Assisti, agora há pouco, a um trecho do discurso do vice-governador Paulo Feijó sobre a segurança no trânsito embasado no acidente em que perdeu a filha Alessandra, de 18 anos. Ele e a esposa Lisette participaram do Painel para discussão do tema promovido pela RBS.
Não tenho como imaginar a dor ou o vazio desses pais e de tantas pessoas que perdem familiares e amigos em acidentes. Gostei das palavras de Paulo. Um discurso sóbrio de um homem que não quis ser emocionante. Esclareceu que a filha não estava alcoolizada ou drogada, tampouco dirigia em alta velocidade. Atribuiu a fatalidade à falta de experiência: Alessandra tinha carteira de habilitação havia 6 meses.
Paulo ressaltou que os acidentes de trânsito passam por três pilares: as vias, os automóveis e o homem. Os automóveis possuem dispositivos de segurança cada vez mais avançados, porém as vias não são adequadas e o homem nem sempre está preparado para a máquina que tem nas mãos. Pediu desculpas, como homem público, aos motoristas pelo estado das ruas e estradas e alfinetou os homens do planejamento urbano na questão de árvores e postes nas proximidares das vias. Contestou o plantio das palmeiras ao longo de toda a extensão da Terceira Perimetral.
Concordo que a dor dos pais remete para que se encontre um motivo. Mas não posso concordar que esteja errado o ornamento das vias com árvores de grande porte. Vivemos numa região metropolitana constantemente em obras. O fruto do desenvolvimento é sempre o concreto, nunca a saúde. Até para melhorar o escoamento são sacrificadas árvores centenárias e se alguém tenta evitar é criada uma polêmica novela. A Terceira Perimetral e tantas outras vias precisam, sim, de árvoras para amenizar o impacto de tanto concreto no meio-ambiente. Que sejam colocadas proteções e torno de árvores e postes, como na Ipiranga, mas que nunca se cogite não haver árvores. Daqui a pouco estaremos colocando pilhas de pneus nas curvas das avenidas, como na Fórmula 1, para amortecer o choque.
Isso tudo porque a educação no trânsito parece algo intocável.
Friday, February 29, 2008
Wednesday, February 27, 2008
Procura-se uma lagartixa
Ontem comecei a esboçar um texto que não completou uma frase. Acabei me entretendo mais com o anúncio que ilustraria nossa busca.
Sexta passada, quando estava vestindo uma calça para sair para trabalhar senti algo leve passando rápido pela perna esquerda, na altura da meia. Em seguida surgiu no assoalho da sala, depois de passar sobre o meu pé, uma lagartixa criança e pretinha. Com os bracinhos esticados e a cabeça erguida, olhava para os lados. Chamei a Alice pra ver o bichinho. Ela divertiu nossa manhã, nós que não temos cachorro e não gostamos de gato. À noite, na mesma sexta, quando saí do banho lá estava ela, no trilho onde corre a porta do box, toda molhada. Tive o cuidado de deixá-la sair sem que se machucasse. Acabou indo para a sala novamente, ali por perto do teclado.
Na manhã do sábado ela estava na cozinha. Estávamos decididos: era o nosso bichinho de estimação. Bem diferente de um cachorro, que tu pode chamar, alimentar, prender, soltar, dar banho, etc. Uma lagartixa é independente. A Alice tentou colocar uma mosquinha perto dela, isso já no domingo, quando estava perto da cafeteira. Mas nada de a lagartixa comer a mosquinha. Acho que só come insetos vivos, como os sapos. Ficamos preocupados porque não vimos ela comer nada e estava sempre do mesmo tamanho. Não sabemos a que taxa cresce uma lagartixa, mas imaginamos que cresceria mais rapidamente. Enfim, o apartamento tem vários cantinhos com insetos disponíveis para alimentá-la. Teria que descobrir como fazê-lo sozinha.
Só que no domingo o pior aconteceu. Quis registrar a imagem do nosso bichinho numa foto. Acho que ela não gostou, pois após p flash saiu correndo pra trás do fogão com suas perninhas miúdas e pretinhas. Não mais apareceu. A Alice disse que foi por causa da foto que ela deve ter ido embora. Depois admitiu que tentou pegá-la com a mão. Pobre bichinho. Não teria como saber ao certo por que ela foi embora, e ela foi. Ficou um final de semana conosco e fugiu. A Alice chegou a sugerir que comprássemos uma nova. Mas acho que deve ser difícil achar nas lojas do ramo. Na Seguézio, pelo menos não achei. Então, numa tentativa derradeira de encontrá-la, fiz esse cartaz. Preencheria com os dados e o espalharia pelos corredores do prédio. Alguém iria achá-la e nos devolver.
Até que ontem à noite a Alice me chamou:
- Amor, olha quem tá aqui!!!
Fui correndo até a cozinha e lá estava ela. Pequenininha e pretinha, talvez um pouco mais ressabiada. Mas estava lá. Se chegou a fugir ou se só estava escondida não sabemos. O que importa é que voltou e agora está lá. Às vezes perto da geladeira, outras vezes mais pro lado da cafeteira, mas sempre na cozinha, agora.
Fredda
Sexta passada, quando estava vestindo uma calça para sair para trabalhar senti algo leve passando rápido pela perna esquerda, na altura da meia. Em seguida surgiu no assoalho da sala, depois de passar sobre o meu pé, uma lagartixa criança e pretinha. Com os bracinhos esticados e a cabeça erguida, olhava para os lados. Chamei a Alice pra ver o bichinho. Ela divertiu nossa manhã, nós que não temos cachorro e não gostamos de gato. À noite, na mesma sexta, quando saí do banho lá estava ela, no trilho onde corre a porta do box, toda molhada. Tive o cuidado de deixá-la sair sem que se machucasse. Acabou indo para a sala novamente, ali por perto do teclado.
Na manhã do sábado ela estava na cozinha. Estávamos decididos: era o nosso bichinho de estimação. Bem diferente de um cachorro, que tu pode chamar, alimentar, prender, soltar, dar banho, etc. Uma lagartixa é independente. A Alice tentou colocar uma mosquinha perto dela, isso já no domingo, quando estava perto da cafeteira. Mas nada de a lagartixa comer a mosquinha. Acho que só come insetos vivos, como os sapos. Ficamos preocupados porque não vimos ela comer nada e estava sempre do mesmo tamanho. Não sabemos a que taxa cresce uma lagartixa, mas imaginamos que cresceria mais rapidamente. Enfim, o apartamento tem vários cantinhos com insetos disponíveis para alimentá-la. Teria que descobrir como fazê-lo sozinha.
Só que no domingo o pior aconteceu. Quis registrar a imagem do nosso bichinho numa foto. Acho que ela não gostou, pois após p flash saiu correndo pra trás do fogão com suas perninhas miúdas e pretinhas. Não mais apareceu. A Alice disse que foi por causa da foto que ela deve ter ido embora. Depois admitiu que tentou pegá-la com a mão. Pobre bichinho. Não teria como saber ao certo por que ela foi embora, e ela foi. Ficou um final de semana conosco e fugiu. A Alice chegou a sugerir que comprássemos uma nova. Mas acho que deve ser difícil achar nas lojas do ramo. Na Seguézio, pelo menos não achei. Então, numa tentativa derradeira de encontrá-la, fiz esse cartaz. Preencheria com os dados e o espalharia pelos corredores do prédio. Alguém iria achá-la e nos devolver.
Até que ontem à noite a Alice me chamou:
- Amor, olha quem tá aqui!!!
Fui correndo até a cozinha e lá estava ela. Pequenininha e pretinha, talvez um pouco mais ressabiada. Mas estava lá. Se chegou a fugir ou se só estava escondida não sabemos. O que importa é que voltou e agora está lá. Às vezes perto da geladeira, outras vezes mais pro lado da cafeteira, mas sempre na cozinha, agora.
Fredda
Thursday, February 21, 2008
Nokia tune...
Tem pessoas que, simplesmente, têm no seu celular, o toque original da Nokia. O Nokia tune. Não sei se já disse aqui, mas sou franco defensor da marca. Observo que é maioria, não importa a operadora. E sempre que me perguntam sobre que telefone comprar, logo digo: Nokia!
Marcas e modelos a parte, os telefones celulares oferecem aos usuários inúmeras opções de toques, a maioria deles com espaços para baixar e armazenar tons, alguns até em MP3. Mas todos tem, além do toque original, outros tipos a escolher. Por que, então, que algumas pessoas não se valem dessa facilidade e identificam o toqe do telefone a sua marca pessoal?
Talvez para justamente diferenciar-se dos demais, uam vez que todos mudam o toque original. Pode ser. Mas é tão feio! A primeira coisa que as pessoas fazem quando adquirem seu telefone é configurar o toque mais legal. Realmente não entendo deixar o insípido Nokia tune.
Podem dizer que são pessoas desapegadas ao aparelhinho, que não se importam com o modelo do telefone, muito menos com o tipo de toque. Tudo bem. Mas digo que há duas maneiras de chamar a atenção com o telefone: uma delas é colocando um toque extravagante e alto, e a outra é justamente o Nokia tune. Se não se importa e não quer aparecer, configura um som agradável, que se faça ouvir e pronto.
Ontem um Nokia tune disparou na sla do Cinemark. Ainda bem que não tinha começado o filme. E agora de manhã aqui no trabalho. E ningém atendia. E tocava alto! Outro problema do tom original, é que ele é totalmente impessoal. Não tem como saber de quem é o telefone, nem pra avisar a pessoa que está tocando.
E era logo o telefone do meu chefe, que toca pelo menos umas 50 vezes por dia.
Marcas e modelos a parte, os telefones celulares oferecem aos usuários inúmeras opções de toques, a maioria deles com espaços para baixar e armazenar tons, alguns até em MP3. Mas todos tem, além do toque original, outros tipos a escolher. Por que, então, que algumas pessoas não se valem dessa facilidade e identificam o toqe do telefone a sua marca pessoal?
Talvez para justamente diferenciar-se dos demais, uam vez que todos mudam o toque original. Pode ser. Mas é tão feio! A primeira coisa que as pessoas fazem quando adquirem seu telefone é configurar o toque mais legal. Realmente não entendo deixar o insípido Nokia tune.
Podem dizer que são pessoas desapegadas ao aparelhinho, que não se importam com o modelo do telefone, muito menos com o tipo de toque. Tudo bem. Mas digo que há duas maneiras de chamar a atenção com o telefone: uma delas é colocando um toque extravagante e alto, e a outra é justamente o Nokia tune. Se não se importa e não quer aparecer, configura um som agradável, que se faça ouvir e pronto.
Ontem um Nokia tune disparou na sla do Cinemark. Ainda bem que não tinha começado o filme. E agora de manhã aqui no trabalho. E ningém atendia. E tocava alto! Outro problema do tom original, é que ele é totalmente impessoal. Não tem como saber de quem é o telefone, nem pra avisar a pessoa que está tocando.
E era logo o telefone do meu chefe, que toca pelo menos umas 50 vezes por dia.
Monday, February 18, 2008
Esse cara...
As mais remotas lembranças que tenho do meu pai são de um homem que me dava uns trocados pra buscar uma carteira de LS longo no armazém do Seu Herny Meneguzzi. Eu sabia que não fazia bem fumar, então relutava que não iria. Mas meu pai, sempre sério, me olhava sério e ordenava:
- Vai lá, guri.
Então eu ia e buscava o LS. Vez ou outra, mais pro final da tarde, também buscava o pão, o leite de saquinho e as deliciosas roscas açucaradas da Dona Rosa. Nosso café da tarde era uma refeição para um guri mirradinho como eu era. Tanto que à noite não queria jantar. E mesmo sem fome tinha que ficar à mesa até que terminasse a janta. O prato era, na maioria das vezes, o que até hoje é servido na casa dos meus pais: arroz, feijão e carne, ora de panela, ora um suculento bife.
Lembro também de duas ocasiões em que me levou ao Beira-Rio pra ver o Inter no Brasileiro de 87. O primeiro jogo foi contra o Fluminense, na segunda fase, onde o Inter acabou perdendo por 1 x 0. O segundo foi a final contra o Flamengo. O jogo acabou empatado em 1 x 1 e o Flamengo venceu o jogo de volta, no Maracanã, e foi o campeão. Naquela época se ia pro estádio ao meio-dia e o jogo só começava às cinco da tarde. Nesses dois jogos o público foi superior a 65 mil pagantes. E eu não entendia nada, só sabia que o Inter tinha que ganhar. E não ganhava!
Pode ter demorado quase 20 anos, mas aquele presente que meu pai quis me dar, de ver o Inter Campeão veio com todos os juros e correções a Libertadores e o Mundial de 2006. Agora eu queria esses títulos com gana, mas também com muita vontade de que ele, que me fez Colorado, com orgulho, presenciasse esses feitos.
Às vezes tento lembrar mais, e chego a pensar que recordo do meu primeiro aniversário. Não passa de sons e murmúrios sem uma imagem concreta, talvez formada pelas fotos, quase sempre no colo dele. Sorrindo. Os primeiros sorrisos do homem que levantava o quarto filho no colo. Quatro anos mais tarde ainda viria a Karina, minha irmã e mais os nove netos que hoje enchem a casa de folia nos finais de semana.
Se as lembranças mais remotas são de um momem sério, por vezes bravo, o cara que eu vi sábado, quando comemoramos seu aniversário de 80 anos – que foi no domingo – era puramente alegria e descontração. Nos meus trinta anos de convivência com esse cara, poucas vezes fiquei tanto tempo ao seu lado, principalmente depois da adolescência, quando nos distanciamos bastante. A vida nos fez adultos sem que aproveitássemos as oportunidades de nos tornar íntimos. Assim, hoje somos pai e filho, amamos um ao outro, mas não temos ligação que nos permita conversar sobre assuntos que não sejam amenidades. Acho que isso não faz falta, agora.
No sábado, depois de todos esses anos, depois de anos e anos de história e histórias de cada um dessa família, apreciamos uma festa simples, com churrasco, cerveja e bolo. Tudo meio no improviso, com tralheres, copos e pratos diferentes, com cervejas de marcas diferentes, mas com sorrisos diferentes, também de improviso. Colocamos as cadeiras na frente da casa e ali nos sentamos e ouvimos peças do cotidiano e outras histórias rebuscadas por meu pai. Ali bebemos e rimos. Cantamos parabéns e batemos fotos. Ali brindamos os 80 anos desse cara.
- Vai lá, guri.
Então eu ia e buscava o LS. Vez ou outra, mais pro final da tarde, também buscava o pão, o leite de saquinho e as deliciosas roscas açucaradas da Dona Rosa. Nosso café da tarde era uma refeição para um guri mirradinho como eu era. Tanto que à noite não queria jantar. E mesmo sem fome tinha que ficar à mesa até que terminasse a janta. O prato era, na maioria das vezes, o que até hoje é servido na casa dos meus pais: arroz, feijão e carne, ora de panela, ora um suculento bife.
Lembro também de duas ocasiões em que me levou ao Beira-Rio pra ver o Inter no Brasileiro de 87. O primeiro jogo foi contra o Fluminense, na segunda fase, onde o Inter acabou perdendo por 1 x 0. O segundo foi a final contra o Flamengo. O jogo acabou empatado em 1 x 1 e o Flamengo venceu o jogo de volta, no Maracanã, e foi o campeão. Naquela época se ia pro estádio ao meio-dia e o jogo só começava às cinco da tarde. Nesses dois jogos o público foi superior a 65 mil pagantes. E eu não entendia nada, só sabia que o Inter tinha que ganhar. E não ganhava!
Pode ter demorado quase 20 anos, mas aquele presente que meu pai quis me dar, de ver o Inter Campeão veio com todos os juros e correções a Libertadores e o Mundial de 2006. Agora eu queria esses títulos com gana, mas também com muita vontade de que ele, que me fez Colorado, com orgulho, presenciasse esses feitos.
Às vezes tento lembrar mais, e chego a pensar que recordo do meu primeiro aniversário. Não passa de sons e murmúrios sem uma imagem concreta, talvez formada pelas fotos, quase sempre no colo dele. Sorrindo. Os primeiros sorrisos do homem que levantava o quarto filho no colo. Quatro anos mais tarde ainda viria a Karina, minha irmã e mais os nove netos que hoje enchem a casa de folia nos finais de semana.
Se as lembranças mais remotas são de um momem sério, por vezes bravo, o cara que eu vi sábado, quando comemoramos seu aniversário de 80 anos – que foi no domingo – era puramente alegria e descontração. Nos meus trinta anos de convivência com esse cara, poucas vezes fiquei tanto tempo ao seu lado, principalmente depois da adolescência, quando nos distanciamos bastante. A vida nos fez adultos sem que aproveitássemos as oportunidades de nos tornar íntimos. Assim, hoje somos pai e filho, amamos um ao outro, mas não temos ligação que nos permita conversar sobre assuntos que não sejam amenidades. Acho que isso não faz falta, agora.
No sábado, depois de todos esses anos, depois de anos e anos de história e histórias de cada um dessa família, apreciamos uma festa simples, com churrasco, cerveja e bolo. Tudo meio no improviso, com tralheres, copos e pratos diferentes, com cervejas de marcas diferentes, mas com sorrisos diferentes, também de improviso. Colocamos as cadeiras na frente da casa e ali nos sentamos e ouvimos peças do cotidiano e outras histórias rebuscadas por meu pai. Ali bebemos e rimos. Cantamos parabéns e batemos fotos. Ali brindamos os 80 anos desse cara.
Thursday, February 14, 2008
Pois então, Punta del Este
Aqueles dias sob condições precárias no acampamento do Forte Santa Teresa nos fizeram ansiar por Punta. Hotel, água verdadeiramente quente, praia próxima, nenhuma preocupação com animais peçonhentos, vida civilizada, enfim.
Levantamos acampamento na manhã de terça e rumamos pra Punta del Este. Digamos que Punta é algo assim como uma grande vitrine. Não se pode negar, a cidade é lindíssima para o que se propõe: o urbano, com seus arranha-céus, quase que invadindo o natural, o mar e o rio. Digo isso porque Punta não tem morros, como santa Catarina, que enfeitam naturalmente as praias.
Em Punta o belo se faz do urbano, da construção, dos iates, das ruas asfaltadas. Ruas e calçadas de modo geral limpos e com um padrão. Vitrines e fachadas estampando cuidadosamente seus produtos. Muitas grifes famosas estão ali.
A gastronomia é requintada. Da rua podemos apreciar as mesas postas com taças, talheres e pratos sobre toalhas e sobre-toalhas e guardanapos em tecido. Dá até medo de olhar o cardápio. Os garçons todos de colete preto e gravata borboleta.
Café expresso mais barato: 45 pesos! No último dia achamos um a 35 pesos.
Como chegamos por volta da uma da tarde, fomos observar as ofertas. Vimos uma pizzaria grandona, Il Mondo della Pizza, tipo a Hut que tinha na Nilo, mas numa esquina, em área de circulação. Achamos que ali a comida seria em conta. E até era, pro padrão de Punta. A cerveja de litro custava 119 pesos (onze reais e noventa), e assustou um pouco.
Achamos então as Empanadas Ricas y Famosas, que serviam o que dá nome ao estabelecimento. Muito saborosas e muito recheadas a módicos 25 pesos. Ali o preço da cerveja era bem mais humano.. 70 pesos.
O Chivito do Marcos também é uma ótima opção. Fica mais pro lado do porto. O chivito impressiona pelo sabor e pelo tamanho. O método é um pouco diferenciado. O chapista vai gritando os ingredientes e tu diz se quer ou não. O meu, que eu quis quase tudo, menos a cebola, ficou enorme. E muito bom!
O passeio pelo porto é maravilhoso. Aquela infinidade de iates e veleiros mais o rio ao entardecer fazem um fundo perfeito para as fotos. Ali os pescadores vendem seus peixes frescos diretamente ao consumidor. À noite uma série de bares, como os da Fernando Gomes, enfeitam ainda mais o lugar.
Fizemos também um belo passeio à Isla Gorriti, num barco guiado por esse tio como marinheiro.
Não gosto de ficar reclamando das coisas pelo preço, mas Punta é dinheiro, e muito, o tempo todo. A beleza do lugar não se sustenta por si, parece que é preciso cheirar a dinheiro para se desfrutar das coisas.
- Amigo, como funciona o lance do guarda-sol e a cadeira de praia?
- Essa cadeira com o guarda-sol, 600 pesos por todo o dia. Aquela cadeira e aquele guarda-sol, 400 pesos.
- Obrigado.
Ficamos no sol mesmo, com protetor e sentados na canga, apreciando a praia que mais parecia uma piscina. Lindo mesmo! E então fui conferir os preços do bar:
Água: 50 pesos
Long neck: 90 pesos
Salada de frutas: 120 pesos
Caipirinha: 190 pesos
E assim por diante.
Com fome, com sede e ilhados, voltamos ao continente. Na volta fomos presenteados com a visita de alguns lobos-marinhos no porto. Deviam estar ali comendo as sobras dos pescadores. Dois deles, certamente já saciados da fome lagarteavam ao sol e nos permitiram algumas fotos.
Já ouvi muita gente dizer que Porto Alegre tem o pôr-do-sol mais lindo do mundo. Na certa bairristas que nunca foram a Punta. O sol se punha, naquela semana quase às nove da noite, e com aquele rio, aquele porto, aquela brisa e a beleza da Alice ali.. não tem comparação. Já vi muito o pôr-do-sol no Guaíba, e acho lindíssimo. Lá vi apenas um, e fiquei maravilhado. Isso que o sol não tava “gigante”. Mas em alguma época do ano deve ficar, e deve ser mais bonito ainda.
Outro diferencial de Punta, durante o dia, é a velharia. A concentração de gente idosa impressiona. Aí dá pra entender um pouco da cidade e seus estabelecimentos requintados. Pouquíssimas pessoas chegam a um ótimo nível financeiro quando jovens. E acredito que não seja em punta que invistam seu dinheiro. Os velhos bem de vida, esses sim estão lá. Os vovôs com seus Jaguar, Mercedes, BMW, Audi... e as vovós mais repuxadas que balão de festa de criança no dia seguinte (já foi repuxado, mas já tá meio enrugadinho). Na praia ficam com aquela cor de cenoura de bronzeamento artificial.
Dizem que a noite de Punta começa pelas 2.. 3 da manhã. Talvez o pessoal mais jovem estivesse por lá a essa hora. Mas os que vimos nas ruas e nas praias durante o diam eram, em sua maioria, velhos.
Libros Libros
Os livros, em geral, não são caros. A maioria das publicações fica entre 200 e 400 pesos. A Libros Libros, uma das livrarias de maior expressão por lá, tem um acervo imenso, com muitas obras sobre música, arte e cinema, além dos clássicos. Uma bela livraria. Nós trouxemos a nossa lembrança em espanhol. O meu, Cien Años de Soledad, do García Marques, numa edição especial em capa dura. Até tem nas livrarias daqui, mas o de lá tem um gosto especial. Assim como o da Alice: Don Quijote de la Mancha, do Cervantes e com ilustrações de – simplesmente – Salvador Dalí. Magnífico! Espetacular! Apreciamos nossa aquisição daquela noite na cama do hotel, folheando sem uma ordem e lendo trechos, nos deliciando com os livros e com um Trapiche Cabernet Sauvignon maravilhoso.
Até mais, Punta del Este!
Levantamos acampamento na manhã de terça e rumamos pra Punta del Este. Digamos que Punta é algo assim como uma grande vitrine. Não se pode negar, a cidade é lindíssima para o que se propõe: o urbano, com seus arranha-céus, quase que invadindo o natural, o mar e o rio. Digo isso porque Punta não tem morros, como santa Catarina, que enfeitam naturalmente as praias.
Em Punta o belo se faz do urbano, da construção, dos iates, das ruas asfaltadas. Ruas e calçadas de modo geral limpos e com um padrão. Vitrines e fachadas estampando cuidadosamente seus produtos. Muitas grifes famosas estão ali.
A gastronomia é requintada. Da rua podemos apreciar as mesas postas com taças, talheres e pratos sobre toalhas e sobre-toalhas e guardanapos em tecido. Dá até medo de olhar o cardápio. Os garçons todos de colete preto e gravata borboleta.
Café expresso mais barato: 45 pesos! No último dia achamos um a 35 pesos.
Como chegamos por volta da uma da tarde, fomos observar as ofertas. Vimos uma pizzaria grandona, Il Mondo della Pizza, tipo a Hut que tinha na Nilo, mas numa esquina, em área de circulação. Achamos que ali a comida seria em conta. E até era, pro padrão de Punta. A cerveja de litro custava 119 pesos (onze reais e noventa), e assustou um pouco.
Achamos então as Empanadas Ricas y Famosas, que serviam o que dá nome ao estabelecimento. Muito saborosas e muito recheadas a módicos 25 pesos. Ali o preço da cerveja era bem mais humano.. 70 pesos.
O Chivito do Marcos também é uma ótima opção. Fica mais pro lado do porto. O chivito impressiona pelo sabor e pelo tamanho. O método é um pouco diferenciado. O chapista vai gritando os ingredientes e tu diz se quer ou não. O meu, que eu quis quase tudo, menos a cebola, ficou enorme. E muito bom!
O passeio pelo porto é maravilhoso. Aquela infinidade de iates e veleiros mais o rio ao entardecer fazem um fundo perfeito para as fotos. Ali os pescadores vendem seus peixes frescos diretamente ao consumidor. À noite uma série de bares, como os da Fernando Gomes, enfeitam ainda mais o lugar.
Fizemos também um belo passeio à Isla Gorriti, num barco guiado por esse tio como marinheiro.
Não gosto de ficar reclamando das coisas pelo preço, mas Punta é dinheiro, e muito, o tempo todo. A beleza do lugar não se sustenta por si, parece que é preciso cheirar a dinheiro para se desfrutar das coisas.
- Amigo, como funciona o lance do guarda-sol e a cadeira de praia?
- Essa cadeira com o guarda-sol, 600 pesos por todo o dia. Aquela cadeira e aquele guarda-sol, 400 pesos.
- Obrigado.
Ficamos no sol mesmo, com protetor e sentados na canga, apreciando a praia que mais parecia uma piscina. Lindo mesmo! E então fui conferir os preços do bar:
Água: 50 pesos
Long neck: 90 pesos
Salada de frutas: 120 pesos
Caipirinha: 190 pesos
E assim por diante.
Com fome, com sede e ilhados, voltamos ao continente. Na volta fomos presenteados com a visita de alguns lobos-marinhos no porto. Deviam estar ali comendo as sobras dos pescadores. Dois deles, certamente já saciados da fome lagarteavam ao sol e nos permitiram algumas fotos.
Já ouvi muita gente dizer que Porto Alegre tem o pôr-do-sol mais lindo do mundo. Na certa bairristas que nunca foram a Punta. O sol se punha, naquela semana quase às nove da noite, e com aquele rio, aquele porto, aquela brisa e a beleza da Alice ali.. não tem comparação. Já vi muito o pôr-do-sol no Guaíba, e acho lindíssimo. Lá vi apenas um, e fiquei maravilhado. Isso que o sol não tava “gigante”. Mas em alguma época do ano deve ficar, e deve ser mais bonito ainda.
Outro diferencial de Punta, durante o dia, é a velharia. A concentração de gente idosa impressiona. Aí dá pra entender um pouco da cidade e seus estabelecimentos requintados. Pouquíssimas pessoas chegam a um ótimo nível financeiro quando jovens. E acredito que não seja em punta que invistam seu dinheiro. Os velhos bem de vida, esses sim estão lá. Os vovôs com seus Jaguar, Mercedes, BMW, Audi... e as vovós mais repuxadas que balão de festa de criança no dia seguinte (já foi repuxado, mas já tá meio enrugadinho). Na praia ficam com aquela cor de cenoura de bronzeamento artificial.
Dizem que a noite de Punta começa pelas 2.. 3 da manhã. Talvez o pessoal mais jovem estivesse por lá a essa hora. Mas os que vimos nas ruas e nas praias durante o diam eram, em sua maioria, velhos.
Libros Libros
Os livros, em geral, não são caros. A maioria das publicações fica entre 200 e 400 pesos. A Libros Libros, uma das livrarias de maior expressão por lá, tem um acervo imenso, com muitas obras sobre música, arte e cinema, além dos clássicos. Uma bela livraria. Nós trouxemos a nossa lembrança em espanhol. O meu, Cien Años de Soledad, do García Marques, numa edição especial em capa dura. Até tem nas livrarias daqui, mas o de lá tem um gosto especial. Assim como o da Alice: Don Quijote de la Mancha, do Cervantes e com ilustrações de – simplesmente – Salvador Dalí. Magnífico! Espetacular! Apreciamos nossa aquisição daquela noite na cama do hotel, folheando sem uma ordem e lendo trechos, nos deliciando com os livros e com um Trapiche Cabernet Sauvignon maravilhoso.
Até mais, Punta del Este!
Monday, February 11, 2008
O Carnaval...
Coloquei, antes de sair de férias, algumas linhas sobre como tinha iniciado o ano. Maravilhosamente bem e tals. Porém, esse adjetivo tão precioso, que representa um estado de espírito resultante de algumas variáveis precisa superar argumentos nem sempre favoráveis.
Algumas considerações..
Quando começamos a definir o que faríamos no Carnaval certamente não imaginávamos esse desfecho, tampouco as circunstâncias. Não lembro exatamente como surgiram as opções, mas consideramos Laguna, Morro dos Conventos e acampamento no Forte Santa Teresa, no Uruguai. Chegamos a quase fechar com Laguna. Visitamos um apartamento que acomodaria bem umas oito pessoas, num preço razoável e próximo ao calçadão. Parecia ótimo, mas não conseguimos quórum pra fechar.
Como tinha um pessoal pré confirmado pro Uruguai, e pela proximidade da data, acabamos nos definindo por lá, apesar de ser acampamento. Pô, Carnaval no Uruguai, dá uma empolgação.
Logo que surgiu a idéia, fui contrário. Depois desses dias não sei mais qual minha posição sobre acampar, se gosto ou não. Já acampei bastante. Tenho barraca, colchão inflável, fogãozinho, etc. Mas pro Carnaval eu imagino passar dias com uma certa infra-estrutura, uma vez que noites a fio em festa, bebendo mais que o de costume, requerem condições de manter o corpo, ou seja: cama, banheiro e cozinha.
Passei um Carnaval acampando em Laguna. Relutei, mas como não tinham mais opções de casas, não teve outra escolha. Foi foda! Caminhávamos lá dos molhes até o calçadão com duas bolsas térmicas lotadas de cerveja e gelo. Virávamos a noite e voltávamos pra dormir. A barraca era um verdadeiro forno às dez, onze da manhã. Impraticável. Fila pro banheiro, fila pro banho. Ter que carregar papel higiênico. Torcer pro banheiro não estar tão sujo, essas coisas normais de um camping. Eu estava solteiro e só o que me interessava era a festa. Assim me submeti àqueles dias naquelas condições.
Agora os tempos são outros. Quero desfrutar dos prazeres da vida ao lado da Alice proporcionando o melhor para nós. Quero fazer como sempre: viver o nosso amor intensamente, onde quer que seja. Como gostamos de viajar e conhecer lugares e suas belezas, achamos que essa opção do Uruguai seria boa, que o camping, apesar de camping, ofereceria uma infra-estrutura junto com alguns amigos. Achamos..
Saímos de Porto Alegre às 11 horas da manhã de sexta. Eu, a Alice e o HG. Como éramos o primeiro grupo, poderíamos pegar um lugar legal – um lote – próximo ao banheiro e ao mercado, não longe da praia. Imediatamente minha fértil imaginação criou um lugar mágico, entre árvores repletas de pássaros coloridos, grama de campo de golfe e um mar calmo e muito limpo.
Paramos para almoçar em São Lourenço e para fazer compras no Chuí. Chegamos no Forte no final da tarde, acho que era por volta das 18 horas. Primeira notícia ruim: não havia mais lotes com água e luz. Pagamos a entrada e fomos procurar algum lugar. Realmente todos os cantos estavam tomados. A ficha não caía. Quatro dias sem água e sem luz. Antes que escurecesse, vimos que não teríamos escolha. Achamos um lote próximo ao mercado e montamos acampamento. Era a primeira noite. Ânimos em alta. Cerveja e champagne para brindar.
O primeiro banho, como foi depois das dez da noite, hora que se apagam as caldeiras, foi frio. Vi que os sanitários eram um buraco no chão. Me arrependi de ter chamado o Jurânio de fresco.. Banho tomado e brinde feito, dormimos. Sábado foi o dia de uma última tentativa de um lote com água e luz e de esperar o restante do pessoal. Ao longo do dia eles chegaram, e os dias passaram assim, com essas dificuldades sanitárias.
Escrevo isso porque antes de irmos pra lá, só li a parte boa do Forte Santa Teresa. Faço então o registro do outro lado.
Banheiros
Em La Moza, onde ficamos, são 3. Dois deles com o “buraco” no chão e um com vaso, mas sem a tábua. Água quente (morna) das 6h às 22h. Quando tinha muita fila a água era fria mesmo nesse horário. Esses três banheiros não suprem a necessidade das – sei lá – 5 mil pessoas que estavam acampadas. Com essa demanda é previsível que os banheiros estejam sempre sujos. Eram periodicamente limpos, mas não durava nada. Não tem lugar pra se trocar, nem um banco pra deixar as coisas, tudo tem de ser feito no box, aberto. A localização dos banheiros também não ajuda. Nenhum deles é central. Cada um fica num canto mais longe de qualquer lote.
Água e luz.
Metade com, metade sem. Não entendo o que impede de estenderem um cabo e disponibilizarem luz para todos os lotes. O mesmo serve para a água. Para lavar talheres, copos, escovar os dentes, só dando a pernada até os banheiros.
A praia
A praia é bonita. Não chega a ser uma Garopaba, Floripa ou Bombinhas. Nem de perto. Mas a vista do local, como um todo, é bonita. A água é gelada e as ondas são fortes. Do camping, pelo menos do lugar onde ficamos, é muito longe. Porque depois dos lotes para acampamento tem as cabanas e os seus imensos terrenos. Depois mais um estacionamento, uma rampa e um trapiche. Longe mesmo!
Bar
Um único bar na beira da praia vendia a cerveja de litro a 10 reais!!!!!! No mercado do camping custava 3,80.
A chuva não foi culpa do camping. Que bom que só foi por um dia.
Ainda assim, minhas férias foram maravilhosamente boas. Fizemos café no acampamento, assei um churrasco de picanha e constrímos uma área de convivência com uma das lonas. Vimos Pica-Paus. Bebemos algumas Pilsen e Patrícia de litro, champagne e caipirinha. Curtimos mais bons momentos com nossos amigos. Hasteei a Bandeira do Inter e ri muito das tentativas fracassadas da bandeira do Gremio (depois eles conseguiram), usei meu Ray Ban novo, fizemos compras, esperei meu amor no banho com o carro quentinho e nos amamos muito.
Depois ainda teve Punta!
Algumas considerações..
Quando começamos a definir o que faríamos no Carnaval certamente não imaginávamos esse desfecho, tampouco as circunstâncias. Não lembro exatamente como surgiram as opções, mas consideramos Laguna, Morro dos Conventos e acampamento no Forte Santa Teresa, no Uruguai. Chegamos a quase fechar com Laguna. Visitamos um apartamento que acomodaria bem umas oito pessoas, num preço razoável e próximo ao calçadão. Parecia ótimo, mas não conseguimos quórum pra fechar.
Como tinha um pessoal pré confirmado pro Uruguai, e pela proximidade da data, acabamos nos definindo por lá, apesar de ser acampamento. Pô, Carnaval no Uruguai, dá uma empolgação.
Logo que surgiu a idéia, fui contrário. Depois desses dias não sei mais qual minha posição sobre acampar, se gosto ou não. Já acampei bastante. Tenho barraca, colchão inflável, fogãozinho, etc. Mas pro Carnaval eu imagino passar dias com uma certa infra-estrutura, uma vez que noites a fio em festa, bebendo mais que o de costume, requerem condições de manter o corpo, ou seja: cama, banheiro e cozinha.
Passei um Carnaval acampando em Laguna. Relutei, mas como não tinham mais opções de casas, não teve outra escolha. Foi foda! Caminhávamos lá dos molhes até o calçadão com duas bolsas térmicas lotadas de cerveja e gelo. Virávamos a noite e voltávamos pra dormir. A barraca era um verdadeiro forno às dez, onze da manhã. Impraticável. Fila pro banheiro, fila pro banho. Ter que carregar papel higiênico. Torcer pro banheiro não estar tão sujo, essas coisas normais de um camping. Eu estava solteiro e só o que me interessava era a festa. Assim me submeti àqueles dias naquelas condições.
Agora os tempos são outros. Quero desfrutar dos prazeres da vida ao lado da Alice proporcionando o melhor para nós. Quero fazer como sempre: viver o nosso amor intensamente, onde quer que seja. Como gostamos de viajar e conhecer lugares e suas belezas, achamos que essa opção do Uruguai seria boa, que o camping, apesar de camping, ofereceria uma infra-estrutura junto com alguns amigos. Achamos..
Saímos de Porto Alegre às 11 horas da manhã de sexta. Eu, a Alice e o HG. Como éramos o primeiro grupo, poderíamos pegar um lugar legal – um lote – próximo ao banheiro e ao mercado, não longe da praia. Imediatamente minha fértil imaginação criou um lugar mágico, entre árvores repletas de pássaros coloridos, grama de campo de golfe e um mar calmo e muito limpo.
Paramos para almoçar em São Lourenço e para fazer compras no Chuí. Chegamos no Forte no final da tarde, acho que era por volta das 18 horas. Primeira notícia ruim: não havia mais lotes com água e luz. Pagamos a entrada e fomos procurar algum lugar. Realmente todos os cantos estavam tomados. A ficha não caía. Quatro dias sem água e sem luz. Antes que escurecesse, vimos que não teríamos escolha. Achamos um lote próximo ao mercado e montamos acampamento. Era a primeira noite. Ânimos em alta. Cerveja e champagne para brindar.
O primeiro banho, como foi depois das dez da noite, hora que se apagam as caldeiras, foi frio. Vi que os sanitários eram um buraco no chão. Me arrependi de ter chamado o Jurânio de fresco.. Banho tomado e brinde feito, dormimos. Sábado foi o dia de uma última tentativa de um lote com água e luz e de esperar o restante do pessoal. Ao longo do dia eles chegaram, e os dias passaram assim, com essas dificuldades sanitárias.
Escrevo isso porque antes de irmos pra lá, só li a parte boa do Forte Santa Teresa. Faço então o registro do outro lado.
Banheiros
Em La Moza, onde ficamos, são 3. Dois deles com o “buraco” no chão e um com vaso, mas sem a tábua. Água quente (morna) das 6h às 22h. Quando tinha muita fila a água era fria mesmo nesse horário. Esses três banheiros não suprem a necessidade das – sei lá – 5 mil pessoas que estavam acampadas. Com essa demanda é previsível que os banheiros estejam sempre sujos. Eram periodicamente limpos, mas não durava nada. Não tem lugar pra se trocar, nem um banco pra deixar as coisas, tudo tem de ser feito no box, aberto. A localização dos banheiros também não ajuda. Nenhum deles é central. Cada um fica num canto mais longe de qualquer lote.
Água e luz.
Metade com, metade sem. Não entendo o que impede de estenderem um cabo e disponibilizarem luz para todos os lotes. O mesmo serve para a água. Para lavar talheres, copos, escovar os dentes, só dando a pernada até os banheiros.
A praia
A praia é bonita. Não chega a ser uma Garopaba, Floripa ou Bombinhas. Nem de perto. Mas a vista do local, como um todo, é bonita. A água é gelada e as ondas são fortes. Do camping, pelo menos do lugar onde ficamos, é muito longe. Porque depois dos lotes para acampamento tem as cabanas e os seus imensos terrenos. Depois mais um estacionamento, uma rampa e um trapiche. Longe mesmo!
Bar
Um único bar na beira da praia vendia a cerveja de litro a 10 reais!!!!!! No mercado do camping custava 3,80.
A chuva não foi culpa do camping. Que bom que só foi por um dia.
Ainda assim, minhas férias foram maravilhosamente boas. Fizemos café no acampamento, assei um churrasco de picanha e constrímos uma área de convivência com uma das lonas. Vimos Pica-Paus. Bebemos algumas Pilsen e Patrícia de litro, champagne e caipirinha. Curtimos mais bons momentos com nossos amigos. Hasteei a Bandeira do Inter e ri muito das tentativas fracassadas da bandeira do Gremio (depois eles conseguiram), usei meu Ray Ban novo, fizemos compras, esperei meu amor no banho com o carro quentinho e nos amamos muito.
Depois ainda teve Punta!
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