.

Há uma semana fui procurado por uma formanda, colega na disciplina de Redação e Produção de Revista dizendo que precisava de um favorzão. Teve uma falta a mais do que o limite e, segundo ela, mesmo tendo feito todos os trabalhos, havia sido reprovada. Precisava que alguém (eu) dissesse que a chamada não era levada a sério pelos professores e a ajudasse a provar que estava em aula. O caso seria levado à justiça, e já teria uma advogada para tratar o assunto.

Fiquei surpreso. Já ouvi falar de casos de formandos que foram reprovados, mas não imaginaria que naquele grupo houvesse alguém com esse risco. Não saberia como responder, uma vez que não gostaria de me envolver numa situação assim. Além do mais, eu fui à maioria das aulas. E ia, não só pelo engajamento com a proposta da disciplina, mas porque justamente era feita chamada em todas as aulas. Dei conta do meu trabalho de conclusão e mais as quatro disciplinas que estava matriculado. Não seria justo, por todo esforço, meu e dos demais colegas, que eu mentisse num depoimento. Mesmo imaginando que não seria a melhor resposta, preferi o silêncio.

Da mesma forma fui retribuído, com o silêncio. A mesma colega, que perguntou se eu estava bem, dizendo que como eu não tinha ido ao ensaio da formatura ela poderia me ajudar, não trocou nem mais um oi. Ela participou da cerimônia de formatura, mas não pôde colar o grau. Terá de fazer a disciplina no ano que vem. Por ironia, acabou ficando na mesma fileira que eu. Quando a chamaram, cumprimentou os colegas próximos, menos eu. Quando me chamaram, fui cumprimentado pelos colegas próximos, ela não se levantou. Se dissesse que não me importava, estaria mentindo. Não fez nem fará diferença, isso sim, mas não queria, como disse antes, sair da Puc com sentimento de inimizade.

A formatura, a festa...

O dia não poderia ter começado melhor. O nosso tradicional café-da-manhã na cama teve um tempero especial. Geralmente eu faço o café e preparo a mesinha. Naquele dia eu fiz o café, mas ela pediu que eu ficasse na cama enquanto ela preparava o restante. Como era o dia da minha formatura, deixei. Entre as xícaras de café, as frutas e o bolinho embriagado, uma caixinha preta. Dentro, uma linda pimenta de ouro num cordão. Adoro surpresas boas, ainda mais sendo da minha mulher maravilhosa..

Estava um pouco ansioso com a festa. A Alice esteve sempre ao meu lado e me ajudou a preparar tudo direitinho, sem correrias, como eu faria. Levei os salgadinhos e docinhos para o salão durante a tarde, testei o chopp e voltei pra casa. Tomei calmamente meu banho e terminei com a champagne que tínhamos começado no almoço. Às sete horas fui pra Puc. Chegando lá, coloquei a toga e me recostei numa cadeira para amenizar o calor.

Já na fila para entrar para a cerimônia resolvi ligar para dois amigos de infância. Eu tinha pedido pro meu ái avisá-los da formatura, mas acho que ele não o fez. Minha mãe conseguiu o telefone do pai do Clayton. A mãe dele atendeu e me deu o seu número. Ele estava na praia, e viria para Porto Alegre, mas para uma outra formatura. Me deu o número do Thiaguinho. Ele estava em Porto, mas tinha um churrasco. Mesmo assim anotou o endereço da festa. Eu disse para os dois que estava ligando naquela hora, minutos antes de entrar para a cerimônia porque sabia que com os amigos de infância não se tem frescura. E foi justamente isso que motivou o Thiaguinho a chegar, às três e meia, na festa.

Lá na cerimônia, tirando meus três tropeços na toga e eu ter entrado pro lado errado das cadeiras, tudo ok. Quer dizer, quase tudo. Eu não tinha ido ao ensaio, não sabia o que fazer ou dizer. Fiquei atento ao que os colegas faziam, quem cumprimentavam e tals. Entreguei o barrete à Magda, coordenadora da Famecos, a galera gritou um forte TOCA RAUUUUUUL, e ela olhou para baixo, para a mesa. Me deu um desespero: estou fazendo algo errado! Olhei para a mesa procurando algum sinal. A Bíblia! Só podia ser isso, ela estava esperando eu pôr a mão sobre a Bíblia. Coloquei a mão direita, imaginando ser assim que teriam ensaiado. Ela me olhou, e assim como para os demais, me disse: “Lhe confiro o grau de Bacharel em Jornalismo”. E como eu, novamente, não sabia o que dizer, respondi: “assim o prometo”. Ainda bem que não me aproximei do microfone.

Depois os cumprimentos e a festa. Fiquei muito feliz com todos os que compareceram. Um pouco triste com os que confirmaram e não foram. Foi tudo muito bom. Não imaginava tantos e tão bons presentes. Amigos que eu não via há algum tempo, todos reunidos como as boas festas da galera, na mesma associação de sempre. E minha família ali, comemorando esse momento tão especial comigo. Minha maravilhosa Alice, linda, como sempre, mas com um brilho a mais. Tudo muito bom! Agradeço minha família e meus amigos que amo por terem proporcionado essa festa.

A todos, um Feliz Natal!

Friday, December 21, 2007

Meu último dia na Puc

Meus últimos passos sobre as lajotas em vermelho desbotado da Famecos foram breves e carregados. Estranho ver aquele saguão tão vazio. Subi as escadas até o segundo andar. Fui finalizar a página da revista e me despedir do trio de professores da disciplina. Apreciei os cartazes nas paredes, os avisos da direção e os pouquíssimos transeuntes de última semana acadêmica. Talvez sinta saudades da Famecos, bem provável que sim. Mas agora era hora de parar, de fechar um ciclo.

Tuesday, December 11, 2007

Sentenças mundanas...

Costumo ser resistente às sentenças mundanas, como ter de ficar nervoso ante situações e datas decisivas, que o Inter sempre toma gol no fim do jogo, etc. Contudo, voltimeia lá estou eu, generalizando, sentenciando. “Flanelinha é tudo ladrão!”, fico pensando mesmo quando não tem um por perto. Ou então confirmo as clássicas. Semana passada, com as aulas quase que todas finalizadas, me deparo com uma baita fila no segundo andar da Famecos. A fila ia da porta do auditório até a secretaria. Curioso, resolvi perguntar.

- É.. não sei! Acho que é uma fila aí..

Por que eu fui perguntar? É óbvio que era uma fila. Fui mais objetivo da segunda vez.

- Ô cara, do quê que é essa fila?

- Bah, não sei. Pergunta pra ela.
- Oi, essa fila é do quê?
- Bahhh acho que é duns filmes aí.

Eu tava tri calmo até então, mas não me contive.

- Pô(rra), tão na fila e não sabe do que é a fila!

O pior é a cara das pessoas espantadas. “Tipo, tô na fila, tipo, esperando, tipo..”

E fui pra aula. Como ainda era cedo, me indignei e voltei. Fui lá no primeirão da fila.

- Ô cara, do quê que é essa fila?

Ele não respondeu, só olhou pro magrão do lado, como se dissesse: “responde, tu”. Então, finalmente alguém sabia o motivo de estar parado ali.

- É a exibição dos filmes da turma de Produção de Cinema.
- Ah.. valeu!

Fui pra aula mais tranqüilo, com uma convicção, agora: brasileiro adora fila!


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A banca...

Falando em ficar ansioso ou nervoso, não fiquei. Talvez tenha ficado um pouco ansioso, mas nada externamente. Cheguei na Puc, esperei a Alice, e tomamos um café. A Karina chegou ali junto, mas foi embora em seguida. Umas sete e pouco subimos pra sala e ficamos esperando.

Às oito já tava tudo armado, pronto pra minha apresentação. Achei que os dez minutos seriam pouco, mas foram o suficiente. Acho que as perguntas foram justas. Se eu tinha um medo era de me perguntarem algo e eu não saber responder "ããhhhh....", o que não aconteceu. A presença da Alice me tranqüilizou bastante. No fim das contas, passada a régua, fiquei com 8,8. Esperava, pelo menos, um nove, mas foi uma boa nota.

Agora acabou. Dia 22 estaremos lá, comemorando.

Abraço a todos!

Monday, December 03, 2007

Dezembro...

Dezembro começa pelo dia 3 e vai passar num tapa.
As aulas terminaram. Agora, exceto a mono, é só esperar pelos resultados. Uma exceção bastante significativa, no entanto. A banca é dia 7, sexta. Fiz um esboço da apresentação.

As comemorações deste mês, que são muitas, começaram na sexta, (tudo bem, ainda era dia 30) pela festa de aniversário da Paula. Como era à fantasia, criou-se todo aquele dilema, de que fantasia ir, como produzir e tals. Decidi meio que de última hora que iria de Linguini, o cozinheiro do Ratatouille.

Imaginei, ingenuamente, que seria simples. Uma roupa de chefe de cozinha, que devia ter nas lojas de uniforme da Cristóvão e um ratinho de pelúcia, que certamente devia ter ali no Centro. A Alice iria de gatinha. Adicionou uma pluma preta à fantasia que tinha, dando um charme. Tudo encaminhado.

O primeiro problema que encontrei foi a roupa de cozinheiro. 40 reais. Eu não ia pagar quarenta pila por uma roupa que nunca mais usaria. Fui ao Centro ver se achava algo mais em conta, e o rato – o segundo problema. Por que, raios, não existe rato de pelúcia? Ou de plástico, de qualquer coisa. Não existe! Depois de caminhar um pouco encontrei o próprio Ratatouille, mas muito grande (teria que ficar sob o chapéu), e muito caro: 50 pila. Qando eu tava quase desistindo da fantasia, achei um elefante por 15 pila que seria facilmente transformado em um rato. Costuraria a trompa dele pra baixo e as orelhas pra cima. Pronto! Comprei linha cinza e uma bolinha vermelha pra colocar na ponta do nariz. A roupa eu faria o seguinte: um pano de prato na frente da camisa branca com seis botões pretos, e um avental preto na cintura. Era isso. Ficou bem legal, depois mostro as fotos.

E assim fomos, numa combinação de gata e rato..

A festa foi espetacular! O problema de algumas festas à fantasia é que muita gente não vai fantasiado. Ali não, quase todos aderiram à proposta, e ficou muito legal. Logo no início um garçon sacaneou comigo e me pediu pra passar a bandeja dos salgadinhos. E eu tava meio fora do ar e não percebi. Em seguida uma guria me pediu bebida. Foi mais engraçado porque foi sem querer.

Eu e a Alice cumprimentamos a anfitriã, que estava de Mulher Maravilha original (tinha uma meio achatada) e nos servimos de champagne com o garçon de verdade. Das fantasias, havia muitas legais, mas o Jason e um Bispo se destacaram.

Parabéns, Paula, pelo festão e pelo aniversário (amanhã)!

Seguindo a agenda de dezembro, nesta semana tem a comemoração da minha banca, aniversário do Rodrigo, semana que vem a festa da Vivo, na outra a minha formatura e depois o Natal. Vai passar muito rápido. Mas com certeza aproveitaremos, eu e Alice, tudo com muito entusiasmo!

Ótimo dezembro a todos!

Minhas fotos no