Tuesday, July 31, 2007

Uma luz, enfim...

Depois de muitos anos, vejo breve, a conclusão do curso. E eis que uma pergunta que surge recorrente começa a me incomodar um pouco. Não que seja um incômodo de fato, mas por fazer parte daquela lista de frases prontas... É a cara da mamãe!, Tá muito nervoso?,...

No que tu pretende trabalhar depois que te formar?

Então, para esclarecer este questionamento, conto como fui parar no Jornalismo.

Eu tava em uma daquelas aulas entediantes de Álgebra Linear com a Vera Bauer, em que ela dizia que aqueles cálculos todos serviriam para determinar a distorção de um desenho, como aqueles gatinhos que víamos nos filmes. E imitava a cara torta do gatinho. Confesso que até hoje nunca vi nenhum gatinho torto, e mesmo que visse, o modo como foi distorcido não despertaria minha curiosidade.

Sem contar a grana que eu pagava, a empresa não oferecia nenhum incentivo, e meus colegas de trabalho que se formavam penavam muito para serem efetivados num cargo com requisito de curso superior. Ou seja, era uma perda de tempo e dinheiro, com toda sua redundância.

Decidi então quebrar a redundância e não perder mais o tempo. Faria sim um curso superior, mas que me desse prazer, e que nenhum professor quisesse me fazer entender a distorção dos gatinhos. Continuaria trabalhando normalmente, mesmo depois de formado. O Curso de Jornalismo seria minha realização pessoal.

E hoje, a um dia do início das aulas do último semestre confirmo. É claro que depois desse tempo todo, acabei conhecendo o maravilhoso universo da comunicação e suas diversas formas de atuação. Me daria muito prazer em atuar no rádio, na TV, no jornal diário, no cinema, enfim.. chego na reta final do curso saboreando o ensinamento que me é dado. E o guardo, por enquanto, como prêmio dessa realização. Só!

Friday, July 27, 2007

S.O.S Cinema

Vale pra DVD também!

Tá estreando Duro de Matar 4 neste final de semana. Tudo bem, gostei muito do primeiro da série, e gosto muito do Bruce Willis. Mas se for pelo ator sou mil vezes mais O Sexto Sentido. Duro de Matar não tem sentido nenhum assistir.

O brabo é que a indústria do cinema investe suas grandes produções nessas - para mim - baboseiras, como Shrek, Homem Aranha, Harry Potter,...

Quero filmes simples, sem efeitos especiais, que contem histórias não tão mirabolantes. Quero filmes que prendam a atenção, com piadas realmete engraçadas e com diálogos ricos.

Nem o Woody Alen se salva! Esses dias tentamos ver o Scoop, mas tivemos que abandonar antes de completar 1 hora de filme. Uma palhaçada só!

Não quero uma lição de vida, apenas que o tempo não seja perdido.

Forte abraço a todos e um ótimo final de semana!

Tuesday, July 24, 2007

Heróis nacionais...

Sempre achei que o brasileiro não acreditava muito no Brasil. É triste ver um país do nosso tamanho, com pesquisas avançadas em muitas áreas, entre elas tecnologia e medicina, mas sempre um país de terceiro mundo, ou em desenvolvimento.

Há quanto tempo vemos os Estados Unidos, Canadá, China, etc. dispararem no quadro de medalhas dos jogos olímpicos? Não basta dizer que precisamos investir no esporte, dando melhores condições para os atletas que já treinam habitualmente. Deveríamos incluir modalidades que não são difundidas por aqui, mas que valem medalha nos jogos. Os atletas passam 4 anos se esforçando para garantir sempre as mesmas 20 medalhas de ouro, enquanto os Estados Unidos, numa respirada, estão com 50, 60...

As sete novas maravilhas do mundo...

Quando vi que o Cristo Redentor concorria para as sete maravilhas achei que fosse piada. Com todo respeito que tenho pelo JC e toda minha admiração pela beleza do Rio, digo que não seria, para mim, uma maravilha do mundo. Aí fui conferir as outras 20 concorrentes e logo achei as 7, sem o Cristo, óbvio. Pensei que fosse uma escolha séria, criteriosa, não apenas uma eleição através de um site. Imaginei que se algum monumento fosse fugir do critério histórico seria a Estátua da Liberdade, quem sabe a Torre Eiffel. Mas não, quem apareceu lá em terceiro lugar foi justamente o Cristo Redentor. Isso me fez repensar sobre aquela questão do brasileiro não acreditar no Brasil.

Agora apareceu essa de votar no Ayrton Senna como maior piloto de Fórmula 1 de todos os tempos. Por mais que eu goste do Senna, por mais que eu tenha chorado sua morte, e acreditado que, se não tivesse morrido daquela forma, seria sim, um dos maiores pilotos das história. Mas isso se... Só que ele morreu e parou. E o Schumacher seguiu e ganhou tudo o que podia e se tornou, até então, o maior piloto de Fórmula 1 de todos os tempos. Eu sei, ele é alemão, talvez prepotente, mas o título é lógico, e ele foi campeão muito mais vezes. Mas depois da escolha do Cristo Redentor, não sou eu que vou duvidar se elegerem o Senna como o maior piloto.

P.S. Dei uma conferida agora.. o Senna tá com 68% contra 28 do alemão.

Viva o Brasil!

Thursday, July 12, 2007

Paris, te amo...


Ontem fomos assistir a Paris, te amo.

São 21 curtas, de aproximadamente cinco minutos que contam histórias de amor ocorridas na Cidade Luz. Gostei, principalmente, por não ser em forma de documentário. Entre os diretores estão Walter Salles e Gerard Depardieu, mas foi Alexander Payne que finalizou com esta obra:

14e arrondissement
Alexander Payne

Narração da atriz Margo martindale

- Próximo?
- Eu!

Essa história é sobre um dia muito especial da minha recente viagem a Paris.

Durante toda minha vida sonhei em conhecer essa cidade, por isso estudei francês por dois anos. Guardei meu dinheiro e fui para Paris passar 6 dias.
Depois de cinco dias, ainda não havia conseguido me acertar com a diferença de fuso, e sempre ficava um pouco cansada.

Era minha primeira viagem à Europa. Gostaria de ter ficado pelo menos duas semanas, mas não podia: havia deixado meus cachorrinhos, Lady e Bumper, sozinhos.

Amei os museus e as ruas de Paris. Só a comida não era boa como eu imaginava. Pensei em fazer a viagem com uma excursão, mas sou uma pessoa muito independente. Desde que comecei a trabalhar como carteira em Denver, passei a caminhar muito todos os dias. E mais: eu queria uma autêntica aventura estrangeira, e praticar meu francês.

- Com licença!
- Pois não?
- Onde encontro um bom restaurante por aqui?
- Depende... Que tipo de comida você gosta?
- Qualquer uma.
- Chinesa?
- Pode ser.

Dizem muitas coisas a respeito de Paris. Que é lá que os artistas encontram inspiração; que é lá que as pessoas vão encontrar algo novo em suas vidas; dizem que lá você pode encontrar o amor!

Claro, na minha idade não tenho essas expectativas. No entanto, durante esses dias pensei em muitas coisas da minha vida. Pensei se tivesse nascido em Paris, ou sempre tivesse muito dinheiro, a ponto de poder viver lá.

Imaginei entregando cartas todos os dias, numa ruazinha como esta. E conhecendo as pessoas que moram aqui. Tenho certeza que elas são muito simpáticas.

Eu visitei um cemitério famoso, onde muitas celebridades foram enterradas. Vi a sepultura de Jean Paul Sartre e Simon Bolivar. No meu guia dizia que eram dois escritores franceses famosos, que se amavam muito, e por isso foram enterrados juntos.

Vi também a tumba de um homem chamado Porfirio Diaz, que, segundo meu guia, foi um ditador no México durante 35 anos. Era interessante estar tão próxima de um homem tão poderoso, mas que não podia mais andar nem falar nada, como eu podia.

Pensei na minha irmã Patty, que morreu tão jovem, e na minha mãe, que morreu de câncer no ano passado.

Um dia eu também serei enterrada, e provavelmente ninguém irá me visitar. Mas não vou me importar, estarei morta.
Mas não sou uma pessoa triste. Ao contrário: sou uma mulher feliz com muitos amigos e dois cãezinhos maravilhosos.

Só que às vezes eu gostaria de ter alguém pra dividir coisas como essas. Por exemplo: quando vi Paris do terraço de um arranha-céu, quis dizer para alguém: Não é linda?

Mas não havia ninguém comigo. Pensei no meu ex-namorado Dave, como ele teria gostado dessa viagem. Ao mesmo tempo me senti uma estúpida, pois faz onze anos que não falo com ele. Agora ele está casado e tem três filhos.

Então encontrei um amável parquinho. Sentei em um banco e comi um sanduíche que havia comprado. Estava muito bom!

E então alguma coisa aconteceu. Algo difícil de descrever. Sentada ali, sozinha, num país estrangeiro, longe do meu trabalho e de todos que eu conheço, um sentimento pairou sobre mim.

Foi como lembrar de coisas que nunca conheci antes ou que sempre esperei conhecer, mas que eu não sabia o que era.

Talvez algo que eu tenha esquecido, ou perdido durante toda minha vida. Tudo o que posso dizer é que senti, ao mesmo tempo, alegria e tristeza. Mas não tanta tristeza quanto alegria, porque me senti viva!

Sim, viva!

Foi nesse momento que senti que estava apaixonada por Paris.
E que Paris estava apaixonada por mim.

Enfim...

Depois de penar um pouco para passar nas nove cadeiras, estou prestes a ingressar no último semestre. Agora serão 21 créditos a me separar do tão esperado canudo.

Pode parecer nada mais que a obrigação, uma vez que a duração normal do curso é de 4 anos, e este é o quinto. Talvez não seja nada de mais, mas sempre vi a conclusão de um curso superior como algo muito distante. Hoje é palpável, e realmente, nada de tão emocionante.

O que importa é que, no final do ano, a escolha que fiz como realização pessoal, estará, enfim, concluída!

Desde já, agradeço o apoio recebido todos os dias, em forma de carinho, incentivo, espera e sorriso.

Te amo, Alice!

Esta semana foi minha irmã...

Terça foi a apresentação do Trabalho de conclusão da minha irmã para a banca. Acho que ela se saiu bem. Nunca imaginava ver minha irmazinha falando tudo direitinho, evitando os vícios de linguagem “e coisa”..

Wednesday, July 04, 2007

Bar...

Se o ilustre Tiago Vargas tivesse um Bar & Restaurante, imagino que seria no centro. Mais ou menos assim:


A casa oferece mais de 250 sabores de pastéis

Monday, July 02, 2007

Penetra de penetra...


Sábado fomos com um casal de amigos: o Luiz e a Aline, ali no News Pub. Ficamos num cantinho, entre a escada e uma mesa. O bar estava bem cheio. Logo que chegamos uma turma que estava ali perto, junto com o pessoal da mesa ao nosso lado, começou a se reunir e se preparar para uma comemoração de aniversário.

Aniversário sempre diverte os bares porque todo mundo canta parabéns junto, mesmo quem não conhece. Nós fomos um pouquinho mais além.. Os garçons trouxeram três bolos de chocolate, aparentemente muito deliciosos. Os guris acenderam as velinhas para as três aniversariantes e todos cantaram parabéns, inclusive nós.

Colocaram os três bolos na mesa ao nosso lado e começaram a cortar as fatias. Distribuíram para os convidados e, depois de um tempo, fizeram mais um brinde com champagne. Nessa hora ninguém mais comia bolo, e o miolo de um deles todinho ficou ali à nossa espera.

Assim que o pessoal da mesa se dispersou, e alguns foram embora, fui até o balcão e pedi pratinhos pro bolo, como se fosse um dos convidados. A garçonete me entregou um saco com vários pratinhos e garfinhos. Levei-os pra mesa.

Na bandeja do bolo tinha ficado a faca e uma espátula. Quando fui cortar o bolo, duas gurias se aproximaram da Alice. Uma delas falou:

- Hum! Um bolo! Quem tá de aniversário?

E a Alice, sem titubear, apontou pra Aline:

- É ela!
- Ah, meus parabéns!

A Aline, sentada no cantinho, encarnou a aniversariante:

- Obrigada!
- Ahhh, mas que tímida! A típica canceriana, como eu!
- É..
- Olha que gracinha, bem tímida! Que legal! Eu não sabia que podia comemorar com bolo.

E a Aline seguiu:

- É, dá sim. Eles oferecem o bolo e champagne, só que o champagne acabou.
- Ah, que legal!

Deu pra notar que não éramos os únicos interessados no bolo. Elas devem ter nos visto ali e que o miolo devia ter sobrado.

- Corta pra elas também.. – me disse Alice, baixinho.

Servi os pratinhos e a Alice ofereceu para as novas penetras. Elas nem sequer esboçaram recusar:

- Ah.. obrigada!

Só faltou perguntarem se era só aquilo! Comeram, ficaram um pouco por ali e logo saíram fora, na maior cara de pau!

Minhas fotos no