Não é que eu não goste. Justamente o contrário. Sempre gostei e respeitei muito, a previsão do tempo. Nas aulas de Radiojornalismo, com o mestre Stosch, aprendi a valorizar aquele pedacinho da síntese noticiosa referente às condições climáticas. Aliás, sempre impliquei com quem pouco fazia da diferença entre previsão e condições. Havia um tempo em que eu ouvia ou a Ipanema ou a Atlântida, de manhã, enquanto tomava café. E era na Atlântida, se não me engano, que toda manhã entrava o magrão dando a “previsão das ondas”. Como eu não surfo, não tenho o menor interesse em como está o mar, trocava de estação na hora. Ainda mais porque de previsão não tinha nada. Ele simplesmente dizia como estava o marnaquela hora. Hoje só escuto a Itapema, que felizmente não desperdiça o precioso tempo no ar com essas “previsões”.
Já a previsão do tempo eu sempre gostei. Não importava a mídia. Podia ser no jornal impresso, no rádio, na internet ou na TV, onde era mais legal, com aqueles infográficos animados e tal. Sempre que ia viajar conferia a previsão para a data naquele lugar. Só que a previsão do tempo – todo mundo sabe – sempre fura. Há umas duas semanas, o Sr, Cleo Kuhn afirmou, convicto, que naquele dia, começaria a chover até as 3 horas da tarde. Como o cara é conceituado, disse tão convicto, repassei a informação tri feliz. A chuva não veio nem às 3, nem às 4, nem até o final daquele dia.
Desde então, toda vez que anunciam a previsão do tempo, mudo de estação. Na TV não tem tanto problema porque vemos, na maior parte do tempo, filmes. E no jornal impresso, quando vejo um pedacinho daquela página verde da Zero, folheio duas e sigo adiante. Até agora não fez falta nenhuma. Nem guarda-chuva eu tenho.
Monday, March 31, 2008
Wednesday, March 26, 2008
Presente de grego...
No dia do aniversário da nossa Capital leio na Zero que temos 12 casos de Dengue confirmados. Todos eles adquiridos fora do Estado.
No Rio já são quase 40 mil infectados e 49 mortes desde o início do ano.
Que belo presente!
No Rio já são quase 40 mil infectados e 49 mortes desde o início do ano.
Que belo presente!
Monday, March 24, 2008
Fazendo arte...
A verdade é que eu sempre quis ser um artista. Sou exibicionista quando noto que faço algo diferente, que prende a atenção alheia. O problema é que minhas habilidades são medíocres e desconcentradas. Manifesto dotes um pouco acima da média no desenho, em esculturas, na música, na fotografia, na escrita, na natação, no futebol e nas matemáticas. Porque o esporte e os cálculos também são uma forma de expressar a arte.
E esse pouco acima da média gera uma esperança de sucesso, que numa pessoa exibicionista, leva a crer em resultados, e gastar o tempo em cursos e o dinheiro em sonhos. Fiz um curso de teclado quando tinha quinze anos, e sonhava ser um grande pianista, um dia. Comprei um teclado Yamaha muito lindo e me dei de Natal. Depois veio o gosto pelo violão. Não cheguei a fazer curso, mas comprei um violão Folk e muito já gastei em revistas especializadas. Fiz escolinha de futebol aos dezesseis, e como boa parte dos guris brasileiros, sonhava em ser jogador de futebol e fazer uma carreira de astro. Até quando fiz natação pela primeira vez, aos vinte, me imaginava nas raias dos campeonatos mundiais, batendo recordes olímpicos e tal.
No desenho foi onde comecei a manifestar essas habilidades medíocres, no Jardim de Infância. Fazia os melhores desenhos da turma, embora em espaço reduzido da folha. Com as massinhas de modelar fazia aviõezinhos, helicópteros, tanques de guerra e bonecos. Os coleguinhas me cercavam e pediam para eu fazer algum modelo para eles, e reclamavam que os que fazia para mim ficavam mais bonitos. Todavia, nunca dediquei-me a desenvolver essas práticas, como fiz com a música e os esportes, por exemplo.
A fotografia talvez tenha sido onde manifestei os melhores resultados. Também foi onde gastei mais tempo e muito mais dinheiro. Muito mais! Não me arrependo. Há uns seis anos, numa tentativa de tornar o trabalho conhecido, fiz umas ampliações 30x45cm de algumas das melhores fotos e expus na Redenção. Quase ninguém parou pra olhar, e acabei não vendendo nenhuma. Talvez devesse ter tentado mais, mas não me vejo parado num domingo de sol esperando que alguém se digne a folhear um álbum e, quem sabe, adquirir uma foto.
Agora, quando vejo exposições de telas, esculturas em madeira ou pedra, me dá um certo arrependimento de não ter feito nada nessa área, ainda que de maneira medíocre, como fiz com tudo. Mas logo penso que seria mais uma dessas habilidades que um dia será lembrada sem uma contribuição destacada. Também penso, agora mais amadurecido em termos de arte – quem sabe precisando de um pequeno incentivo – em focar as habilidades em uma certa área e efetivar o exibicionismo, até então reprimido. Nunca esquecendo, todavia, que a arte é mais terapia que produto.
E esse pouco acima da média gera uma esperança de sucesso, que numa pessoa exibicionista, leva a crer em resultados, e gastar o tempo em cursos e o dinheiro em sonhos. Fiz um curso de teclado quando tinha quinze anos, e sonhava ser um grande pianista, um dia. Comprei um teclado Yamaha muito lindo e me dei de Natal. Depois veio o gosto pelo violão. Não cheguei a fazer curso, mas comprei um violão Folk e muito já gastei em revistas especializadas. Fiz escolinha de futebol aos dezesseis, e como boa parte dos guris brasileiros, sonhava em ser jogador de futebol e fazer uma carreira de astro. Até quando fiz natação pela primeira vez, aos vinte, me imaginava nas raias dos campeonatos mundiais, batendo recordes olímpicos e tal.
No desenho foi onde comecei a manifestar essas habilidades medíocres, no Jardim de Infância. Fazia os melhores desenhos da turma, embora em espaço reduzido da folha. Com as massinhas de modelar fazia aviõezinhos, helicópteros, tanques de guerra e bonecos. Os coleguinhas me cercavam e pediam para eu fazer algum modelo para eles, e reclamavam que os que fazia para mim ficavam mais bonitos. Todavia, nunca dediquei-me a desenvolver essas práticas, como fiz com a música e os esportes, por exemplo.
A fotografia talvez tenha sido onde manifestei os melhores resultados. Também foi onde gastei mais tempo e muito mais dinheiro. Muito mais! Não me arrependo. Há uns seis anos, numa tentativa de tornar o trabalho conhecido, fiz umas ampliações 30x45cm de algumas das melhores fotos e expus na Redenção. Quase ninguém parou pra olhar, e acabei não vendendo nenhuma. Talvez devesse ter tentado mais, mas não me vejo parado num domingo de sol esperando que alguém se digne a folhear um álbum e, quem sabe, adquirir uma foto.
Agora, quando vejo exposições de telas, esculturas em madeira ou pedra, me dá um certo arrependimento de não ter feito nada nessa área, ainda que de maneira medíocre, como fiz com tudo. Mas logo penso que seria mais uma dessas habilidades que um dia será lembrada sem uma contribuição destacada. Também penso, agora mais amadurecido em termos de arte – quem sabe precisando de um pequeno incentivo – em focar as habilidades em uma certa área e efetivar o exibicionismo, até então reprimido. Nunca esquecendo, todavia, que a arte é mais terapia que produto.
Tuesday, March 18, 2008
Filmes para não assistir...
Não gosto de fazer propaganda do que é ruim, mas acho que nesses casos vale a pena. Alguém pode querer dispensar seu tempo com produções melhores e mais sérias. E, também por isso, não me preocuparei em contar trechos importantes sobre os filmes.
O Segredo de Kovak
David Norton é um escritor de ficção, de certa forma famoso. Logo no início já temos um indício do que virá: na viagem de avião para Mallorca o protagonista vê num dos pasageiros uma espécie de monstro em formato de solitária quase nada nojento. Mas não passa de um sonho. Ou uma visão, como queiram.
Já na ilha, depois de uma conferência, sua mulher recebe um telefonema e se atira da sacada do hotel. Nenhum sentimento de dor, culpa, saudade, ... Nada. No hospital vê uma outra mulher que sobreviveu a um suicídio. Os dois se conhecem, e a coincidência que serviria para um bom desfecho é atropelada por uma seqüência de suicídios no mesmo formato. A pessoa recebe um telefonema, ouve uma música e se joga de algum lugar.
Só que a investigação não transmite nenhum suspense. Até que David descobre que todos os casos estão realmente ligados, e são obra de um velho em estado terminal de câncer e quer que David dê seqüência à sua primeira obra: A caixa de Kovak, e depois mate o velho, tornando-o um ícone por ter desvendado o segredo da caixa. Todos os passageiros (menos David) tiveram, na viagem, um chip aplicado no pescoço. Caso descubram e tentem tirá-lo, o circuito é acionado fazendo a pessoa se matar na hora. A tal música que as pessoas ouvem também aciona o circuito. Muito forçado.
Aí no final, como todos os passageiros são turistas, estão reunidos numa gruta onde ouvirão a música pelo sistema de som e cometerão suicídio coletivo. Essa cena é legal: todo mundo de vermelho se atirando das pedras e depois boiando. David e a nova amiga conseguem evitar que muitos se matem. E é isso. Ah, ele mata o velho!
A Última Legião
A proposta era contar a história que precede a Lenda do Rei Arthur. Até aí tudo bem. Como protagonista, Aurelius – Colin Firth, que fez Bridget Jones. Ele é o guardião responsável pelo novo imperador, Romulus Aurelius, que tem apenas 12 anos.
O figurino é o único ponto forte do filme, mas nem por isso vale a pena assisti-lo.
Numa cena de batalha das piores que já vi, o guri é levado. Mas a cena é triste mesmo. Aquelas em que cinco “do mal” cercam um “do bem” e fazem o famoso rodízio onde um apanha de cada vez e os outros ficam assistindo.
No caminho para o resgate de Romulus Aurelius vão: um velho com poderes (lança umas bolas de fogo.. muito forçado!), um negão que apanha, apanha e tá sempre inteiro e o Aurelius. No caminho encontram uma guerreira e rola um clima entre ela e Aurelius. Chegam no forte onde está o guri e conseguem resgatá-lo em outra cena de batalha daquelas. Nesse forte o guri encontra a espada Excalibur e já a usa contra os malfeitores do triplo do seu tamanho. Até aí tudo bem, ele é o Cesar e está com a Excalibur. Mas os demais confrontos são tristes. Aurelius chega a fazer uma expressão de “Tsc, Tsc..” que tira toda a credibilidade do filme. A mulher saca uma adaga automática! É dado um close na adaga e dela saem duas pontas, uma de cada lado. Cômico!
Uma pena pelo investimento e por desperdiçarem uma proposta para o que poderia ser um ótimo filme.
O Segredo de Kovak
David Norton é um escritor de ficção, de certa forma famoso. Logo no início já temos um indício do que virá: na viagem de avião para Mallorca o protagonista vê num dos pasageiros uma espécie de monstro em formato de solitária quase nada nojento. Mas não passa de um sonho. Ou uma visão, como queiram.
Já na ilha, depois de uma conferência, sua mulher recebe um telefonema e se atira da sacada do hotel. Nenhum sentimento de dor, culpa, saudade, ... Nada. No hospital vê uma outra mulher que sobreviveu a um suicídio. Os dois se conhecem, e a coincidência que serviria para um bom desfecho é atropelada por uma seqüência de suicídios no mesmo formato. A pessoa recebe um telefonema, ouve uma música e se joga de algum lugar.
Só que a investigação não transmite nenhum suspense. Até que David descobre que todos os casos estão realmente ligados, e são obra de um velho em estado terminal de câncer e quer que David dê seqüência à sua primeira obra: A caixa de Kovak, e depois mate o velho, tornando-o um ícone por ter desvendado o segredo da caixa. Todos os passageiros (menos David) tiveram, na viagem, um chip aplicado no pescoço. Caso descubram e tentem tirá-lo, o circuito é acionado fazendo a pessoa se matar na hora. A tal música que as pessoas ouvem também aciona o circuito. Muito forçado.
Aí no final, como todos os passageiros são turistas, estão reunidos numa gruta onde ouvirão a música pelo sistema de som e cometerão suicídio coletivo. Essa cena é legal: todo mundo de vermelho se atirando das pedras e depois boiando. David e a nova amiga conseguem evitar que muitos se matem. E é isso. Ah, ele mata o velho!
A Última Legião
A proposta era contar a história que precede a Lenda do Rei Arthur. Até aí tudo bem. Como protagonista, Aurelius – Colin Firth, que fez Bridget Jones. Ele é o guardião responsável pelo novo imperador, Romulus Aurelius, que tem apenas 12 anos.
O figurino é o único ponto forte do filme, mas nem por isso vale a pena assisti-lo.
Numa cena de batalha das piores que já vi, o guri é levado. Mas a cena é triste mesmo. Aquelas em que cinco “do mal” cercam um “do bem” e fazem o famoso rodízio onde um apanha de cada vez e os outros ficam assistindo.
No caminho para o resgate de Romulus Aurelius vão: um velho com poderes (lança umas bolas de fogo.. muito forçado!), um negão que apanha, apanha e tá sempre inteiro e o Aurelius. No caminho encontram uma guerreira e rola um clima entre ela e Aurelius. Chegam no forte onde está o guri e conseguem resgatá-lo em outra cena de batalha daquelas. Nesse forte o guri encontra a espada Excalibur e já a usa contra os malfeitores do triplo do seu tamanho. Até aí tudo bem, ele é o Cesar e está com a Excalibur. Mas os demais confrontos são tristes. Aurelius chega a fazer uma expressão de “Tsc, Tsc..” que tira toda a credibilidade do filme. A mulher saca uma adaga automática! É dado um close na adaga e dela saem duas pontas, uma de cada lado. Cômico!
Uma pena pelo investimento e por desperdiçarem uma proposta para o que poderia ser um ótimo filme.
Friday, March 14, 2008
Preciso levantar pra falar ao telefone...
Eu sei, é uma mania estranha, ainda mais que não é só levantar. É levantar e caminhar. Uma coisa meio autista. Fico caminhando pra lá e pra cá, olhando pro chão, pisando em espaços definidos, como a parte escura do parquet ou a lajota da calçada, sem encostar nos rejuntes. Agora mesmo fiz um teste. Precisava tratar da entrega de uns documentos importantes a uma empresa terceira, só que ninguém sabe quem tratou disponibilizar essas informações. Então estou ligando pra um, que pede pra ligar pra um outro e assim vai. Decidi que ia fazer as ligações sentado, aqui na minha mesa. Liguei pro responsável pelo setor de Engenharia, que detém os tais documentos. Se tem alguém que deve saber, esse alguém é ele. Chamou até cair. Quando pensei em ligar de novo eu já estava em pé, sem querer, apenas estava lá, pisando cuidadosamente no parquet escuro, evitando encostar a sola do sapato na parte clara. Ele atendeu e disse que estava em uma reunião, que assim que saísse me retornava. Foi então que vi que o caso é mais sério do que eu imaginava.
Wednesday, March 12, 2008
Presente de parente e elástico de gaitinha...
Todo Natal na casa dos meus pais é a mesma coisa: muito divertido, muito descontraído, muita comida, as crianças esperando quem vai ser o Papai Noel, muitos e muitos presentes, a maioria brinquedos, e roupas de gosto duvidoso.
Nem falo nos presentes trocados entre minha mãe e minhas irmãs, que o mau pai não é de dar presentes. Falo pelos que recebo. Minha mãe, e às vezes as minhas irmãs, me presenteiam com camisas e bermudas que não sei como imaginam que eu iria gostar. Como é presente, e o momento é aquela coisa toda do natal, fraternidade e tals, a gente ri e agradece. Mas lembro de algumas vezes, mesmo com esforço, não ter conseguido usar uma vez sequer e ter trocado.
Dia desses, numa janta com um casal de amigos, - o Denis e a Pi (o Bruno também tava, mas só tomou mamadeira) - expus essa minha sina com presente de parente, e para minha surpresa, os dois reclamaram de presentes recebidos pelas respectivas sogras.
O Denis revelou, então, que para esses casos ele tem uma caixinha, onde vai colocando as roupas que não usa mais, entre elas os presentes que nunca usou. Boa idéia!
- Aquela camisa pólo que tua mãe me deu foi sacanagem. Nunca usei! – ele começou. E ela não perdeu tempo:
- Bah, mas aquele vestido que tua mãe me deu então...
A Alice também lembrou de uma blusinha tomara-que-caia que ganhou, ela que nunca usa tomara-que-caia.
Posso dizer que minhas roupas são discretas, as cores podem ser fortes, mas não chamativas, como um azul marinho, por exemplo. Camisa, quando uso, uso pra fora da calça, então não pode ser social. E elas vem com uma com botãozinho na gola. Não dá. Bermuda. Bermuda todo mundo sabe: é com velcro e botão de pressão. Simples! Não. Há dois Natais ganho o mesmo tipo: bermuda com elástico de gaitinha. Pô, elástico de gaitinha é pra velho! Mas não posso dizer isso ali na hora. O senhor meu pai, com seus 80 anos, adora bermuda com elástico de gaitinha. O pior é que a bermuda que ganhei por último é tri bonita. Vermelha com uma faixa vertical mais clara dos lados. E os bolsos são legais também. Mas é de gaitinha. Então só a uso quando estou de camiseta. Sem camisa não dá.
Vou fazer a minha caixinha.
Monday, March 10, 2008
No country for old men...
Ainda não tinha assistido a nenhum dos concorrentes a melhor filme no Oscar. Ontem vimos Onde os fracos não tem vez – No country for old men. Pra quem aprecia a diferença entre a película e o DVD, esse é um que não dá pra deixar sair de cartaz pra ver depois. Uma história simples, onde o sangue frio provoca uma adrenalina calma, dolorida, passando ao espectador um instinto de sobrevivência quase real. O final, pra mim, ocorre antes do verdadeiro fim. Melhor do que não ter fim. Mas acaba confundindo um pouco.
Pré-filmes
Ainda sobre cinema, vi que o Johnny Deep quer fazer o papel de Salvador Dalí de um filme que sequer existe. Ele disse que aceita qualquer roteiro, desde que seja bom. Pesquisei e acabei descobrindo que existem mais dois filmes, em fase de desenvolvimento sobre o artista espanhol: Little Ashes, do diretor britânico Paul Morrison, e Dali & I: The Surreal Story, do diretor e roteirista Andrew Niccol e Al Pacino no papel de Dalí.
Pré-filmes
Ainda sobre cinema, vi que o Johnny Deep quer fazer o papel de Salvador Dalí de um filme que sequer existe. Ele disse que aceita qualquer roteiro, desde que seja bom. Pesquisei e acabei descobrindo que existem mais dois filmes, em fase de desenvolvimento sobre o artista espanhol: Little Ashes, do diretor britânico Paul Morrison, e Dali & I: The Surreal Story, do diretor e roteirista Andrew Niccol e Al Pacino no papel de Dalí.
Friday, March 07, 2008
Direto do Egito...
Hoje o Sala de Redação teve um convidado especial, como ocorre em muitas de suas edições. Marcos Reis é um brasileiro que mora na cidade do Cairo, Egito, há alguns anos, e garante que ouve diariamente a Rádio Gaúcha. Sabendo que Marcos estava visitando Porto Alegre, e que tratava-se de um gremista ouvinte cativo do Sala, Cacalo tratou de convidá-lo a participar do programa.
Achei que ia ser uma chatice, por ser um gremista e tendo ido ao programa justamente por essa característica. Marcos foi humilde e descontraído, participando de uma forma muito divertida. O Lauro lançou a primeira piada dizendo que o Marcos veio diretamente do Egito para conhecer as múmias do Sala.
Assim Marcos foi contando de sua experiência no continente africano, sobre as atividades profissionais, sobre o povo egípcio e, por fim, sobre a segurança pública, o que rendeu mais assunto. Marcos garantiu que é absolutamente seguro andar pelas ruas do Cairo, e que poderia tranqüilamente ir até um caixa eletrônico às duas da madrugada que nada lhe aconteceria.
Os integrantes do programa foram à loucura. Mas como isso? – era a pergunta de todos. Marcos disse que mais, se o fato ocorrido na noite passada aqui em Porto Alegre, de um cidadão impedir o assalto ao lotação e matar os dois bandidos, seria – lá no Egito – reconhecido como herói nacional e recebido uma medalha. No Egito, quando as autoridades não podem garantir a segurança, os cidadãos é que são responsáveis pela mesma.
Esse dado gerou manifestações discordantes, ainda mais quando o convidado disse que no Egito existe a pena de morte, e no caso de infrações menores a punição é a SURRA! O Keny ficou louco e pediu que Marcos o levasse para o Egito junto. Mas o que impressiona não é simplesmente a surra, mas a forma como ela ocorre. O infrator, quando pego em flagrante, ainda que por cidadãos comuns, recebe a surra enquanto a polícia é chamada. Assim que chega a Polícia, recebe mais uma surra da polícia e é levado para a delegacia e apanha de novo, enquanto a família é chamada. A família, quando chega, tem de bater no gaiato para demonstrar que não é conivente com a atitude. E a última surra é dada novamente pela família, já em casa, para que a vizinhança também veja que a ação é reprovada.
Obviamente uma barbárie, se é mesmo assim que ocorre. Porém, levanta um tema muito delicado ao qual todos estamos submetidos e muitas vezes preferimos não pensar para que possamos sair às ruas mais tranqüilamente. No espaço de tempo de um dia, de ontem para hoje, tivemos esse caso do assalto ao lotação; dois assaltos à linha de ônibus T-6, resultando em 19 ataques em 6 dias e, conseqüentemente, à paralisação dos funcionários da Carris que trabalham nesta linha; e a família do gerente da Caixa Federal de Butiá que foi seqüestrada na noite de ontem. O gerente e os filhos foram soltos, mas a esposa continua em poder dos seqüestradores, assim como o carro da família e uma quantia estimada em R$130 mil levada do banco.
Tá difícil!
Achei que ia ser uma chatice, por ser um gremista e tendo ido ao programa justamente por essa característica. Marcos foi humilde e descontraído, participando de uma forma muito divertida. O Lauro lançou a primeira piada dizendo que o Marcos veio diretamente do Egito para conhecer as múmias do Sala.
Assim Marcos foi contando de sua experiência no continente africano, sobre as atividades profissionais, sobre o povo egípcio e, por fim, sobre a segurança pública, o que rendeu mais assunto. Marcos garantiu que é absolutamente seguro andar pelas ruas do Cairo, e que poderia tranqüilamente ir até um caixa eletrônico às duas da madrugada que nada lhe aconteceria.
Os integrantes do programa foram à loucura. Mas como isso? – era a pergunta de todos. Marcos disse que mais, se o fato ocorrido na noite passada aqui em Porto Alegre, de um cidadão impedir o assalto ao lotação e matar os dois bandidos, seria – lá no Egito – reconhecido como herói nacional e recebido uma medalha. No Egito, quando as autoridades não podem garantir a segurança, os cidadãos é que são responsáveis pela mesma.
Esse dado gerou manifestações discordantes, ainda mais quando o convidado disse que no Egito existe a pena de morte, e no caso de infrações menores a punição é a SURRA! O Keny ficou louco e pediu que Marcos o levasse para o Egito junto. Mas o que impressiona não é simplesmente a surra, mas a forma como ela ocorre. O infrator, quando pego em flagrante, ainda que por cidadãos comuns, recebe a surra enquanto a polícia é chamada. Assim que chega a Polícia, recebe mais uma surra da polícia e é levado para a delegacia e apanha de novo, enquanto a família é chamada. A família, quando chega, tem de bater no gaiato para demonstrar que não é conivente com a atitude. E a última surra é dada novamente pela família, já em casa, para que a vizinhança também veja que a ação é reprovada.
Obviamente uma barbárie, se é mesmo assim que ocorre. Porém, levanta um tema muito delicado ao qual todos estamos submetidos e muitas vezes preferimos não pensar para que possamos sair às ruas mais tranqüilamente. No espaço de tempo de um dia, de ontem para hoje, tivemos esse caso do assalto ao lotação; dois assaltos à linha de ônibus T-6, resultando em 19 ataques em 6 dias e, conseqüentemente, à paralisação dos funcionários da Carris que trabalham nesta linha; e a família do gerente da Caixa Federal de Butiá que foi seqüestrada na noite de ontem. O gerente e os filhos foram soltos, mas a esposa continua em poder dos seqüestradores, assim como o carro da família e uma quantia estimada em R$130 mil levada do banco.
Tá difícil!
Thursday, March 06, 2008
Os tipos e as dinâmicas em grupo...
Chegamos ao auditório recepcionados por um café-da-manhã bastante consistente, o que, ao meu ver, poderia ter sido divulgado. Em seguida fomos divididos em grupos e nos foi proposto preparar um almoço completo, com entrada, salada e sobremesa. O local era um mistério: duas fotos e as coordenadas. Para concluirmos tudo até o meio-dia, tínhamos uma quantia em dinheiro, que foi distribuída entre os 6 grupos responsáveis pela entrada, pela salada, pelo prato principal e pela sobremesa. Tinha ainda o grupo de atendimento, que serviu muito bem o pessoal, e o nosso, o da Logística.
O local, decifrado primeiramente pelo GPS e confirmado pelo Google Earth, foi o Jardim Zoológico. Todavia, não vimos bicho algum. Exceto uma breve aparição, de longe, de um avestruz. Ficamos numa área com churrasqueiras sob eucaliptos onde saboreamos o salsichão com pão, que foi o prato principal.
Depois do almoço e da salada de frutas, demos início à segunda etapa – bem legal – que foi a definição de cinco pontos positivos e cinco negativos da empresa. Em seguida expomos os pontos definidos em cada grupo e os organizamos em ordem de importância. Vale salientar que no final acordamos 10 pontos positivos (poderiam ser 30) e 15 negativos.
E que até então ia muito bem, divertido, dinâmico e envolvente, transformou-se em sem graça e desgastante. Tivemos que escrever – ainda em grupos – todas as nossas atividades. Depois expomos todas. Deu 36. E pra finalizar, o que fez todos torcerem o nariz: classificá-las – TODAS – em ordem de importância. Tentamos argumentar que existem tarefas importantes, contudo não podem ser comparadas, mas não teve jeito. Perdemos um tempão pra concluir essa última tarefa que tirou um pouco do colorido da história toda.
Acabamos por não aprofundar no que nos levou a definir os tipos, ficando a promessa de novas atividades afins.
O local, decifrado primeiramente pelo GPS e confirmado pelo Google Earth, foi o Jardim Zoológico. Todavia, não vimos bicho algum. Exceto uma breve aparição, de longe, de um avestruz. Ficamos numa área com churrasqueiras sob eucaliptos onde saboreamos o salsichão com pão, que foi o prato principal.
Depois do almoço e da salada de frutas, demos início à segunda etapa – bem legal – que foi a definição de cinco pontos positivos e cinco negativos da empresa. Em seguida expomos os pontos definidos em cada grupo e os organizamos em ordem de importância. Vale salientar que no final acordamos 10 pontos positivos (poderiam ser 30) e 15 negativos.
E que até então ia muito bem, divertido, dinâmico e envolvente, transformou-se em sem graça e desgastante. Tivemos que escrever – ainda em grupos – todas as nossas atividades. Depois expomos todas. Deu 36. E pra finalizar, o que fez todos torcerem o nariz: classificá-las – TODAS – em ordem de importância. Tentamos argumentar que existem tarefas importantes, contudo não podem ser comparadas, mas não teve jeito. Perdemos um tempão pra concluir essa última tarefa que tirou um pouco do colorido da história toda.
Acabamos por não aprofundar no que nos levou a definir os tipos, ficando a promessa de novas atividades afins.
Monday, March 03, 2008
Eneagrama - A escolha do tipo
Semana passada, numa convocação para reunião via email, meu chefe salientou que seria um encontro informal, ainda que trate sobre assuntos do trabalho, e que deveríamos analisar e escolher entre 9 tipos dispostos num eneagrama o que mais se assemelhasse conosco.
Antes mesmo de ler o conteúdo confesso que fui preconceituoso. Em quase onze anos aqui na Tabafônica já vi muitas e muitas dinâmicas motivacionais. Até gosto, em geral são realmente boas, mas no fim das contas (no fim do mês) o salário é o mesmo e os critérios para uma remota promoção são obscuros. Isso faz com que eu seja – talvez uma parcela dos colegas também – reservados quanto a essas dinâmicas.
Mas, como acredito que meu simples descontentamento não mudará os pontos negativos, e se eu quisesse realmente uma mudança lutaria por isso ou procuraria outro lugar onde me sentisse melhor, resolvi ao menos ler sobre o que se tratava. Aconteceu que eu me surpreendi com o material. Nada assustador de bom, até porque discordo de alguns pontos de vista ali colocados. Mas acho que dá uma boa orientação para identificarmos nossas características comportamentais, desenvolver as que contribuem para o trabalho e controlar as que podem prejudicar não só a atividade, mas a relação interpessoal.
O Eneagrama, que para mim é novo, mas já deve ter sido bastante usado nas empresas, é composto de nove modelos que ajudam a identificar o comportamento e desenvolver e controlar as características de cada um.
É estranho falar de um negócio assim sem exemplificar. Não posso colocar todo o material aqui pois é muito extenso. Coloco então alguns pontos que considerei relevantes no modelo que acredito ser o meu.
Normalmente, prefiro observar o que está acontecendo a estar envolvido.
Me aproximo mais dos meus sentimentos quando estou só do que quando estou com outras pessoas. Freqüentemente, aprecio melhor as experiências que tive recordando e repassando cada detalhe delas do que quando as vivenciei.
“É importante para mim, proteger meu tempo, energia e espaço privado e, em conseqüência, viver uma vida simples e descomplicada e ser tão auto-suficiente quanto possível.”
Uma característica de um outro tipo que, certamente, não se encaixa ao meu perfil é “identifico-me fortemente com o que faço, porque penso que, em larga escala, o valor de uma pessoa é baseado no que ela realiza e no reconhecimento que ela obtém”.
Agora tenho que definir o meu tipo entre os nove e sugerir um tipo para o meu chefe. A reunião é amanhã. Depois conto como foi.
Parabéns, Delcon!!!
Como leitor assíduo, deixo aqui meus parabéns juntamente com votos de muita saúde e sucesso a esse cara que tenho tanto apreço. Esse cara que tocou o Hino do Inter e do Rio Grande antes do Colorado entrar em campo contra o Pumas pela Libertadores 2006. Como ele mesmo me disse hoje de manhã, como é engraçado esse negócio, o cara passa um tempão sem se falar, mas de repente se liga e é como se não tivesse passado tempo algum. Uma intimidade natural.
Feliz aniversário!
Antes mesmo de ler o conteúdo confesso que fui preconceituoso. Em quase onze anos aqui na Tabafônica já vi muitas e muitas dinâmicas motivacionais. Até gosto, em geral são realmente boas, mas no fim das contas (no fim do mês) o salário é o mesmo e os critérios para uma remota promoção são obscuros. Isso faz com que eu seja – talvez uma parcela dos colegas também – reservados quanto a essas dinâmicas.
Mas, como acredito que meu simples descontentamento não mudará os pontos negativos, e se eu quisesse realmente uma mudança lutaria por isso ou procuraria outro lugar onde me sentisse melhor, resolvi ao menos ler sobre o que se tratava. Aconteceu que eu me surpreendi com o material. Nada assustador de bom, até porque discordo de alguns pontos de vista ali colocados. Mas acho que dá uma boa orientação para identificarmos nossas características comportamentais, desenvolver as que contribuem para o trabalho e controlar as que podem prejudicar não só a atividade, mas a relação interpessoal.
O Eneagrama, que para mim é novo, mas já deve ter sido bastante usado nas empresas, é composto de nove modelos que ajudam a identificar o comportamento e desenvolver e controlar as características de cada um.
É estranho falar de um negócio assim sem exemplificar. Não posso colocar todo o material aqui pois é muito extenso. Coloco então alguns pontos que considerei relevantes no modelo que acredito ser o meu.
Normalmente, prefiro observar o que está acontecendo a estar envolvido.
Me aproximo mais dos meus sentimentos quando estou só do que quando estou com outras pessoas. Freqüentemente, aprecio melhor as experiências que tive recordando e repassando cada detalhe delas do que quando as vivenciei.
“É importante para mim, proteger meu tempo, energia e espaço privado e, em conseqüência, viver uma vida simples e descomplicada e ser tão auto-suficiente quanto possível.”
Uma característica de um outro tipo que, certamente, não se encaixa ao meu perfil é “identifico-me fortemente com o que faço, porque penso que, em larga escala, o valor de uma pessoa é baseado no que ela realiza e no reconhecimento que ela obtém”.
Agora tenho que definir o meu tipo entre os nove e sugerir um tipo para o meu chefe. A reunião é amanhã. Depois conto como foi.
Parabéns, Delcon!!!
Como leitor assíduo, deixo aqui meus parabéns juntamente com votos de muita saúde e sucesso a esse cara que tenho tanto apreço. Esse cara que tocou o Hino do Inter e do Rio Grande antes do Colorado entrar em campo contra o Pumas pela Libertadores 2006. Como ele mesmo me disse hoje de manhã, como é engraçado esse negócio, o cara passa um tempão sem se falar, mas de repente se liga e é como se não tivesse passado tempo algum. Uma intimidade natural.
Feliz aniversário!
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