Lembro dos antigos cartões de final de ano. Feliz Natal e Próspero Ano Novo! São os votos de fulano e família. Lá em casa a gente comprava mais ou menos uns 30 cartões e endereçava a todos os tios e amigos mais próximos da família. Era engraçado.. passávamos o ano inteiro sem falar com tal tio, mas nunca deixávamos de mandar o cartão. Comprávamos muito aqueles confeccionados pelo próprio Correio, que já era cartão, envelope e selo, tudo junto. Eu ajudava a mãe a escrever todos os endereços.
Hoje, com o advento da internet, somos bombardeados com os mais diversos, enfeitados e musicados emails. Minha parcela saudosista – que é bem grande – lamenta a perda daquela prática. Era muito bom abrir a caixa de correspondência e ver ali um envelopinho com o nosso nome. Banalizamos, com o spam, a exclusividade.
Não vou lamentar. Afinal, quem não quer fazer o spam pode muito transcrever palavras próprias e endereçá-las a um único destinatário.
Mas que dá uma saudade de abrir a caixinha do correio, isso dá!
E assim me despeço desse ano maravilhoso que foi 2005, apesar das ausências de uns, a intensa convivência com essa galera louca preencheu cada minuto e cada momento da vida de cada um de nós.
Alegra-me saber que completamo-nos um ao outro muitas vezes sem saber. Por vezes estivemos nos mesmos eventos, mas quase não trocamos palavras. O simples fato de estar no mesmo ambiente era confortante.
Foi tanta coisa que aconteceu que seriam necessárias páginas e páginas pra escrever tudo. Fica na lembrança então cada momento desses, que guardamos como um filme.
Ora com música, ora sem
Um rápido movimento ou uma imagem congelada
A cena contracenada que não foi ensaiada
O sorriso do riso que virou gargalhada
Da falta de gasolina
Por sentar ao lado da menina
Ou por perder o trem
Deixamos nossa marca em tantos lugares.. Ano novo e enterro dos ossos em Atlântida Sul, Roxufest em Osório, pré Roxu em Salinas, churras e formaturas em Guaíba, Carnaval em Imbituba e Laguna, surf no Rosa, acampamento em Riozinho e Festa do Pijama no Portal do Eden. E também a Páscoa no Farol, Festival do Chopp de Feliz, Festa no Abbey Road de Novo Hamburgo e aniver do Marjo em São Chico. Sítio da Mel em Glorinha, minhas férias sozinho em Bombinhas, festa country-rock em Teutônia, e feriadão na Guarda do Embaú. Festiqueijo em Carlos Barbosa, a clássica Oktober de Igrejinha, o findi esticado na casa da Déia em Capão... nossa!
Lugares onde espalhamos intensa alegria e que certamente anseiam nosso retorno. Lugares que nos acolheram com toda sua hospitalidade e estarão sempre de portas abertas.
Um ano sem igual em que a única tempestade foi a forte e incessante chuva de amigos. Amigos estes que inundaram a minha e as suas vidas de alegrias, de paixões, de amores, de folias.
Que em 2006 esses laços se renovem e se reforcem. E se foi adorável o pouco que conhecemos, faço idéia do depois...
Finalizo com uma frase e uma mensagem que recebi de duas pessoas especialíssimas...
“Seu saldo é de 365 dias. Aproveite essa fortuna!”
“Pegue o estoque de PAZ que você ainda tem em casa
e use no trânsito
use na fila do banco
use no elevador
use no futebol!
A PAZ é um produto interessante!
Porque quanto mais você usa,
Mais você tem.
E se todo mundo usar
Quem sabe chegue o dia
Em que ninguém mais
Precise fazer um comercial
Pra vender a PAZ” (W. Olivetto)
Quando ouvirem o estampido da champagne façam um brinde comigo. Já disse a uma pessoa que verei seu sorriso, na hora dos fogos, a refletir numa estrelinha lá em cima.
Beijo! Feliz 2006!!!
Friday, December 30, 2005
Wednesday, December 28, 2005
Tereza...
Dagoberto tinha uma sina: não se dava com poodles. E nem era por medo de mordida, como tinha dos dobermans. Esses sim, metiam medo. Os poodles, apesar de parecerem frágeis, não eram bem-vindos ao Dagoberto. E olha que ele gostava de cachorro. Tinha lá seus guaipecas que apareciam perdidos no pátio da sua casa pedindo comida. Dava comida, banho e os adotava. Compartilhava com seus amigos da idéia que só os vira-latas que eram, realmente, fiéis ao dono. Faziam festa debaixo de qualquer tempo e acompanhavam o dono onde quer que ele fosse. Não se importavam se eram amarrados com corda de estender roupa ou ganhassem comida num pote velho de sorvete.
Essas coisas Dagoberto não via possíveis nos pomposos poodles que as madames desfilavam nas redondezas dos shoppings. Como podiam aqueles bichos ser mais perfumados e receberem mais atenção que muitos bebês? – se indagava. Mal sabia o Dagoberto que eles, os poodles, quando não iam com a cara de um estranho, não fechavam a matraca um minuto sequer.
Achava que a maior aproximação que teria com uma daquelas bolinhas de pêlo branco seria os do vizinho Meneguzzi. Talvez tenha sido por causa deles que Dagoberto desenvolveu essa antipatia. Todos os dias quando passava na frente do portão do Seu Meneguzzi, indo pro trabalho, era euforicamente ladrado pelos quatro cachorros neuróticos. Assim Dagoberto adjetivava um poodle: neurótico!
A culpa foi da Tereza. Tereza era a cadela da Mariana, uma velha amiga que morava ali no bairro. Só veio a saber da existência da Tereza no dia que a turma programou uma viagem pra um sítio em Viamão. Dagoberto e o amigo e grande companheiro Lucas Dias subiram no Ap da Mariana pra ajudá-la a descer com as bagagens. Antes de entrarem a Tereza já demonstrava a inimizade com Dagoberto. Ele sabia que ela estava latindo pra ele. O Lucas Dias sempre dizia que ia na casa da Mariana e nunca reclamou da tal cadela.
- Vem com a mamãe – dizia a Mariana, pegando a cadela neurótica no colo.
O bicho não queria nem saber. Driblava o pescoço da Mariana e, mesmo no colo, não parava de latir na direção do Dagoberto. Mal ela a largou no chão e a Tereza já se grudou na canela direita dele. Sorte que estava de calça. Mesmo assim ficaram os furinhos dos finos caninos no brim da calça do moço. E a Mariana era muito sua amiga, não poderia nem dar um chutão no bicho, numa provável segunda investida.
- Que estranho.. ela é tão mansinha! – se convencia a Mariana.
- Sei.. sei.. não é melhor prendê-la?
- Não precisa, ela não vai fazer nada, só te estranhou no início.
Não era o que significava aquele rosnado contínuo e baixinho que a Tereza produzia. Aquele rosnado que precede uma mordida. Pra pânico do Dagoberto, Lucas foi ao banheiro no instante em que a Mariana foi no quarto buscar a mochila de roupas. Ficaram na sala só os dois: Tereza e Dagoberto. Ele bem que tentou não aparentar medo, mas não conseguiu. Tereza veio devagar na direção dele. Rosnava.
- Mariaaaaana!! – chamava ele baixinho, pra que Tereza não percebessse que estava em apuros.
Mariana cantarolava do quarto, decerto colocando as últimas peças de roupa na mochila. Mulheres.. ainda devia ter um monte de cremes e loções que ela podia querer levar. O ataque de Tereza era iminente. Dagoberto suava frio. Chegou a pegar uma almofada do sofá de veludo marrom pra se proteger.
- Rrrrrrrrrrrrrrrrrr – Tereza não sossegava.
E nada do Lucas Dias sair do banheiro. Dagoberto estava perdido. Já podia sentir os dentes de Tereza ultrapassando o tecido da calça e cravando nas suas canelas. Cadela desgraçada!
Finalmente o alívio: Mariana apareceu no corredor com a enorme mochila. Como se tivessem combinado Lucas saiu do banheiro. Dagoberto poderia sair ileso, enfim. Mariana conferiu a água e a ração da Tereza. Água mineral e ração especial com proteínas e vitaminas. Só podia. Pegou a mochila de Mariana e foi em direção à porta. Lucas Dias saiu na frente. Ainda deu tchau afagando a cabeça da cadela – traidor! Mariana segurou a porta pro Dagoberto sair. Ele já podia avistar o corredor do prédio ensaiando um sorriso. Num passo com a perna esquerda passou a porta. Foi quando setiu, na direita que ficara pra trás um crã! Tereza abocanhou todinho o tendÃo de aquiles do Dagoberto. Não gritou, apenas parou. Mariana percebeu e deu um safanão de leve na cadela, que logo soltou.
- Bobinha ela, não sei o que houve!!!
Ninguém entendia por que Dagoberto não se dava com poodles..
Essas coisas Dagoberto não via possíveis nos pomposos poodles que as madames desfilavam nas redondezas dos shoppings. Como podiam aqueles bichos ser mais perfumados e receberem mais atenção que muitos bebês? – se indagava. Mal sabia o Dagoberto que eles, os poodles, quando não iam com a cara de um estranho, não fechavam a matraca um minuto sequer.
Achava que a maior aproximação que teria com uma daquelas bolinhas de pêlo branco seria os do vizinho Meneguzzi. Talvez tenha sido por causa deles que Dagoberto desenvolveu essa antipatia. Todos os dias quando passava na frente do portão do Seu Meneguzzi, indo pro trabalho, era euforicamente ladrado pelos quatro cachorros neuróticos. Assim Dagoberto adjetivava um poodle: neurótico!
A culpa foi da Tereza. Tereza era a cadela da Mariana, uma velha amiga que morava ali no bairro. Só veio a saber da existência da Tereza no dia que a turma programou uma viagem pra um sítio em Viamão. Dagoberto e o amigo e grande companheiro Lucas Dias subiram no Ap da Mariana pra ajudá-la a descer com as bagagens. Antes de entrarem a Tereza já demonstrava a inimizade com Dagoberto. Ele sabia que ela estava latindo pra ele. O Lucas Dias sempre dizia que ia na casa da Mariana e nunca reclamou da tal cadela.
- Vem com a mamãe – dizia a Mariana, pegando a cadela neurótica no colo.
O bicho não queria nem saber. Driblava o pescoço da Mariana e, mesmo no colo, não parava de latir na direção do Dagoberto. Mal ela a largou no chão e a Tereza já se grudou na canela direita dele. Sorte que estava de calça. Mesmo assim ficaram os furinhos dos finos caninos no brim da calça do moço. E a Mariana era muito sua amiga, não poderia nem dar um chutão no bicho, numa provável segunda investida.
- Que estranho.. ela é tão mansinha! – se convencia a Mariana.
- Sei.. sei.. não é melhor prendê-la?
- Não precisa, ela não vai fazer nada, só te estranhou no início.
Não era o que significava aquele rosnado contínuo e baixinho que a Tereza produzia. Aquele rosnado que precede uma mordida. Pra pânico do Dagoberto, Lucas foi ao banheiro no instante em que a Mariana foi no quarto buscar a mochila de roupas. Ficaram na sala só os dois: Tereza e Dagoberto. Ele bem que tentou não aparentar medo, mas não conseguiu. Tereza veio devagar na direção dele. Rosnava.
- Mariaaaaana!! – chamava ele baixinho, pra que Tereza não percebessse que estava em apuros.
Mariana cantarolava do quarto, decerto colocando as últimas peças de roupa na mochila. Mulheres.. ainda devia ter um monte de cremes e loções que ela podia querer levar. O ataque de Tereza era iminente. Dagoberto suava frio. Chegou a pegar uma almofada do sofá de veludo marrom pra se proteger.
- Rrrrrrrrrrrrrrrrrr – Tereza não sossegava.
E nada do Lucas Dias sair do banheiro. Dagoberto estava perdido. Já podia sentir os dentes de Tereza ultrapassando o tecido da calça e cravando nas suas canelas. Cadela desgraçada!
Finalmente o alívio: Mariana apareceu no corredor com a enorme mochila. Como se tivessem combinado Lucas saiu do banheiro. Dagoberto poderia sair ileso, enfim. Mariana conferiu a água e a ração da Tereza. Água mineral e ração especial com proteínas e vitaminas. Só podia. Pegou a mochila de Mariana e foi em direção à porta. Lucas Dias saiu na frente. Ainda deu tchau afagando a cabeça da cadela – traidor! Mariana segurou a porta pro Dagoberto sair. Ele já podia avistar o corredor do prédio ensaiando um sorriso. Num passo com a perna esquerda passou a porta. Foi quando setiu, na direita que ficara pra trás um crã! Tereza abocanhou todinho o tendÃo de aquiles do Dagoberto. Não gritou, apenas parou. Mariana percebeu e deu um safanão de leve na cadela, que logo soltou.
- Bobinha ela, não sei o que houve!!!
Ninguém entendia por que Dagoberto não se dava com poodles..
Monday, December 26, 2005
Foiti-se...
Não vou reclamar do ano que termina, nem torcer para que acabe de uma vez.
Só tenho a agradecer por ter sido presenteado com tantos amigos novos. Não apenas companhias de uma viagem ou festa, pessoas que em pouco tempo demonstraram parceria para os moentos mais diversos, tanto bons quanto adversos.
Sem dúvida, as pessoas que conheci neste ano foi o meu maior presente, um presente sem preço, mas que carece muito cuidado.
O que peço, para o ano que se aproxima, é muita saúde pra que consiga sempre cultivar e preservar a amizade com cada um deles, apertando cada vez mais os nós do laço dessa relação com eles que são, como sempre digo: minha família.
E foi com alguns desses amigos que tive um dos Natais mais loucos dos últimos tempos...
A função começou na sexta, antes de eu ir pra formatura da Gre. Ganhei uma caixa de chocolates caseiros.. bah! Dá água na boca só de pensar.. O pior é que como eu ia pra formatura, não pude levá-los, e até agora ainda não os reavi. Mas estão em boas mãos..
A formatura foi bem mais tranqüila que eu imaginava. A Gre tava muito empolgada, e não era pra menos. Chegou discursando e dispensou atenção a todos os convidados, muito querida.
O sábado era o dia dele, do JC..
O primeiro presente que dei foi pra minha mãe: arrumei todinho o meu quarto. Atribuíram a chuva a esse fato. Feulas!
Como bom Raul que sou, ainda não tinha comprado os presentes dos meus sobrinhos. Eram 16h. Às 18h fechava o shopping e eu não tinha nem pensado no que compraria. Os alvos: uma praguinha de 5, uma peste de 12 e um atentado de 14. Brincadeira, são uns amores, mas muito arteiros.
Entrei na loja – quase vazia.. hehehe – e tentei olhar pra alguma coisa legal e barata. Imagem & Ação! Tá aí.. baita presente! Esse eu daria pro de 12: O Douglas, meu afilhado. Faltavam dois. Entrei na segunda loja e acabei escolhendo um quebra-cabeça de 750 peças pro de 14. Pra não sair da linha de presentes que instigassem o raciocínio, comprei um joguinho de memória em inglês pra de 5. De lambuja levei um jogo de varetas, que serviria até pra adulto jogar.
Tinha passado o dia todo em casa, queria ficar um pouco na rua. Liguei pro Fulano e fomos pra casa do Pitoko, dar início aos trabalhos.
Quando cheguei em casa já estavam todos me esperando pra dar início à ceia. Muita gente reclama do clima da noite de Natal. Duvido que alguém lá de casa reclame, é uma folia só. Minhas irmãs vão pra lá e passam o dia na função de decorar o lugar onde comemos, escondendo os presentes das crianças, minha mãe preparando o peru, a gurizada correndo no pátio e sujando a roupa.. nada é calmo, nada é monótono.
Depois do rango o amigo secreto e em seguida os demais presentes. Ganhei umas bermudas e umas camisas, tava precisando! O véio Noel se puxou.
Terminada a função, demos início à indiada mais louca que poderíamos fazer. Fomos pra Montenegro encontrar o Miojo, a Pi e a Lica. Eles sabiam iam apenas eu e o Chaka. Quando a Ka e o Pica souberam quiseram ir junto. E o Fulano já tinha dito que ia, mas que era surpresa.
Chegamos na frente do clube, já em Montenegro e ligamos pro Miojo, que foi nos receber. Quando apareceu viu a surpresa.. adorou! As gurias ainda não sabiam, e fizeram a mesma festa quando viram os outros três.
O público da festa era meio gurizada, mas fizemos a nossa festa e curtimos até quase de manhã. Do clube fomos pro posto Latina, onde ficamos ouvindo o cd da Pi com músicas do nosso tempo de criança.. He-Man, Uni-Duni-Tê, Superfantástico e Amigos do Peito.
Estávamos ali, bem tranqüilos, bebendo e ouvindo aquelas músicas de criança quando aparecem três jaburus.. hahahahhahaa quem as teria convidado????
Bah, e vieram retinho na gente. Não tivemos como esconder a admiração. Até que alguém lançou a sentença..
- Fulano, olha ali as tuas amigas!!!!
Hahahahhahahha, só podia ser ele.. conheceu as feias na festa e deve ter dito que iríamos pro posto. Coitadas das gurias, não demos muito assunto pra elas pra ver se elas se ligavam.. Como a gente estava em umas dez, doze pessoas, fingimos que nem notamos a presença delas. Depois do insucesso nas tratativas com o Fulano foram finalmente embora.
Pra evitar novas aparições indesejadas fomos pra beira do rio brindar com as champagnes. Ali vimos uma das cenas mais engraçadas da noite. A rua fica bem acima da margem, e tem uma escadaria até lá embaixo. E lá uma família pescando. Um deles, provavelmente um dos filhos, tava com uma camiseta: Turma 81.
- Olha lá o 81, não tá pegando nada! – observou o Fulano.
- É mesmo! - uns dois ou três concordaram.
- Vou lá dar uma de João-Sem-Braço. – disse o Fulano colocando os braços pra dentro da camiseta.
Hahahahahahahha.. muito engraçado! Foi descendo as escadarias até a margem com os braços escondidos dentro da camiseta e se aproximando do “81”. A gente se matava rindo lá de cima. Muito bom!
Assim começou o dia, já que amanhecia às margens do Caí.
Mal dormimos e fomos pro almoço na casa da vó do Miojo. Dona Eni. Apesar dos 79 anos, apresenta traços que revelam que foi uma mulher lindíssima quando jovem. O que se confirmou na chácara onde estava a família da Pi. Antes ainda passamos na casa da mãe do Miojo, que não deixou de contar algumas peripécias dele quando criança. Lá na chácara dos pais da Pi, a avó dela confirmou que dona Eni esbanjava beleza pelas calçadas de Montenegro. Mais: que fora a Primeira Dama mais linda que a cidade já teve. A avó da Pi cerrava os punhos quando falava dos belos cachos nos cabelos longos de Dona Eni.
Foram momentos em família muito bons, tanto na família do Miojo quanto na da Pi. Pessoas com ótimo astral e nos receberam como se fôssemos da família.
A próxima parada era a casa do Dani, um amigo do Miojo que também se divertiu muito com a nossa visita e até banho de piscina nos ofereceu. Maluco por maluco, o Dani ganhou dos pais uma pistola de água, a piscina da casa dele é uma raia e tem uma ema no quintal. Ema bicho!
O último evento da tour por Montenegro foi o aniversário da sobrinha do Miojo, a Maria Carolina. Uma graça! 6 aninhos. Muita criança correndo no pátio e a gente lembrando da festa da noite que passara.
Foi um dia de Natal que pareceu uns 3, por tantos lugares que passamos e tanta gente que conhecemos. Um dos melhores Natais. Não deixei de curtir a minha família e ainda tive o enorme prazer em conhecer as famílias dessas duas pessoas que entre outros tantos amigos, foram meu presente este ano.
Mais uma vez agradeço por esse presente que não tem preço. Essas pessoas maravilhosas que conheci e que a cada dia afirmam essa amizade e faz com que sejamos uma grande família.
Um forte abraço e um beijo com todo carinho a cada um de vocês!
Só tenho a agradecer por ter sido presenteado com tantos amigos novos. Não apenas companhias de uma viagem ou festa, pessoas que em pouco tempo demonstraram parceria para os moentos mais diversos, tanto bons quanto adversos.
Sem dúvida, as pessoas que conheci neste ano foi o meu maior presente, um presente sem preço, mas que carece muito cuidado.
O que peço, para o ano que se aproxima, é muita saúde pra que consiga sempre cultivar e preservar a amizade com cada um deles, apertando cada vez mais os nós do laço dessa relação com eles que são, como sempre digo: minha família.
E foi com alguns desses amigos que tive um dos Natais mais loucos dos últimos tempos...
A função começou na sexta, antes de eu ir pra formatura da Gre. Ganhei uma caixa de chocolates caseiros.. bah! Dá água na boca só de pensar.. O pior é que como eu ia pra formatura, não pude levá-los, e até agora ainda não os reavi. Mas estão em boas mãos..
A formatura foi bem mais tranqüila que eu imaginava. A Gre tava muito empolgada, e não era pra menos. Chegou discursando e dispensou atenção a todos os convidados, muito querida.
O sábado era o dia dele, do JC..
O primeiro presente que dei foi pra minha mãe: arrumei todinho o meu quarto. Atribuíram a chuva a esse fato. Feulas!
Como bom Raul que sou, ainda não tinha comprado os presentes dos meus sobrinhos. Eram 16h. Às 18h fechava o shopping e eu não tinha nem pensado no que compraria. Os alvos: uma praguinha de 5, uma peste de 12 e um atentado de 14. Brincadeira, são uns amores, mas muito arteiros.
Entrei na loja – quase vazia.. hehehe – e tentei olhar pra alguma coisa legal e barata. Imagem & Ação! Tá aí.. baita presente! Esse eu daria pro de 12: O Douglas, meu afilhado. Faltavam dois. Entrei na segunda loja e acabei escolhendo um quebra-cabeça de 750 peças pro de 14. Pra não sair da linha de presentes que instigassem o raciocínio, comprei um joguinho de memória em inglês pra de 5. De lambuja levei um jogo de varetas, que serviria até pra adulto jogar.
Tinha passado o dia todo em casa, queria ficar um pouco na rua. Liguei pro Fulano e fomos pra casa do Pitoko, dar início aos trabalhos.
Quando cheguei em casa já estavam todos me esperando pra dar início à ceia. Muita gente reclama do clima da noite de Natal. Duvido que alguém lá de casa reclame, é uma folia só. Minhas irmãs vão pra lá e passam o dia na função de decorar o lugar onde comemos, escondendo os presentes das crianças, minha mãe preparando o peru, a gurizada correndo no pátio e sujando a roupa.. nada é calmo, nada é monótono.
Depois do rango o amigo secreto e em seguida os demais presentes. Ganhei umas bermudas e umas camisas, tava precisando! O véio Noel se puxou.
Terminada a função, demos início à indiada mais louca que poderíamos fazer. Fomos pra Montenegro encontrar o Miojo, a Pi e a Lica. Eles sabiam iam apenas eu e o Chaka. Quando a Ka e o Pica souberam quiseram ir junto. E o Fulano já tinha dito que ia, mas que era surpresa.
Chegamos na frente do clube, já em Montenegro e ligamos pro Miojo, que foi nos receber. Quando apareceu viu a surpresa.. adorou! As gurias ainda não sabiam, e fizeram a mesma festa quando viram os outros três.
O público da festa era meio gurizada, mas fizemos a nossa festa e curtimos até quase de manhã. Do clube fomos pro posto Latina, onde ficamos ouvindo o cd da Pi com músicas do nosso tempo de criança.. He-Man, Uni-Duni-Tê, Superfantástico e Amigos do Peito.
Estávamos ali, bem tranqüilos, bebendo e ouvindo aquelas músicas de criança quando aparecem três jaburus.. hahahahhahaa quem as teria convidado????
Bah, e vieram retinho na gente. Não tivemos como esconder a admiração. Até que alguém lançou a sentença..
- Fulano, olha ali as tuas amigas!!!!
Hahahahhahahha, só podia ser ele.. conheceu as feias na festa e deve ter dito que iríamos pro posto. Coitadas das gurias, não demos muito assunto pra elas pra ver se elas se ligavam.. Como a gente estava em umas dez, doze pessoas, fingimos que nem notamos a presença delas. Depois do insucesso nas tratativas com o Fulano foram finalmente embora.
Pra evitar novas aparições indesejadas fomos pra beira do rio brindar com as champagnes. Ali vimos uma das cenas mais engraçadas da noite. A rua fica bem acima da margem, e tem uma escadaria até lá embaixo. E lá uma família pescando. Um deles, provavelmente um dos filhos, tava com uma camiseta: Turma 81.
- Olha lá o 81, não tá pegando nada! – observou o Fulano.
- É mesmo! - uns dois ou três concordaram.
- Vou lá dar uma de João-Sem-Braço. – disse o Fulano colocando os braços pra dentro da camiseta.
Hahahahahahahha.. muito engraçado! Foi descendo as escadarias até a margem com os braços escondidos dentro da camiseta e se aproximando do “81”. A gente se matava rindo lá de cima. Muito bom!
Assim começou o dia, já que amanhecia às margens do Caí.
Mal dormimos e fomos pro almoço na casa da vó do Miojo. Dona Eni. Apesar dos 79 anos, apresenta traços que revelam que foi uma mulher lindíssima quando jovem. O que se confirmou na chácara onde estava a família da Pi. Antes ainda passamos na casa da mãe do Miojo, que não deixou de contar algumas peripécias dele quando criança. Lá na chácara dos pais da Pi, a avó dela confirmou que dona Eni esbanjava beleza pelas calçadas de Montenegro. Mais: que fora a Primeira Dama mais linda que a cidade já teve. A avó da Pi cerrava os punhos quando falava dos belos cachos nos cabelos longos de Dona Eni.
Foram momentos em família muito bons, tanto na família do Miojo quanto na da Pi. Pessoas com ótimo astral e nos receberam como se fôssemos da família.
A próxima parada era a casa do Dani, um amigo do Miojo que também se divertiu muito com a nossa visita e até banho de piscina nos ofereceu. Maluco por maluco, o Dani ganhou dos pais uma pistola de água, a piscina da casa dele é uma raia e tem uma ema no quintal. Ema bicho!
O último evento da tour por Montenegro foi o aniversário da sobrinha do Miojo, a Maria Carolina. Uma graça! 6 aninhos. Muita criança correndo no pátio e a gente lembrando da festa da noite que passara.
Foi um dia de Natal que pareceu uns 3, por tantos lugares que passamos e tanta gente que conhecemos. Um dos melhores Natais. Não deixei de curtir a minha família e ainda tive o enorme prazer em conhecer as famílias dessas duas pessoas que entre outros tantos amigos, foram meu presente este ano.
Mais uma vez agradeço por esse presente que não tem preço. Essas pessoas maravilhosas que conheci e que a cada dia afirmam essa amizade e faz com que sejamos uma grande família.
Um forte abraço e um beijo com todo carinho a cada um de vocês!
Wednesday, December 21, 2005
Só as mães são felizes...
Sempre a matemática! Sem dúvida é a bruxa das matérias escolares. Ainda ontem uma amiga contou que ficou completamente atônita pelo fato de o filho de 11 anos ter rodado em matemática. Diz ela ter ficado mais abalada que o guri. Imagina só... depois de ter sua cabecinha invadida por relações numéricas totalmente novas, como as frações, os ângulos, números decimais... ainda ter que agüentar o desespero da mãe.
Disse a ela que não podia ser assim. Ela era a primeira pessoa que devia demonstrar firmeza, equilíbrio e força de vontade. A bravura da mãe serviria de espelho pro guri, senão naquela ocasião, na próxima, pra devorar a matéria do próximo ano e ser motivo de orgulho para ela no colégio. Encararia aqueles exercícios de 2/3, 45º , e os vigésimos terceiros com a naturalidade que tinha pra dar o nó nos cadarços. E olha que antes de aprender a dar nó em cadarço parece tarefa das mais impossíveis.
Exercitando. Assim como tantas outras coisas da vida, entre elas a de amarrar os tênis, é a matemática, a bruxa. Minha mãe assim o fez comigo. No primeiro bimestre da quarta série tirei um 35. Em vermelho. Saiu no boletim. O boletim era de cartolina azul-claro. Notas acima de 50, azul, abaixo, vermelho. Nem aquele meus dois 100, obtidos com esmero em geografia e português eram suficientes pra desviar a atenção daquele sonoro e vermelho 35.
Dona Anair ficou uma fera. Mas não me xingou, não me bateu e nem chorou. A fúria dela era vista apenas nos olhos alicerçados naquele 35 e nos lábios, que pressionavam um ao outro com muita força.
Colocou ainda a culpa na professora, a Tia Leda.
- O quê que ela tá pensando! – disse em tom áspero ainda com os olhos fixos no boletim.
Negou-se a assinar o boletim e foi ter com a Tia Leda no dia seguinte. Com o mesmo ar sério, que não era natural dela – minha mãe é por natureza sorridente – enfrentou a professora e fez ela explicar o porquê daquela nota.
- Olha mãe (as professoras chamam a nossa mãe de mãe), o seu filho anda muito desatento. Ele esquece os sinais, andou comendo alguns números e tá fraco nas frações. É um guri inteligente, mas precisa se esforçar mais, fazer mais exercícios.
Acompanhei tudo ali do lado, com cara de guri cagado. A cada item que a Tia Leda falava me lançava um olhar de confirmação. Eu esboçava um sim com a cabeça. E assim foi. Era o primeiro bimestre, recém.
Minha mãe me puxou pra casa pela mão e quis revisar todas as minhas folhas mimeografadas de exercícios. Fez eu sentar à mesa da cozinha e refazer todos enquanto ela lavava a louça e fazia a comida. Todos os dias a cena se repetia: minha mãe preparando o almoço e eu ali estudando. Só podia parar quando o almoço ficasse pronto.
No dia da prova minha mãe ficou esperando lá na porta do coégio. Queria saber como eu tinha ido, a matéria que tinha caído e se eu sabia fazer tudo. Não tive como não agradecer. Na semana seguinte a Tia Leda veio com as notas. 98. Ainda errei um sinalzinho que não me deixou tirar 100. Minha mãe, séria, reconheceu o esforço, mas não deixou de me chamar atenção pelo erro. Ainda disse que os próximos bimestres seriam trabalhados de igual maneira, pra recuperar aquela nota vermelha e garantir uma boa média no final do ano.
Por isso que eu digo: quando alguém confidencia uma derrota ou mesmo um desafio que está por vir, não espera que nos desesperemos. Espera um plano pra dar a volta, pra se reerguer, pra vencer. Guardei aquela lição pela vida. Embora achasse que tinha perdido impagáveis horas de diversão com os guris lá da rua, vi a recompensa no final do ano. E meu grande amigo e vizinho de muro, o Clayton, nunca deixou de me chamar lá no muro dos fundos do pátio pra conversar e brincar um pouco ao final do dia.
Traje da Balonê...
Tinha esquecido de dizer que fui com uma camisa "especial" nessa última Balonê. Comprei-a na tarde de sexta na Loja Bella, no centro. Umas 60 pessoas dentro da loja e só eu de homem. Disse pra tia vendedora não fazer mal juízo de mim, mas que era pra mim mesmo a camisa. Ela disse "não, nem pensei nada..!" Sei, sei.. Ainda me recomendou tirar as ombreiras e os frisos que tinham atrás. Tá aí ó...
Eu e o Pitoko no Tempero Rosa
Disse a ela que não podia ser assim. Ela era a primeira pessoa que devia demonstrar firmeza, equilíbrio e força de vontade. A bravura da mãe serviria de espelho pro guri, senão naquela ocasião, na próxima, pra devorar a matéria do próximo ano e ser motivo de orgulho para ela no colégio. Encararia aqueles exercícios de 2/3, 45º , e os vigésimos terceiros com a naturalidade que tinha pra dar o nó nos cadarços. E olha que antes de aprender a dar nó em cadarço parece tarefa das mais impossíveis.
Exercitando. Assim como tantas outras coisas da vida, entre elas a de amarrar os tênis, é a matemática, a bruxa. Minha mãe assim o fez comigo. No primeiro bimestre da quarta série tirei um 35. Em vermelho. Saiu no boletim. O boletim era de cartolina azul-claro. Notas acima de 50, azul, abaixo, vermelho. Nem aquele meus dois 100, obtidos com esmero em geografia e português eram suficientes pra desviar a atenção daquele sonoro e vermelho 35.
Dona Anair ficou uma fera. Mas não me xingou, não me bateu e nem chorou. A fúria dela era vista apenas nos olhos alicerçados naquele 35 e nos lábios, que pressionavam um ao outro com muita força.
Colocou ainda a culpa na professora, a Tia Leda.
- O quê que ela tá pensando! – disse em tom áspero ainda com os olhos fixos no boletim.
Negou-se a assinar o boletim e foi ter com a Tia Leda no dia seguinte. Com o mesmo ar sério, que não era natural dela – minha mãe é por natureza sorridente – enfrentou a professora e fez ela explicar o porquê daquela nota.
- Olha mãe (as professoras chamam a nossa mãe de mãe), o seu filho anda muito desatento. Ele esquece os sinais, andou comendo alguns números e tá fraco nas frações. É um guri inteligente, mas precisa se esforçar mais, fazer mais exercícios.
Acompanhei tudo ali do lado, com cara de guri cagado. A cada item que a Tia Leda falava me lançava um olhar de confirmação. Eu esboçava um sim com a cabeça. E assim foi. Era o primeiro bimestre, recém.
Minha mãe me puxou pra casa pela mão e quis revisar todas as minhas folhas mimeografadas de exercícios. Fez eu sentar à mesa da cozinha e refazer todos enquanto ela lavava a louça e fazia a comida. Todos os dias a cena se repetia: minha mãe preparando o almoço e eu ali estudando. Só podia parar quando o almoço ficasse pronto.
No dia da prova minha mãe ficou esperando lá na porta do coégio. Queria saber como eu tinha ido, a matéria que tinha caído e se eu sabia fazer tudo. Não tive como não agradecer. Na semana seguinte a Tia Leda veio com as notas. 98. Ainda errei um sinalzinho que não me deixou tirar 100. Minha mãe, séria, reconheceu o esforço, mas não deixou de me chamar atenção pelo erro. Ainda disse que os próximos bimestres seriam trabalhados de igual maneira, pra recuperar aquela nota vermelha e garantir uma boa média no final do ano.
Por isso que eu digo: quando alguém confidencia uma derrota ou mesmo um desafio que está por vir, não espera que nos desesperemos. Espera um plano pra dar a volta, pra se reerguer, pra vencer. Guardei aquela lição pela vida. Embora achasse que tinha perdido impagáveis horas de diversão com os guris lá da rua, vi a recompensa no final do ano. E meu grande amigo e vizinho de muro, o Clayton, nunca deixou de me chamar lá no muro dos fundos do pátio pra conversar e brincar um pouco ao final do dia.
Traje da Balonê...
Tinha esquecido de dizer que fui com uma camisa "especial" nessa última Balonê. Comprei-a na tarde de sexta na Loja Bella, no centro. Umas 60 pessoas dentro da loja e só eu de homem. Disse pra tia vendedora não fazer mal juízo de mim, mas que era pra mim mesmo a camisa. Ela disse "não, nem pensei nada..!" Sei, sei.. Ainda me recomendou tirar as ombreiras e os frisos que tinham atrás. Tá aí ó...
Eu e o Pitoko no Tempero Rosa
Monday, December 19, 2005
Final de ano da Vivo e Balonê...
Duas festas marcavam o final de semana: a de final de ano da Vivo e a Balonê especial de 4 anos.
A da Vivo foi só pra reencontrar os colegas que ficam tempo sem manter um contato. A cada ano diminui o público, seja por demissões ou por desânimo, e os atrativos da festa. Mal ou bem tivemos um show do Papas da Língua muito bom. Queria ter me atirado na piscina, mas só lembrei quando já tava dentro do táxi indo embora. Quase pedi pro motora voltar, mas achei que não valia mais a pena.
A Balonê do sábado sim, essa valeu! Balonê especial de 4 anos com motivo Cassino do Chacrinha. A Rita Cadilac mostrou que ainda dá um caldo e o Affonso Nigro, ex-Dominó animaram o pavilhão do DC lotado. Começamos na Padre Chagas um breve aquece com dois amigos que resolveram na última hora curtir a festa.
Como é bom estar numa festa onde só tocam músicas muito boas ao lado de pessoas que têm o mesmo gosto!
Tá quase acabando...
Mais um ano chega ao fim e nenhuma mudança mais relevante. Profissionalmente segui na mesma. Espero muito passar a festa de final de ano do ano que vem em outros ares. Ao final do ano que chega, quero também estar diante do último ano do jornalismo. Lá em casa segue tudo na boa. E eu..
- Ah sim.. não dá pra falar depois?
- Depois do quê? Não tem mais nada!
- Só sobrou eu?
- Sim.
- A maior parte das minhas lembranças diárias remetem às risadas dos amigos mais próximos. Lembro a todo momento de cada abraço apertado, de cada sorriso, dos olhares confidentes, dos micos, das caras sérias e preocupadas, dos desabafos. Lembro de tudo o que me aproximou mais de uns e talvez tenha afastado uns outros. Lembro e sinto a saudade de cada um deles, sabendo da importância dessa saudade pra que cada reencontro seja mais intenso. E o meu coração? “Não suporta mais.. bater assim tão descompassado, não entendo por que razão...” É fato que a cada ano parece que se criam mais barreiras egoístas, que privam de dividir felicidade, que com certeza se multiplica logo depois. Mas é também certo há consciência dessas barreiras, e aos poucos se abrem sinais, pistas para que sentimentos alheios adentrem. É quando se vê a quantidade de armadilhas que nós mesmos armamos e que acabam vitimando nós mesmos. Aos tropeços e machucados vai se tirando-as, uma a uma, à medida que se sente algo que faça por merecer. É difícil imaginar que guardiões protetores de castelos tão poderosos larguem, ambos, seus escudos. Talvez ainda se deparem com uma armadura.. que só consigam tirar fulminados, um pelo outro, pela confiança e encanto de um olhar, de palavras e pelo calor...
A da Vivo foi só pra reencontrar os colegas que ficam tempo sem manter um contato. A cada ano diminui o público, seja por demissões ou por desânimo, e os atrativos da festa. Mal ou bem tivemos um show do Papas da Língua muito bom. Queria ter me atirado na piscina, mas só lembrei quando já tava dentro do táxi indo embora. Quase pedi pro motora voltar, mas achei que não valia mais a pena.
A Balonê do sábado sim, essa valeu! Balonê especial de 4 anos com motivo Cassino do Chacrinha. A Rita Cadilac mostrou que ainda dá um caldo e o Affonso Nigro, ex-Dominó animaram o pavilhão do DC lotado. Começamos na Padre Chagas um breve aquece com dois amigos que resolveram na última hora curtir a festa.
Como é bom estar numa festa onde só tocam músicas muito boas ao lado de pessoas que têm o mesmo gosto!
Tá quase acabando...
Mais um ano chega ao fim e nenhuma mudança mais relevante. Profissionalmente segui na mesma. Espero muito passar a festa de final de ano do ano que vem em outros ares. Ao final do ano que chega, quero também estar diante do último ano do jornalismo. Lá em casa segue tudo na boa. E eu..
- Ah sim.. não dá pra falar depois?
- Depois do quê? Não tem mais nada!
- Só sobrou eu?
- Sim.
- A maior parte das minhas lembranças diárias remetem às risadas dos amigos mais próximos. Lembro a todo momento de cada abraço apertado, de cada sorriso, dos olhares confidentes, dos micos, das caras sérias e preocupadas, dos desabafos. Lembro de tudo o que me aproximou mais de uns e talvez tenha afastado uns outros. Lembro e sinto a saudade de cada um deles, sabendo da importância dessa saudade pra que cada reencontro seja mais intenso. E o meu coração? “Não suporta mais.. bater assim tão descompassado, não entendo por que razão...” É fato que a cada ano parece que se criam mais barreiras egoístas, que privam de dividir felicidade, que com certeza se multiplica logo depois. Mas é também certo há consciência dessas barreiras, e aos poucos se abrem sinais, pistas para que sentimentos alheios adentrem. É quando se vê a quantidade de armadilhas que nós mesmos armamos e que acabam vitimando nós mesmos. Aos tropeços e machucados vai se tirando-as, uma a uma, à medida que se sente algo que faça por merecer. É difícil imaginar que guardiões protetores de castelos tão poderosos larguem, ambos, seus escudos. Talvez ainda se deparem com uma armadura.. que só consigam tirar fulminados, um pelo outro, pela confiança e encanto de um olhar, de palavras e pelo calor...
Friday, December 16, 2005
Roubaram o carro do meu pai. E eu fui cúmplice...
Todo ano a gente vai pra Quintão. Eu não, apesar de já ter ido muito. Mas minha família todinha vai. E passa o verão todo lá na. Na Almirante Barroso, quadra E, esquina com a Tebas. Esse é o endereço que todos lá de casa sabem de cor de tanto ouvir minha mãe indicar a algum familiar por telefone. E eles vão! Pior que vão! Temos uma tia que chega a vir de Uruguaiana. A família da minha mãe é de Alegrete, mas uma boa parte se mudou desde cedo pra cidade da fronteira. Então essa minha tia, a Tia Lígia, pega o ônibus lá em Uruguaiana e enfrenta boas sete horas de BR290 pra veranear em... Quintão!
Não é de se admirar. A Tia Lígia traz a tira-colo o Tio Beto. Só vendo pra entender essa figura. Ele teve um derrame e tem os movimentos limitados, inclusive – e principalmente – os da fala. É gago em último grau, o Tio Beto. E ai de quem não de atenção a ele. Aí já dá pra imaginar um cenário.. verãozinho em Quintão, a mil metros da praia (cada quadra tem 200m, portanto.. A, B, C..) e com o Tio Beto de interlocutor. Santa Tia Lígia! Santa! Ela é uma graça de se ouvir e ver. Um metro e meio de puro sotaque portunhol. “Que tal” é o que ela usa pra dizer “como vai?”. Uma graça!
Foi num desses veraneios que roubamos o carro do meu pai. Um Opala! Eu digo roubamos porque tive que participar do ato ilícito. Estávamos lá, na maravilhosa praia de Quintão. Eu e a família buscapé toda. Pai, mãe, nós os filhos, meus sobrinhos e os dois cachorros. Meu pai teria que vir a Porto Alegre fazer uns exames de rotina, pra evitar outro infarto. Meu pai tinha um Opala. Um Opala que eu amava! Azul turqueza. Duas portas, quatro cilindros, 1974. Quando se fala de Opala pode esperar.. tu vai ouvir as informações de número de cilindros.. 4 ou 6, número de portas, ano e cor. Não tem como fugir.
Naquela época, já com a gasolina em preço elevado, meu pai decidiu vir à Capital de ônibus. Para caso de algum imprevisto nos deixou as chaves do Opala. Não que fosse pra sairmos com ele, muito pelo contrário.. ele não largava aquele carro pra ninguém! Eu era um guri.. devia ter lá meus doze anos. As gurias, minhas irmãs, recém tinham tirado a carteira e eram temerosas ao volante.
Não deu outra.. foi o pai sumir entre os cômoros* de areia da quadra D que já começou a função na garagem pra pegar o carro do pai e dar uma banda pela badalada Quintão. Pra fazer pegar já foi um parto. O azulão teimoso não pegava por nada. De certo sabia que não era por boa coisa que fariam a ignição do possante motor. Tãnanananananananãnã.. e nada!
- Raul, tu sabe como fazer pegar! – afirmava minha irmã mais velha.
Eu só balançava a cabeça negativamente. Não queria ser cúmplice do roubo do Opala do meu pai. Não adiantou muito. Tivemos que empurrar o bicho pela rua de areia em frente à nossa casa até ouvir o brluuuuuuuummmmmmmm... Quem conhece Opala sabe como é o barulho. Fechamos rapidinho a casa e entramos, os seis (minha mãe, as três irmãs e meu sobrinho) no Opalão. Fomos até o centro, as gurias abanaram pra vários surfistas e (quase) voltamos incólumes.
O maldito inventou de atolar! Pior que o Opala sempre atolava, mesmo com o pai. Mas quando estava lotado de bagagens. Só com pessoas, ainda que com seis era muito difícil. Mas enfim, atolou. As horas foram passando e o azulão lá, atolado! Em breve o pai chegaria, e se o carro não tivesse lá quietinho na garagem cabeças iam rolar. Bateu o pavor geral. Quatro mulheres, um guri de doze anos e um de cinco tirando areia da volta do pneu em vão...
Sempre digo que o meu santo é forte, imagina junto com o das minhas irmãs e da minha mãe.. um tiozinho saiu de uma casa com uma pá e nos socorreu. Voltamos pra casa com o Opala cheio de areia, mas voltamos. No fim da tarde meu pai chegou, e o recepcionamos com aquelas caras de quem fez arte. Naquela noite o preservamos e não falamos nada, apesar de ele suspeitar de que tínhamos aprontado alguma. Dias depois, talvez meses.. resolvemos contar. E ele ficou uma fúria.
Aí aprendi o que já sabia.. nunca mexer, muito menos roubar, um Opala!
* Dunas.
Não é de se admirar. A Tia Lígia traz a tira-colo o Tio Beto. Só vendo pra entender essa figura. Ele teve um derrame e tem os movimentos limitados, inclusive – e principalmente – os da fala. É gago em último grau, o Tio Beto. E ai de quem não de atenção a ele. Aí já dá pra imaginar um cenário.. verãozinho em Quintão, a mil metros da praia (cada quadra tem 200m, portanto.. A, B, C..) e com o Tio Beto de interlocutor. Santa Tia Lígia! Santa! Ela é uma graça de se ouvir e ver. Um metro e meio de puro sotaque portunhol. “Que tal” é o que ela usa pra dizer “como vai?”. Uma graça!
Foi num desses veraneios que roubamos o carro do meu pai. Um Opala! Eu digo roubamos porque tive que participar do ato ilícito. Estávamos lá, na maravilhosa praia de Quintão. Eu e a família buscapé toda. Pai, mãe, nós os filhos, meus sobrinhos e os dois cachorros. Meu pai teria que vir a Porto Alegre fazer uns exames de rotina, pra evitar outro infarto. Meu pai tinha um Opala. Um Opala que eu amava! Azul turqueza. Duas portas, quatro cilindros, 1974. Quando se fala de Opala pode esperar.. tu vai ouvir as informações de número de cilindros.. 4 ou 6, número de portas, ano e cor. Não tem como fugir.
Naquela época, já com a gasolina em preço elevado, meu pai decidiu vir à Capital de ônibus. Para caso de algum imprevisto nos deixou as chaves do Opala. Não que fosse pra sairmos com ele, muito pelo contrário.. ele não largava aquele carro pra ninguém! Eu era um guri.. devia ter lá meus doze anos. As gurias, minhas irmãs, recém tinham tirado a carteira e eram temerosas ao volante.
Não deu outra.. foi o pai sumir entre os cômoros* de areia da quadra D que já começou a função na garagem pra pegar o carro do pai e dar uma banda pela badalada Quintão. Pra fazer pegar já foi um parto. O azulão teimoso não pegava por nada. De certo sabia que não era por boa coisa que fariam a ignição do possante motor. Tãnanananananananãnã.. e nada!
- Raul, tu sabe como fazer pegar! – afirmava minha irmã mais velha.
Eu só balançava a cabeça negativamente. Não queria ser cúmplice do roubo do Opala do meu pai. Não adiantou muito. Tivemos que empurrar o bicho pela rua de areia em frente à nossa casa até ouvir o brluuuuuuuummmmmmmm... Quem conhece Opala sabe como é o barulho. Fechamos rapidinho a casa e entramos, os seis (minha mãe, as três irmãs e meu sobrinho) no Opalão. Fomos até o centro, as gurias abanaram pra vários surfistas e (quase) voltamos incólumes.
O maldito inventou de atolar! Pior que o Opala sempre atolava, mesmo com o pai. Mas quando estava lotado de bagagens. Só com pessoas, ainda que com seis era muito difícil. Mas enfim, atolou. As horas foram passando e o azulão lá, atolado! Em breve o pai chegaria, e se o carro não tivesse lá quietinho na garagem cabeças iam rolar. Bateu o pavor geral. Quatro mulheres, um guri de doze anos e um de cinco tirando areia da volta do pneu em vão...
Sempre digo que o meu santo é forte, imagina junto com o das minhas irmãs e da minha mãe.. um tiozinho saiu de uma casa com uma pá e nos socorreu. Voltamos pra casa com o Opala cheio de areia, mas voltamos. No fim da tarde meu pai chegou, e o recepcionamos com aquelas caras de quem fez arte. Naquela noite o preservamos e não falamos nada, apesar de ele suspeitar de que tínhamos aprontado alguma. Dias depois, talvez meses.. resolvemos contar. E ele ficou uma fúria.
Aí aprendi o que já sabia.. nunca mexer, muito menos roubar, um Opala!
* Dunas.
Wednesday, December 14, 2005
Mesa de bar: a mesa de reuniões pra fechar negócios mais eficaz...
Tá pra nascer um lugar onde se fecham mais negócios do que mesa de bar. É a pessoa sentar ali e pedir uma Polar gelada que começam a aflorar as idéias de comprar um carro, apartamento, mesa central pra sala... e da mesa da sala já se imagina a cozinha.. a churrasqueira.. pronto! Churrasco lá em casa amanhã. Sim, porque não são só negócios que surgem nas mesinhas de bar. As idéias vão desde viagens à Europa até um churrasquinho, passando, obviamente por um joguinho de futebol com aqueles amigos que não se vêem há uns cinco ou seis anos, como se fosse a coisa mais natural e prática do mundo reuni-los. É incrível, podem fazer o teste. Depois de algumas garrafas de ceva, pergunte os planos dos amigos que dividem a mesa para o próximo findi, para as férias, sobre o que fazer com o décimo terceiro... “vou trocar de carro”, “tô pensando em ir pra Porto Seguro..”, “Sou parceiro! Vamos juntos.. podemos ficar na casa de uma tia minha que mora lá!” E por aí vai. Geralmente já se sai do boteco com tudo esquematizado, menos com o telefone da pessoa com quem combinou. É divertido.
As fichas de ônibus estão quebrando...
A toda hora a Associação dos Transportadores de Passageiros inventa de mudar as fichas de ônibus de Porto Alegre. A desculpa é sempre a mesma: evitar a falsificação. Agora inventaram uma fichinha que muda de cor. Sim, essas com cor de avental de enfermeiro mesmo. Instalaram um dispositivo junto ao cobrador, onde ele coloca metade da fichinha verde-avental de enfermeiro e ela escurece. É uma espécie de resistência – tipo de chuveiro – que esquenta o VT, fazendo mudar de cor.
O problema é que já tive três VT quebrados. E não foi de ficar brincando, de deixá-los bater, nada! Simplesmente tirei-os do bolso assim. Tirei-os inteirinhos do saquinho e coloquei no bolso. Quando fui sacar do bolso pra entregar ao cobrador... só a metade! Aí tu fica com aquela cara de paisagem* e o cobrador, no mínimo, imaginando que tu achou aquele pedacinho na rua e vai tentar empurrar pra ele. A minha sorte é que sempre ando com algumas. Às vezes até penso se elas não ficam brigando dentro do bolso e acabam se quebrando. Fica então o recado pra ATP verificar o material de confecção dos vales.
* expressão larística que designa a pessoa que não tá entendendo nada
As fichas de ônibus estão quebrando...
A toda hora a Associação dos Transportadores de Passageiros inventa de mudar as fichas de ônibus de Porto Alegre. A desculpa é sempre a mesma: evitar a falsificação. Agora inventaram uma fichinha que muda de cor. Sim, essas com cor de avental de enfermeiro mesmo. Instalaram um dispositivo junto ao cobrador, onde ele coloca metade da fichinha verde-avental de enfermeiro e ela escurece. É uma espécie de resistência – tipo de chuveiro – que esquenta o VT, fazendo mudar de cor.
O problema é que já tive três VT quebrados. E não foi de ficar brincando, de deixá-los bater, nada! Simplesmente tirei-os do bolso assim. Tirei-os inteirinhos do saquinho e coloquei no bolso. Quando fui sacar do bolso pra entregar ao cobrador... só a metade! Aí tu fica com aquela cara de paisagem* e o cobrador, no mínimo, imaginando que tu achou aquele pedacinho na rua e vai tentar empurrar pra ele. A minha sorte é que sempre ando com algumas. Às vezes até penso se elas não ficam brigando dentro do bolso e acabam se quebrando. Fica então o recado pra ATP verificar o material de confecção dos vales.
* expressão larística que designa a pessoa que não tá entendendo nada
Monday, December 12, 2005
Água Doce...
Há dias que pedem um almoço especial. Pra mim quase todos, adoro saborear as delícias da culinária. Sexta era um dia desses, de um almoço especial. Escolhemos a cachaçaria Água Doce, que tem um belo cardápio de comida mineira.
Uma das coisas que mais gosto na Água Doce é a entrada. Ora um caldo de feijão, ora um caldo de ervilha.. fica ali a cumbuca, é só se servir. Bem quente e com uma pimenta das melhores que já provei pra dar o toque picante. Ótimo!
Estava eu comendo uma galinha caipira – entenda-se por galinha caipira a ave, e não uma rapariga da colônia – quando o telefone tocou. Era o Miojo..
- Raul, e aí meu velho!
- E aí, cara..
- Tá comendo?
- Tô.. mas pode falar
- Cara.. é o seguinte.. formatura em Cruz Alta, saímos amanhã ao meio-dia, chegamos lá pelas 17h, vamos pra colação e depois pro baile. Voltamos no domingo à tarde..
- Tá!
- Tá o quê?
- Tá! Vamos nessa!
- Sério? Tu vai?
- Ué.. tu não tá me convidando? Sou parceiro!
- Bah! Então tá.. já tenho até pousada reservada pra nós!
Churras de encerramento do ano...
Pronto, já tinha programa pro sábado, que estava em aberto. A sexta era a nossa festa de final de ano da galera. Prometia.. E eu ainda tinha uma prova. A última! Como resolvi passar em casa antes de ir pra Puc, acabei me atrasando.. tive que pegar um táxi pra chegar a tempo na prova. E cheguei. Pro meu espanto a prova (Jornalismo Online I) era muito mais fácil do que eu imaginava, e acabei-a em uns 8 minutos.
Saí com aquele alívio por ter a certeza de ter passado e fui pro churras. Encontrei o Amigo e abrimos os trabalhos lá na Associação, o palco da festa. Aos poucos a galera foi chegando e o churras tomando as devidas proporções. Não sei ao certo quantas pessoas tinham, mas deve ter beirado os 50. A hora mais esperada era a revelação do amigo secreto. Antes disso fiz o tradicional papel de barman das gurias. É legal ver como elas se aprimoram.. vodka mais catega e um pote especial, com tampa.. só pra confecção da caipira.
Revelamos os amigos.. (ganhei uma champagne) e invadimos o salão da festa do lado, que era bem maior e com a promessa – não cumprida – de que teria chopp liberado. Até que tinha, mas entupiu a porcaria da chopeira bem na hora que o tiozinho foi me servir. Mesmo assim ficamos ali.. curtindo o som da outra festa e buscando ceva no nosso quiosque.
Tava muito divertido, espero que tenham gostado.. principalmente quem não conhecia todos esses malucos num clima descontraído..
Finalizamos a noite no Habib’s, com show do Miojo dormindo sentado na mesa e a gente rindo muito..
Até foi bom ele dormir ali, ao meio-dia tínhamos que pegar a estrada pra Cruz Alta.
Rumo a Cruz Alta...
Acordei com a ligação do próprio Miojo, que disse que em seguida estaria passando lá em casa. Minha mãe já tinha preparado minha roupa de pingüim, era só tomar café e esperar. Em seguida ele chegou.. passamos no Bourbon, onde adquiri a Little Joaca, e seguimos a viagem.
Coisa bem boa viajar.. ainda mais com um amigo. Paisagem campestre, rock’n’roll e muita, muita, muita risada. Após quatro horas de asfalto chegávamos, finalmente, a Cruz Alta.
- Raul, a nossa pousada é a 2001.
- Como é que é?
- 2001, o nome da pousada..
- Bah, que nome.. (fiquei só imaginando o naipe do lugar..)
Pedimos informação a um Papai Noel, que ainda nos deu umas balinhas.. hahahhhahaha e pior que ele sabia onde era a Pousada 2001!
Como imaginávamos, parecia um motel de beira de estrada. Mas lá dentro tudo ajeitadinho.. limpinho e tals. Colocamos nossa fantasia de pingüim e fomos pro clube.
Já que passaríamos por um período de recesso alcóolico durante a colação, fizemos um pit stop na Lancheria Bom Gosto, no centro da cidade. Só um tiozinho tomando uma cachaça e ouvindo um som gaudério num radinho piscante.
Entramos no Clube Arranca e fomos procurar os convidados da formanda. E pro nosso espanto tinha um magrão bebendo uma lata de skol.. pra quê.. Lá foi o Miojo e voltou com duas. E assim seguimos, sem recesso nenhum.
O Clube muito legal.. o pátio que dava acesso às piscinas tava aberto. Bastante gente no lado de fora fugindo do calor. Ali o Miojo me contou algumas histórias do tempo que ele tocava na Banda Locomotiva e, por várias vezes, tocou ali no Arranca.
Depois curtimos um bom momento com o pai, a irmã dele e a sobrinha. Maria Carolina. 5 aninhos! Muito linda a pequenininha. O Seu Miojo muito atencioso também, figuraça!
Os momentos seguintes seguiram assim, com muita descontração, pessoas queridas, ceva bem gelada (óbvio), nós dois de pingüim e sempre muita risada. Tinha bastante colírio.. mas nenhuma delas com as covinhas...
Sem dúvida um final de semana pra ser guardado. Agradeci ao Miojo e aos seus por terem me convidado a compartilhar daquele momento tão especial. Serei grato pela vida!
A todos uma ótima semana!
Uma das coisas que mais gosto na Água Doce é a entrada. Ora um caldo de feijão, ora um caldo de ervilha.. fica ali a cumbuca, é só se servir. Bem quente e com uma pimenta das melhores que já provei pra dar o toque picante. Ótimo!
Estava eu comendo uma galinha caipira – entenda-se por galinha caipira a ave, e não uma rapariga da colônia – quando o telefone tocou. Era o Miojo..
- Raul, e aí meu velho!
- E aí, cara..
- Tá comendo?
- Tô.. mas pode falar
- Cara.. é o seguinte.. formatura em Cruz Alta, saímos amanhã ao meio-dia, chegamos lá pelas 17h, vamos pra colação e depois pro baile. Voltamos no domingo à tarde..
- Tá!
- Tá o quê?
- Tá! Vamos nessa!
- Sério? Tu vai?
- Ué.. tu não tá me convidando? Sou parceiro!
- Bah! Então tá.. já tenho até pousada reservada pra nós!
Churras de encerramento do ano...
Pronto, já tinha programa pro sábado, que estava em aberto. A sexta era a nossa festa de final de ano da galera. Prometia.. E eu ainda tinha uma prova. A última! Como resolvi passar em casa antes de ir pra Puc, acabei me atrasando.. tive que pegar um táxi pra chegar a tempo na prova. E cheguei. Pro meu espanto a prova (Jornalismo Online I) era muito mais fácil do que eu imaginava, e acabei-a em uns 8 minutos.
Saí com aquele alívio por ter a certeza de ter passado e fui pro churras. Encontrei o Amigo e abrimos os trabalhos lá na Associação, o palco da festa. Aos poucos a galera foi chegando e o churras tomando as devidas proporções. Não sei ao certo quantas pessoas tinham, mas deve ter beirado os 50. A hora mais esperada era a revelação do amigo secreto. Antes disso fiz o tradicional papel de barman das gurias. É legal ver como elas se aprimoram.. vodka mais catega e um pote especial, com tampa.. só pra confecção da caipira.
Revelamos os amigos.. (ganhei uma champagne) e invadimos o salão da festa do lado, que era bem maior e com a promessa – não cumprida – de que teria chopp liberado. Até que tinha, mas entupiu a porcaria da chopeira bem na hora que o tiozinho foi me servir. Mesmo assim ficamos ali.. curtindo o som da outra festa e buscando ceva no nosso quiosque.
Tava muito divertido, espero que tenham gostado.. principalmente quem não conhecia todos esses malucos num clima descontraído..
Finalizamos a noite no Habib’s, com show do Miojo dormindo sentado na mesa e a gente rindo muito..
Até foi bom ele dormir ali, ao meio-dia tínhamos que pegar a estrada pra Cruz Alta.
Rumo a Cruz Alta...
Acordei com a ligação do próprio Miojo, que disse que em seguida estaria passando lá em casa. Minha mãe já tinha preparado minha roupa de pingüim, era só tomar café e esperar. Em seguida ele chegou.. passamos no Bourbon, onde adquiri a Little Joaca, e seguimos a viagem.
Coisa bem boa viajar.. ainda mais com um amigo. Paisagem campestre, rock’n’roll e muita, muita, muita risada. Após quatro horas de asfalto chegávamos, finalmente, a Cruz Alta.
- Raul, a nossa pousada é a 2001.
- Como é que é?
- 2001, o nome da pousada..
- Bah, que nome.. (fiquei só imaginando o naipe do lugar..)
Pedimos informação a um Papai Noel, que ainda nos deu umas balinhas.. hahahhhahaha e pior que ele sabia onde era a Pousada 2001!
Como imaginávamos, parecia um motel de beira de estrada. Mas lá dentro tudo ajeitadinho.. limpinho e tals. Colocamos nossa fantasia de pingüim e fomos pro clube.
Já que passaríamos por um período de recesso alcóolico durante a colação, fizemos um pit stop na Lancheria Bom Gosto, no centro da cidade. Só um tiozinho tomando uma cachaça e ouvindo um som gaudério num radinho piscante.
Entramos no Clube Arranca e fomos procurar os convidados da formanda. E pro nosso espanto tinha um magrão bebendo uma lata de skol.. pra quê.. Lá foi o Miojo e voltou com duas. E assim seguimos, sem recesso nenhum.
O Clube muito legal.. o pátio que dava acesso às piscinas tava aberto. Bastante gente no lado de fora fugindo do calor. Ali o Miojo me contou algumas histórias do tempo que ele tocava na Banda Locomotiva e, por várias vezes, tocou ali no Arranca.
Depois curtimos um bom momento com o pai, a irmã dele e a sobrinha. Maria Carolina. 5 aninhos! Muito linda a pequenininha. O Seu Miojo muito atencioso também, figuraça!
Os momentos seguintes seguiram assim, com muita descontração, pessoas queridas, ceva bem gelada (óbvio), nós dois de pingüim e sempre muita risada. Tinha bastante colírio.. mas nenhuma delas com as covinhas...
Sem dúvida um final de semana pra ser guardado. Agradeci ao Miojo e aos seus por terem me convidado a compartilhar daquele momento tão especial. Serei grato pela vida!
A todos uma ótima semana!
Friday, December 09, 2005
Eu já fui consultor sentimental...
Roberto vivia nos bares da vida. E vivia de bem com a vida. Sabia que eu era sempre parceiro pra dividir mesas de bares, boas risadas e até desabafos, se fosse o caso. Não importava a hora, se não tivesse impedimento eu sempre seria companhia pra ele.
Naquela noite eu tava em casa, desfrutando um pouco do convívio do pai e da mãe e, ingenuamente achando que fosse dormir cedo.
- Raulzinho, teu telefone tá tocando!
- Tá, mãe! Já vou atender..
- E aí, Raul!
- E aí, Roberto! Beleza?
- Beleza! Onde tu anda?
- To em casa..
- Mas como em casa? Vem pra cá.. tô aqui num barzinho.. no Raupental
- Hum.. onde é que fica?
- Aqui na Lucas, vem pra cá!
- Tá bom, tá bom..segura aí que eu já vou..
- Tá.. vou te esperar.. me diz uma coisa: tu tá com a tua espada de São Jorge?
- Hahahahahahahahhaa.. não!
- Então pega ela e vem, que tem três feias pra nós!
- Não.. vou pela parceria.. nada de espada!
Tomei um banho e fui até o ponto de táxi do Bourbon. Antes passei na carrocinha de cachorro-quente e peguei uma cerveja.
- Vocês têm cerveja?
- Tem sim, moço!
- Me dá uma.. quanto é?
- Dois reais. Quantas tu quer?
- Uma só.. ó tenho trocado!
- Obrigado.. não vai experimentar o nosso cachorro? É delicioso! – Afirmou a tia da carrocinha de um jeito que me deu água na boca. Isso que eu nem sou muito de cachorro-quente.
- Obrigado, mas estou com pressa.. outra hora eu passo aqui pra saboreá-lo!
- Tá bom, tchau, moço!
- Tchau tia!
Caminhei até o ponto com a lata..
- Táxi, magrão?
- Isso! Tu te importas que eu vá bebendo?
- Não, claro que não.. pode entrar!
- Vamos pra onde?
- Lucas.. perto da Felipe..
- Sei..
- Raupental, sabe?
- Sei sim!
No caminho ficava imaginando o que o Roberto estaria aprontando. Boa coisa certo que não era. Certo que não era. Cheguei no tal do Raupental e liguei pra ele. Me disse que tava numa mesinha na rua. Achei-o. Ele e as três moças, devidamente desprovidas de belos traços.
- Aí, Rauuuuuul!!!! Amigão!!!!
- E aí Roberto!
- Que bom que tu veio, cara! Deixa eu te apresentar minhas amigas.
A primeira foi a única que levantou. Beatriz. Fomos apresentados e ela voltou a sentar-se. As demais cumprimentei de longe. Me convidaram pra sentar ali, mas como tinham uns amigos numa outra mesa fui lá dar oi pra eles e acabei ficando por lá mesmo.
Volta e meia olhávamos pra mesa do Roberto. Ele sempre lá.. compenetrado no papo com as moças. Quando percebia que a gente tava olhando lançava um sorriso e erguia o copo, fazendo alusão a um brinde.
A Sandi, o Bernardo e a Lara davam risada do Roberto.
- Olha lá.. ele colocou a mão na perna dela! – observou a Lara.
Quando o Roberto foi no Banheiro, a Beatriz veio até a nossa mesa.
- Gente, tudo bem?
- Tudo bem!
- Gente.. esse amigo de vocês, eu preciso saber mais dele..
- Olha, nós somos suspeitos – falei – só vamos falar coisas boas dele!
- Pois é.. gostei dele. Achei um amor!
- Então?
- Então que eu tenho medo!
Ele voltou do banheiro e ela voltou pra outra mesa. O que será que a amedrontava? Uma vez que tinha achado ele “um amor!” Acabou que o Roberto foi embora e ficamos todos lá: eu na mesa com as gurias e o Bernardo e as três moças na mesa delas.
Mas a Beatriz não se conteve. Aproximou-se de novo da nossa mesa e começou a desabafar. Tinha medo de passar uma noite maravilhosa com o nosso amigo, já que ele demostrara ser tão amável, e depois não rolar mais nada.
- Se eu fico com ele hoje e é bom.. vou querer vê-lo de novo, tu não acha?
- Acho!
- Aí amanhã ele tem um compromisso.. depois de amanhã não pode, no outro dia inventa alguma outra coisa... aí eu não vou gostar.. quero preservar esse doce que ele é..
- Mas moça.. calma, calma! Tu não pode ser assim. Não vou dizer que tu deva fazer o que não está afim.. mas vou te dizer uma coisa: Eu sempre digo.. o sexo, é um prazer sem igual, é maravilhoso, é.. aquilo de tão bom que tu sabe.. mas mais prazeroso que o sexo é o que o antecede.. o beijo! O beijo quente, fogoso.. ardente.. numa certeza incerta de algo que ainda não aconteceu, mas que se sabe.. vai ser bom. E há ainda.. num âmbito muito maior, muito além da esfera homem-mulher, que é o abraço.. esse sim, é fonte inesgotável de prazer capaz de unir cada vez mais forte o laço que existe, seja ele homem-mulher, amigo.. pai, mãe, filho... depende o que tu queres.. só não viva o hoje em função do amanhã.. a gente deve pensar no futuro sim, mas a hora de ser feliz é agora! Sempre!
Naquela noite eu tava em casa, desfrutando um pouco do convívio do pai e da mãe e, ingenuamente achando que fosse dormir cedo.
- Raulzinho, teu telefone tá tocando!
- Tá, mãe! Já vou atender..
- E aí, Raul!
- E aí, Roberto! Beleza?
- Beleza! Onde tu anda?
- To em casa..
- Mas como em casa? Vem pra cá.. tô aqui num barzinho.. no Raupental
- Hum.. onde é que fica?
- Aqui na Lucas, vem pra cá!
- Tá bom, tá bom..segura aí que eu já vou..
- Tá.. vou te esperar.. me diz uma coisa: tu tá com a tua espada de São Jorge?
- Hahahahahahahahhaa.. não!
- Então pega ela e vem, que tem três feias pra nós!
- Não.. vou pela parceria.. nada de espada!
Tomei um banho e fui até o ponto de táxi do Bourbon. Antes passei na carrocinha de cachorro-quente e peguei uma cerveja.
- Vocês têm cerveja?
- Tem sim, moço!
- Me dá uma.. quanto é?
- Dois reais. Quantas tu quer?
- Uma só.. ó tenho trocado!
- Obrigado.. não vai experimentar o nosso cachorro? É delicioso! – Afirmou a tia da carrocinha de um jeito que me deu água na boca. Isso que eu nem sou muito de cachorro-quente.
- Obrigado, mas estou com pressa.. outra hora eu passo aqui pra saboreá-lo!
- Tá bom, tchau, moço!
- Tchau tia!
Caminhei até o ponto com a lata..
- Táxi, magrão?
- Isso! Tu te importas que eu vá bebendo?
- Não, claro que não.. pode entrar!
- Vamos pra onde?
- Lucas.. perto da Felipe..
- Sei..
- Raupental, sabe?
- Sei sim!
No caminho ficava imaginando o que o Roberto estaria aprontando. Boa coisa certo que não era. Certo que não era. Cheguei no tal do Raupental e liguei pra ele. Me disse que tava numa mesinha na rua. Achei-o. Ele e as três moças, devidamente desprovidas de belos traços.
- Aí, Rauuuuuul!!!! Amigão!!!!
- E aí Roberto!
- Que bom que tu veio, cara! Deixa eu te apresentar minhas amigas.
A primeira foi a única que levantou. Beatriz. Fomos apresentados e ela voltou a sentar-se. As demais cumprimentei de longe. Me convidaram pra sentar ali, mas como tinham uns amigos numa outra mesa fui lá dar oi pra eles e acabei ficando por lá mesmo.
Volta e meia olhávamos pra mesa do Roberto. Ele sempre lá.. compenetrado no papo com as moças. Quando percebia que a gente tava olhando lançava um sorriso e erguia o copo, fazendo alusão a um brinde.
A Sandi, o Bernardo e a Lara davam risada do Roberto.
- Olha lá.. ele colocou a mão na perna dela! – observou a Lara.
Quando o Roberto foi no Banheiro, a Beatriz veio até a nossa mesa.
- Gente, tudo bem?
- Tudo bem!
- Gente.. esse amigo de vocês, eu preciso saber mais dele..
- Olha, nós somos suspeitos – falei – só vamos falar coisas boas dele!
- Pois é.. gostei dele. Achei um amor!
- Então?
- Então que eu tenho medo!
Ele voltou do banheiro e ela voltou pra outra mesa. O que será que a amedrontava? Uma vez que tinha achado ele “um amor!” Acabou que o Roberto foi embora e ficamos todos lá: eu na mesa com as gurias e o Bernardo e as três moças na mesa delas.
Mas a Beatriz não se conteve. Aproximou-se de novo da nossa mesa e começou a desabafar. Tinha medo de passar uma noite maravilhosa com o nosso amigo, já que ele demostrara ser tão amável, e depois não rolar mais nada.
- Se eu fico com ele hoje e é bom.. vou querer vê-lo de novo, tu não acha?
- Acho!
- Aí amanhã ele tem um compromisso.. depois de amanhã não pode, no outro dia inventa alguma outra coisa... aí eu não vou gostar.. quero preservar esse doce que ele é..
- Mas moça.. calma, calma! Tu não pode ser assim. Não vou dizer que tu deva fazer o que não está afim.. mas vou te dizer uma coisa: Eu sempre digo.. o sexo, é um prazer sem igual, é maravilhoso, é.. aquilo de tão bom que tu sabe.. mas mais prazeroso que o sexo é o que o antecede.. o beijo! O beijo quente, fogoso.. ardente.. numa certeza incerta de algo que ainda não aconteceu, mas que se sabe.. vai ser bom. E há ainda.. num âmbito muito maior, muito além da esfera homem-mulher, que é o abraço.. esse sim, é fonte inesgotável de prazer capaz de unir cada vez mais forte o laço que existe, seja ele homem-mulher, amigo.. pai, mãe, filho... depende o que tu queres.. só não viva o hoje em função do amanhã.. a gente deve pensar no futuro sim, mas a hora de ser feliz é agora! Sempre!
Wednesday, December 07, 2005
Presentes...
Tenho uma vontade incontida de dar presentes. Olho pra todas as vitrines do shopping e imagino ali, em cada item exposto, um possível presente. Um sorriso e um abraço de quem imaginei presentear.
Se minha situação financeira permitisse viveria presenteando meus amigos. Sempre vejo coisas que têm a ver com algum deles.
Talvez isso tenha um significado na minha infância. Acho que muita coisa do nosso comportamento tem uma razão escondida em algum lugar. Quando criança, meus vizinhos todos eram mais abastados, e viviam se exibindo com seus carrinhos de controle remoto e videogames sempre de última geração. Uma vez cheguei a chorar pra minha mãe me dar um videogame. Meu pai sempre foi avesso a brinquedos. O negócio era comida na mesa. O resto era frescura. Tadinha da minha mãe.. o dinheiro que ela fazia de caixa dois com a verba do rancho não dava pra comprar regalos tão caros.
Ainda bem que hoje, depois de adulto, sei sim, a importância de dar um presente. E que o prazer disso não está no preço que esse presente custa, mas no carinho que ele representa.
Adoro presentear affairs também. Adoro flores! Adoro dar flores. Mas também, sou altamente controlado. Não gosto de sair por aí distribuindo bouquets a esmo. Flores são, pra mim, uma das essências de um relacionamento gostoso, bom, divertido e cultivado.
O gosto pelas flores, esse sim, veio do meu pai. Ele sempre cultivou flores no jardim lá de casa. E quando eu não trabalhava, e passava o dia todo na volta dele, muitas vezes ajudei-o a cuidar do jardim. Mexia na terra, fazia os canteiros e podava alguns galhinhos desobedientes das roseiras.
A última pessoa que senti vontade de dar flores foi uma ex, mas como ela disse que não gostava.. deixei por mais um tempo sufocada a minha vontade.
Dia desses ainda comentei com uma amiga que estava sentindo falta disso, de dar flores. E não é que ela disse que podia presentear a ela!? “Sempre que tu quiseres podes me dar flores, vou adorar!” Agora eu não tinha desculpa!
Voltando aos presentes.. uma vez comprei um perfume e deixei guardado pra dar de presente pra alguma menina. Eu tava na oitava série, e guardei aquele perfume do Boticário por longos anos, até reslver presentear uma guria que eu gostava e que nunca cheguei a dar um beijo. Mas senti prazer em dar aquele perfume.
Isso! Prazer! A relação que tenho com presentes e flores é de prazer, e não a vontade ou necessidade de ser presenteado.
Ontem tive que trabalhar perto do Shopping Praia de Belas, e resolvi almoçar ali. Pra quê? Esse clima já de Natal nas lojas... bah!
Não quero nem saber.. mais de um ano sem presentear uma moça! Vê se isso é rapaz que se apresente! Mas como já disse.. presentear por presentear não tem graça. É preciso existir uma relação de carinho. E tomara que eu não esteja errado...
Não estou! Sei que não...
Se minha situação financeira permitisse viveria presenteando meus amigos. Sempre vejo coisas que têm a ver com algum deles.
Talvez isso tenha um significado na minha infância. Acho que muita coisa do nosso comportamento tem uma razão escondida em algum lugar. Quando criança, meus vizinhos todos eram mais abastados, e viviam se exibindo com seus carrinhos de controle remoto e videogames sempre de última geração. Uma vez cheguei a chorar pra minha mãe me dar um videogame. Meu pai sempre foi avesso a brinquedos. O negócio era comida na mesa. O resto era frescura. Tadinha da minha mãe.. o dinheiro que ela fazia de caixa dois com a verba do rancho não dava pra comprar regalos tão caros.
Ainda bem que hoje, depois de adulto, sei sim, a importância de dar um presente. E que o prazer disso não está no preço que esse presente custa, mas no carinho que ele representa.
Adoro presentear affairs também. Adoro flores! Adoro dar flores. Mas também, sou altamente controlado. Não gosto de sair por aí distribuindo bouquets a esmo. Flores são, pra mim, uma das essências de um relacionamento gostoso, bom, divertido e cultivado.
O gosto pelas flores, esse sim, veio do meu pai. Ele sempre cultivou flores no jardim lá de casa. E quando eu não trabalhava, e passava o dia todo na volta dele, muitas vezes ajudei-o a cuidar do jardim. Mexia na terra, fazia os canteiros e podava alguns galhinhos desobedientes das roseiras.
A última pessoa que senti vontade de dar flores foi uma ex, mas como ela disse que não gostava.. deixei por mais um tempo sufocada a minha vontade.
Dia desses ainda comentei com uma amiga que estava sentindo falta disso, de dar flores. E não é que ela disse que podia presentear a ela!? “Sempre que tu quiseres podes me dar flores, vou adorar!” Agora eu não tinha desculpa!
Voltando aos presentes.. uma vez comprei um perfume e deixei guardado pra dar de presente pra alguma menina. Eu tava na oitava série, e guardei aquele perfume do Boticário por longos anos, até reslver presentear uma guria que eu gostava e que nunca cheguei a dar um beijo. Mas senti prazer em dar aquele perfume.
Isso! Prazer! A relação que tenho com presentes e flores é de prazer, e não a vontade ou necessidade de ser presenteado.
Ontem tive que trabalhar perto do Shopping Praia de Belas, e resolvi almoçar ali. Pra quê? Esse clima já de Natal nas lojas... bah!
Não quero nem saber.. mais de um ano sem presentear uma moça! Vê se isso é rapaz que se apresente! Mas como já disse.. presentear por presentear não tem graça. É preciso existir uma relação de carinho. E tomara que eu não esteja errado...
Não estou! Sei que não...
Monday, December 05, 2005
Show da Gilez...
Quando a gente tava indo embora do churras de quinta, o pessoal da segunda banda, que tocou Beatles, nos convidou pra assistir ao show deles no Vermelho 23, na sexta. Nem pensei duas vezes, falei que ia.. e fomos, eu, o Miojo e o Dudi.
Depois de um percalço fui pra casa do Dudi fazer um aquece. O Miojo já tava lá..
- Óh.. barulho de garrafa subindo! - disse ele ao Dudi. Era eu, com três garrafas de Bohemia escura.
Entrei e ficamos bebendo e curtindo “coisas” de Beatles que é o que não falta na casa do Dudi.. demos muita risada com uns sites e ouvimos ótimo som.
Eram as preliminares de uma noite que fez eu dizer que foi um dos melhores dias da minha vida. Explico.
Saímos da casa do Dudi bem embalados. Entramos no Vermelho 23 como se estivéssemos entrando na casa de um amigo. A banda tava se preparando pra começar a tocar. Como não tinha mesa livre perto do palco ficamos em pé mesmo. O Dudi tava bem locão e começou a baixar a ceva de duas em duas.
Não demorou muito e a banda begins to play...
Meu pai.. (como diria o Miojo..)
Eles tocaram Help e Rubber Soul na íntegra!! Faixa por faixa!! Executaram muito bem todas as músicas, num clima descontraído e um carisma ímpar. Cantamos, os três, a maioria das músicas numa empolgação sem tamanho. Não me contive, mandei uma mensagem pros dois na hora.. “Obrigado por me proporcionarem um dos melhores dias da minha vida. In my life, I love you more”
Esse é o finalzinho de In my life, que eles também tocaram. Pra finalizar convidaram o Miojo e ele deu uma palhinha do seu talento. Muito bom mesmo!
Como nóis não é fraco.. saímos dali e adentramos no Azimute. Só eu e o Miojo, uma vez que o Dudi fugiu de táxi pra casa alegando elevado grau alcóolico. Ainda bem que o Miojo não é assim.. fez eu dar muita risada no xis depois.
O garçom trouxe o xis num prato, com o garfo e a faca cravados em cima. Ele me olhou com aquela cara de olhos caídos, pegou o prato com as duas mãos e levou-o a boca, comendo como um cachorro. O garfo e a faca ali, cravados! Que cena!
Um frio na espinha faz valer...
Aquela camiseta verde do Cebolinha não saía da minha cabeça. Lembrei que uma vez ganhei do meu melhor amigo um almanaque do Cebolinha. Tinha a capa branca e era bem grosso. Umas 100 páginas de pura diversão. Eu devia ter uns 12 anos, na época.. e me deliciava com aqueles quadrinhos do Maurício. Ficava pensando como podiam fazer tantos desenhos e tão bem, e ainda por cima com hitorinhas muito bem escritas que me faziam viajar... E eis que agora estava eu diante de uma camiseta do Cebolinha. Verde! Modelando traços que a tiazinha que a costurou jamais imaginara. Ou sim... Acho que quando a gente faz alguma coisa, projeta o seu uso. Quando uma casa é feita, as pessoas que nela trabalharam imaginaram ali, uma família feliz morando. Imagino que aqueles vestidos lindíssimos que enfeitam as vitrines do Iguatemi são desenhados e cosidos, inspirados em beldades, ainda que fictícias.
Mas aquela camiseta.. Não sei.. inspirada ou não, ali estava ela, depois de uma espera que durou o tempo certo, a cobrir os traços de uma encantadora silhueta. Silhueta essa que vestia, agora, uma blusa que chamei de noite estrelada. Era negra e cheia de brilhozinhos.. como pequeninas estrelas cheias de brilho naquele céu tão escuro.
E pensar que tudo isso foi motivado pelo frio na espinha da vez da camiseta verde, e que agora me contemplara com aquele céu...
Depois de um percalço fui pra casa do Dudi fazer um aquece. O Miojo já tava lá..
- Óh.. barulho de garrafa subindo! - disse ele ao Dudi. Era eu, com três garrafas de Bohemia escura.
Entrei e ficamos bebendo e curtindo “coisas” de Beatles que é o que não falta na casa do Dudi.. demos muita risada com uns sites e ouvimos ótimo som.
Eram as preliminares de uma noite que fez eu dizer que foi um dos melhores dias da minha vida. Explico.
Saímos da casa do Dudi bem embalados. Entramos no Vermelho 23 como se estivéssemos entrando na casa de um amigo. A banda tava se preparando pra começar a tocar. Como não tinha mesa livre perto do palco ficamos em pé mesmo. O Dudi tava bem locão e começou a baixar a ceva de duas em duas.
Não demorou muito e a banda begins to play...
Meu pai.. (como diria o Miojo..)
Eles tocaram Help e Rubber Soul na íntegra!! Faixa por faixa!! Executaram muito bem todas as músicas, num clima descontraído e um carisma ímpar. Cantamos, os três, a maioria das músicas numa empolgação sem tamanho. Não me contive, mandei uma mensagem pros dois na hora.. “Obrigado por me proporcionarem um dos melhores dias da minha vida. In my life, I love you more”
Esse é o finalzinho de In my life, que eles também tocaram. Pra finalizar convidaram o Miojo e ele deu uma palhinha do seu talento. Muito bom mesmo!
Como nóis não é fraco.. saímos dali e adentramos no Azimute. Só eu e o Miojo, uma vez que o Dudi fugiu de táxi pra casa alegando elevado grau alcóolico. Ainda bem que o Miojo não é assim.. fez eu dar muita risada no xis depois.
O garçom trouxe o xis num prato, com o garfo e a faca cravados em cima. Ele me olhou com aquela cara de olhos caídos, pegou o prato com as duas mãos e levou-o a boca, comendo como um cachorro. O garfo e a faca ali, cravados! Que cena!
Um frio na espinha faz valer...
Aquela camiseta verde do Cebolinha não saía da minha cabeça. Lembrei que uma vez ganhei do meu melhor amigo um almanaque do Cebolinha. Tinha a capa branca e era bem grosso. Umas 100 páginas de pura diversão. Eu devia ter uns 12 anos, na época.. e me deliciava com aqueles quadrinhos do Maurício. Ficava pensando como podiam fazer tantos desenhos e tão bem, e ainda por cima com hitorinhas muito bem escritas que me faziam viajar... E eis que agora estava eu diante de uma camiseta do Cebolinha. Verde! Modelando traços que a tiazinha que a costurou jamais imaginara. Ou sim... Acho que quando a gente faz alguma coisa, projeta o seu uso. Quando uma casa é feita, as pessoas que nela trabalharam imaginaram ali, uma família feliz morando. Imagino que aqueles vestidos lindíssimos que enfeitam as vitrines do Iguatemi são desenhados e cosidos, inspirados em beldades, ainda que fictícias.
Mas aquela camiseta.. Não sei.. inspirada ou não, ali estava ela, depois de uma espera que durou o tempo certo, a cobrir os traços de uma encantadora silhueta. Silhueta essa que vestia, agora, uma blusa que chamei de noite estrelada. Era negra e cheia de brilhozinhos.. como pequeninas estrelas cheias de brilho naquele céu tão escuro.
E pensar que tudo isso foi motivado pelo frio na espinha da vez da camiseta verde, e que agora me contemplara com aquele céu...
Friday, December 02, 2005
Falta de noção... (ou cara de pau mesmo)
Por vezes pensamos o que pode estar passando na cabeça de outrém. Ficamos intrigados com muitas atitudes alheias. Eu, ontem, não conseguia parar de pensar nos manés (metidos a malandro) que vão pra um churras da galera, onde cada um leva uma cota razoável de ceva e carne, e não respeitam essa regra.
Ora, se eu imagino que vou beber 4 latas.. tenho que levar elo menos 4! Não sei se pensam que 4 pode ser uma quantia irrisória.. vai saber!
Aí chega 1h da manhã e acaba a merenda! Vai tomar no c*! Aí tem toda aquela função de arrecadar grana.. que é uma m. quem levou uma quantia razoável não quer mais dar dinheiro, o esperto q não levou disse que já parou de beber.. e assim vai... achar alguém que se disponha a buscar.. pegar ceva no posto, que é muito mais caro...
Resultado: levei uma caixinha de 12 (que uma pessoa não bebe sozinha) e marchei com mais dez pila. Bom né?
Não gosto desses melindres.. parece mesquinharia, mas é foda!
Festa de aRivorsário do Miojo...
Pois foi esse churras que falei agora. Bom do início ao fim! Dessa vez quem deu show na guitarra foi o próprio aniversariante. Algumas clássicas dos Beatles, passando por Pretty Woman e outras do gênero. Muito bom!
Pra terem uma idéia da criatividade desse maluco, uma amiga nossa repassou um daqueles emails tipo “nova modalidade de assalto..”, “novo golpe na praça..”, “como salvar a pessoa com uma faca cravada no peito..” O que ela mandou era “Utilidade Pública: COMO RECONHECER UM DERRAME”, transcrevo-o abaixo, seguido da resposta do Miojo, que me fez sentir dores abdominais e soluçar de tanto rir...
"UTILIDADE, NÃO LOCAL PÚBLICO, HEIN?? MENTES BRILHANTES!
Durante um churrasco uma amiga tropeçou e caiu - ela assegurou a todos que estava muito bem (ofereceram chamar um medico) e que havia apenas tropeçado sobre um tijolo por causa de seus sapatos novos. O marido de Ingrid ligou mais tarde dizendo a todos que sua esposa tinha sido levada ao hospital, Ingrid faleceu... ela sofrera um derrame no churrasco - se eles tivessem sabido identificar os sinais do derrame talvez Ingrid estivesse conosco hoje.
Reconhecendo um derrame
Um neurologista diz que se puder chegar a uma vítima de derrame dentro de 3 horas pode reverter totalmente os efeitos desse derrame ... totalmente! Disse que o truque era ter um derrame reconhecido e diagnosticado, e chegar ao paciente dentro de 3 horas , o que é dificil.
Às vezes os sintomas de um derrame são difíceis de identificar. Infelizmente, a falta da consciência leva ao desastre. A vítima do derrame pode sofrer danos no cérebro quando as pessoas próximas falham em reconhecer os sintomas do derrame.
Os médicos dizem que um observador pode reconhecer um derrame fazendo três simples ações:
1. * Peça o indivíduo para SORRIR.
2. * Peça que LEVANTE AMBOS OS BRAÇOS.
3. * Peça que a pessoa FALE uma SENTENÇA SIMPLES (coerentemente ) (i.e."o
dia está ensolarado)
se a pessoa tiver problema com as qualquer dessas tarefas, chame um médico imediatamente e descreva os sintomas que constatou.
Um cardiologista diz que se todos que receberem este e-mail o enviarem a 10 pessoas, você pode apostar que ao menos uma vida será conservada.
SEJA UM AMIGO E COMPARTILHE ESTE ARTIGO COM TANTOS AMIGOS QUANTO POSSÍVEL, você pode salvar suas vidas."
Resposta do Miojo:
INUTILIDADE PÚBLICA - COMO RECONHECER UM DERRAME (importante)
"Desculpe mas eu não me guentei, os sintomas são os mesmos para reconhecer um
bêbado, se alguém tivesse me pedido para fazer essas coisas no domingo,certamente eu teria sido levado para o hospital, não para o ônibus.
Beijos
Miojo Jr
P.S. Leiam o e-mail abaixo, por favor... e para mostrar que eu sou um cara consciente mas, não desperdiço uma piada, vou colocar esse link para quem quiser se aprofundar no assunto real.
Durante um churrasco um amigo tropeçou e deixou DERRAMAR CERVEJA do seu copo - ele assegurou a todos que estava muito bem (ofereceram água com açúcar, ele disse: - ta loco) e que havia apenas tropeçado sobre um tijolo por causa de seus sapatos novos.
A esposa de Miojo ligou mais tarde dizendo a todos que seu marido tinha sido levado ao ônibus, Miojo, dormiu... ele derramou seu copo no churrasco – se eles tivessem sabido identificar os sinais do derrame talvez Miojo não tivesse desperdiça-do este líquido precioso e ele estaria conosco hoje.
Reconhecendo um bêbado e salvando um derrame:
Um Tragorologista diz que se puder chegar a um copo derramado dentro de 3 horas não pode reverter totalmente os efeitos desse derrame mas pode sim, salvar outros copos que seriam derramados ... totalmente!
Disse que o truque era ter o Bêbado reconhecido e diagnosticado, o que é difícil nesses churras, porque bêbado, dicilmente reconhece bêbado - (Cu de bêbado não tem dono, mas, se todos estão bêbados... de quem é o cu?), Às vezes os sintomas de um derrame são difíceis de identificar. Infelizmente, a falta da consciência dos outros Bêbados, leva ao desastre. A vítima do derrame, a cerveja, pode acabar.
Os Tragorologistas dizem que um observador pode reconhecer um derrame fazendo três simples ações:
1. * Peça o indivíduo para SORRIR.
2. * Peça que LEVANTE AMBOS OS BRAÇOS.
3. * Peça que a pessoa FALE uma SENTENÇA SIMPLES (coerentemente ) (i.e."o
dia está ensolarado)
se a pessoa tiver problema com qualquer dessas tarefas, leva-a para o ônibus
imediatamente e descreva os sintomas que constatou.
Um tragorologista diz que se todos que receberem este e-mail o enviarem a 10 pessoas, você pode apostar que ao menos uma cerveja, nessa quinta, será conservada.
SEJA UM BÊBADO CONSCIENTE E COMPARTILHE ESTE ARTIGO COM TANTOS BÊBADOS QUANTO POSSÍVEL, você pode salvar muitas cervejas."
Ora, se eu imagino que vou beber 4 latas.. tenho que levar elo menos 4! Não sei se pensam que 4 pode ser uma quantia irrisória.. vai saber!
Aí chega 1h da manhã e acaba a merenda! Vai tomar no c*! Aí tem toda aquela função de arrecadar grana.. que é uma m. quem levou uma quantia razoável não quer mais dar dinheiro, o esperto q não levou disse que já parou de beber.. e assim vai... achar alguém que se disponha a buscar.. pegar ceva no posto, que é muito mais caro...
Resultado: levei uma caixinha de 12 (que uma pessoa não bebe sozinha) e marchei com mais dez pila. Bom né?
Não gosto desses melindres.. parece mesquinharia, mas é foda!
Festa de aRivorsário do Miojo...
Pois foi esse churras que falei agora. Bom do início ao fim! Dessa vez quem deu show na guitarra foi o próprio aniversariante. Algumas clássicas dos Beatles, passando por Pretty Woman e outras do gênero. Muito bom!
Pra terem uma idéia da criatividade desse maluco, uma amiga nossa repassou um daqueles emails tipo “nova modalidade de assalto..”, “novo golpe na praça..”, “como salvar a pessoa com uma faca cravada no peito..” O que ela mandou era “Utilidade Pública: COMO RECONHECER UM DERRAME”, transcrevo-o abaixo, seguido da resposta do Miojo, que me fez sentir dores abdominais e soluçar de tanto rir...
"UTILIDADE, NÃO LOCAL PÚBLICO, HEIN?? MENTES BRILHANTES!
Durante um churrasco uma amiga tropeçou e caiu - ela assegurou a todos que estava muito bem (ofereceram chamar um medico) e que havia apenas tropeçado sobre um tijolo por causa de seus sapatos novos. O marido de Ingrid ligou mais tarde dizendo a todos que sua esposa tinha sido levada ao hospital, Ingrid faleceu... ela sofrera um derrame no churrasco - se eles tivessem sabido identificar os sinais do derrame talvez Ingrid estivesse conosco hoje.
Reconhecendo um derrame
Um neurologista diz que se puder chegar a uma vítima de derrame dentro de 3 horas pode reverter totalmente os efeitos desse derrame ... totalmente! Disse que o truque era ter um derrame reconhecido e diagnosticado, e chegar ao paciente dentro de 3 horas , o que é dificil.
Às vezes os sintomas de um derrame são difíceis de identificar. Infelizmente, a falta da consciência leva ao desastre. A vítima do derrame pode sofrer danos no cérebro quando as pessoas próximas falham em reconhecer os sintomas do derrame.
Os médicos dizem que um observador pode reconhecer um derrame fazendo três simples ações:
1. * Peça o indivíduo para SORRIR.
2. * Peça que LEVANTE AMBOS OS BRAÇOS.
3. * Peça que a pessoa FALE uma SENTENÇA SIMPLES (coerentemente ) (i.e."o
dia está ensolarado)
se a pessoa tiver problema com as qualquer dessas tarefas, chame um médico imediatamente e descreva os sintomas que constatou.
Um cardiologista diz que se todos que receberem este e-mail o enviarem a 10 pessoas, você pode apostar que ao menos uma vida será conservada.
SEJA UM AMIGO E COMPARTILHE ESTE ARTIGO COM TANTOS AMIGOS QUANTO POSSÍVEL, você pode salvar suas vidas."
Resposta do Miojo:
INUTILIDADE PÚBLICA - COMO RECONHECER UM DERRAME (importante)
"Desculpe mas eu não me guentei, os sintomas são os mesmos para reconhecer um
bêbado, se alguém tivesse me pedido para fazer essas coisas no domingo,certamente eu teria sido levado para o hospital, não para o ônibus.
Beijos
Miojo Jr
P.S. Leiam o e-mail abaixo, por favor... e para mostrar que eu sou um cara consciente mas, não desperdiço uma piada, vou colocar esse link para quem quiser se aprofundar no assunto real.
Durante um churrasco um amigo tropeçou e deixou DERRAMAR CERVEJA do seu copo - ele assegurou a todos que estava muito bem (ofereceram água com açúcar, ele disse: - ta loco) e que havia apenas tropeçado sobre um tijolo por causa de seus sapatos novos.
A esposa de Miojo ligou mais tarde dizendo a todos que seu marido tinha sido levado ao ônibus, Miojo, dormiu... ele derramou seu copo no churrasco – se eles tivessem sabido identificar os sinais do derrame talvez Miojo não tivesse desperdiça-do este líquido precioso e ele estaria conosco hoje.
Reconhecendo um bêbado e salvando um derrame:
Um Tragorologista diz que se puder chegar a um copo derramado dentro de 3 horas não pode reverter totalmente os efeitos desse derrame mas pode sim, salvar outros copos que seriam derramados ... totalmente!
Disse que o truque era ter o Bêbado reconhecido e diagnosticado, o que é difícil nesses churras, porque bêbado, dicilmente reconhece bêbado - (Cu de bêbado não tem dono, mas, se todos estão bêbados... de quem é o cu?), Às vezes os sintomas de um derrame são difíceis de identificar. Infelizmente, a falta da consciência dos outros Bêbados, leva ao desastre. A vítima do derrame, a cerveja, pode acabar.
Os Tragorologistas dizem que um observador pode reconhecer um derrame fazendo três simples ações:
1. * Peça o indivíduo para SORRIR.
2. * Peça que LEVANTE AMBOS OS BRAÇOS.
3. * Peça que a pessoa FALE uma SENTENÇA SIMPLES (coerentemente ) (i.e."o
dia está ensolarado)
se a pessoa tiver problema com qualquer dessas tarefas, leva-a para o ônibus
imediatamente e descreva os sintomas que constatou.
Um tragorologista diz que se todos que receberem este e-mail o enviarem a 10 pessoas, você pode apostar que ao menos uma cerveja, nessa quinta, será conservada.
SEJA UM BÊBADO CONSCIENTE E COMPARTILHE ESTE ARTIGO COM TANTOS BÊBADOS QUANTO POSSÍVEL, você pode salvar muitas cervejas."
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